--81-- As coisas caminhando

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Mídia: Matheus e Felipe.

IZABELA

- Felipe espera! - Estávamos no quarto do Felipe e ele estava me beijando sem parar um segundo se quer.

- Felipe... - Tentava com que ele pudesse esperar, o empurrando um pouco para trás, inutilmente.

- Esperar o que ? - Ele dizia entre os beijos sem recuar.

- Vamos conv...- Me beijava impedindo que eu continuasse - calma ... - ele ia me empurrando para trás, suas mãos em minha cintura, apertava com força e respirava ofegantemente em cima de mim.

- Eu tô calmo... - Sua mão direita já estava em minha perna esquerda, subindo por toda lateral, começando a levantar a saia tubinho na qual eu ainda usava.

- Felipe .. - me beijava - nós... - mais beijos - acabamos de chegar da... - mordeu meu lábio inferior - delegacia...

- Eu sei... - Veio para o meu pescoço.

- Felipe espera ... O que... Espera, o que tá acontecendo com você? - Me empurrou em sua cama. - Porque está agindo como se não tivesse acontecido nada hoje ? - ele arrancou a camisa com força e voltou em minha direção - Felipe porra, fala comigo?

- To falando - estava em meu pescoço, me beijava e começava a abrir os botões da minha blusa social.

- Tá falando não, tá me atacando ... - me beijou de novo - Uma pessoa morreu, acabamos de chegar da delegacia - nada do que eu dizia parecia entrar em seus ouvidos. - FELIPE ME ESCUTA ! - Falei quase gritando enquanto colocava as duas mãos em seu peito. Ele parou e me encarou.

- Eu sei! - levantou virando as costas para mim. - Porra, eu sei, eu estava lá... - Ele estava nervoso.

Me ajeitei e sentei na cama.

- Porque ...

- Você acha que eu senti o que ? - Me interrompeu. - Porra, eu podia estar morto agora, Izabela! - Raramente ele me chamava pelo nome, sua palavras embrulharam meu estômago. - E se fosse eu? Porra! - ele passava as mãos na cabeça e andava de um lado para o outro.

- Mas não foi...

- Sabe o que eu pensei ? Quando ouvi o tiro? - me cortou - A única coisa que veio em minha mente naquela hora ? - ele parou em frente a cama, me encarou.

- Não... - Respondi baixo.

- Você, seu rosto, não saia da minha mente... - passou as mãos pelo rosto.- Eu só... Iza, porra, pensei que nunca mais te veria... Pensei em como você sofreria ... Sem mim por perto, se fosse eu, ele ainda estaria vivo e eu não estaria mais aqui por você. - meu coração apertou, lágrimas vieram e encheram meus olhos. Ele desviou o olhar e caminhou até a porta do banheiro.

- Felipe... Eu... - não conseguia falar, na minha garganta tinha um nó e meus olhos estavam embaçados. Afogados em lágrimas que ainda não escorreram.

- Depois estava em uma sala, algemado, Erick já estava morto mas mesmo assim, você novamente na minha cabeça, sem cessar, era só você meus pensamentos... Se eu fosse preso... Amor...- Ele se virou e andou em minha direção. Ajoelhou no chão em frente a cama e puxou para perto.

- Se eu ficasse preso, meu único desespero era não te ver todos os dias, não te tocar, não casar com você e não conseguir te fazer feliz, eu ia... - abaixou a cabeça apoiando a testa em minhas pernas ainda na cama - eu teria falhado com você... Você não tem ideia, de quao sombrio foi... Pensar em nunca mais sentir seu cheiro... Não sentir sua pele na minha... - Levantei seu rosto com as mãos.

Eu e o melhor amigo do meu irmão - ATUALIZANDO 2019Onde as histórias ganham vida. Descobre agora