Ela começou a chorar e Jacob a puxou para os braços dele.

— Apolo, por favor, sai daqui – ele disse me olhando com o semblante sério.

— Está me mandando embora de casa?

— Não. Estou mandando você sair da cozinha porque a Theodora está nervosa por sua culpa.

— Não se preocupe, Jacob. Eu que vou embora da casa de vocês – ela disse se desvencilhando do peito dele.

— Thea...

— Pode, por favor, me colocar em algum hotel para eu poder passar o resto da gestação, porque eu não quero mais ficar nessa casa.

Jacob me olhou com a cara fechada então sai da cozinha e fui para o nosso quarto, emburrado.


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— Jacob... – comecei a falar assim que o mesmo adentrou o nosso quarto, minutos depois.

— Não fala nada, Apolo. Eu não quero ouvir suas desculpas – ele me interrompeu entrando no closet e eu o segui até lá.

— Você está apaixonado por ela, não é? – indaguei enquanto o via se vestir.

— Não! Eu não estou apaixonado pela Theodora, mas sim, eu gosto muito dela. Assim como eu gosto da Leila, do Ravi, do Ethan, da Karina, do Rayson, da Naomi, do Alexos, da Filipa e do Adrian, porque são meus amigos e a Thea, assim que entrou em nossa casa e nos permitiu conhecer sua história de vida, ela se tornou uma grande amiga para mim e eu vou fazer qualquer coisa pelo bem-estar dela e, principalmente, pelo bem-estar da nossa filha que ela carrega.

Observei Jacob tirar uma mala de viagem do armário e minha respiração parou por alguns segundos.

— Vai me deixar então?

— Mesmo se quisesse, eu não poderia – ele disse e aquilo foi como se Jacob tivesse pegado uma faca e enfiado em meu peito – Todo dia, o meu cérebro me alerta que esse seu ciúme pode acabar com o nosso casamento a qualquer momento, mas meu coração é que manda no meu corpo. Eu te amo demais para te deixar, Apolo, então sigo os dias tentando ignorar suas atitudes idiotas causada por esse ciúme extremamente idiota que você tem e vou mantendo esse casamento o mais intacto que consigo. Agora, se me der licença, eu tenho uma amiga que precisa de mim.

Ele saiu me deixando sozinho no closet e eu me segurei para não chorar de novo.




JACOB


Enquanto seguíamos rumo ao centro de Shoreline, notei que Theodora estava muito quieta e só observava a paisagem que passava pela janela dela, porém eu não a culpava por estar triste, pois me encontrava do mesmo jeito.

Dizer aquelas coisas para o Apolo sobre o ciúme dele foi doloroso, principalmente quando vi o seu olhar antes de eu sair do closet, mas aquilo tinha sido necessário.

— Você vai ficar no Hotel Mônaco, que foi o hotel onde eu e o Apolo passamos a nossa noite de núpcias – anunciei, quebrando o silêncio fúnebre de dentro do carro.

— Só espero que Apolo não me odeie por isso também – Thea resmungou sem olhar para mim, porém vi quando ela limpou o rosto e respirou fundo.

— Ele não te odeia. O ciúme dele é que faz o Apolo ficar chato às vezes.

— Pois ele que fique chato bem longe de mim. Sinceramente, não sei como você aguenta.

— Casamento é assim mesmo, Theodora. Tem seus altos e baixos. E se você realmente ama aquela pessoa ao seu lado então terá que fazer certos sacrifícios, engolir muitos sapos e relevar várias coisas que a outra pessoa faz. Tenho como exemplo, a relação dos meus pais. Mamãe amava tanto o meu pai que preferiu ignorar o fato de que ele teve várias amantes ao longo do casamento. Ela só se separou dele quando o mesmo morreu, após o tempo ter vindo cobrar os anos de abuso de bebida e cigarro.

— O tempo matou seu pai? Tem certeza de que não foi sua mãe mesmo que matou ele?

— Mamãe não teria coragem de fazer isso não. Ela é um doce.

— Até o doce mais doce de todos fica ruim às vezes.

— Não me faça ficar desconfiado da minha mãe, criatura de Deus. Senão eu não durmo de noite, só pensando nela fazendo uma cara de psicopata para cima do meu pai e com aquela musiquinha sinistra de filmes de terror tocando num fundo – comentei rindo, fazendo Thea rir também – AEEEEEE! ELA SORRIU FINALMENTE! – gritei batendo as mãos no volante como se estivesse batendo palmas e ela rolou os olhos ainda rindo.

— Besta.

Depois disso o clima ficou mais agradável dentro do carro então resolvi parar em uma loja de eletrônicos e acabei comprando um notebook e um celular para Theodora, ambos da cor rosa, para que a mesma não ficasse muito entediada durante sua estadia lá no hotel.

Ela ficou tão animada com os presentes que desatou a conversar sem parar durante o resto do caminho.

— Chegamos – comuniquei minutos depois, estacionando em frente ao hotel.

Saímos do carro e, assim que peguei sua mala e as sacolas, adentramos o prédio, cumprimentando o rapaz que abriu a porta de vidro para nós. Tive que fazer a reserva do quarto em meu nome, devido o problema da Thea com a sua ausência de documentos.

"Tenho que providenciar isso depois" pensei enquanto pegava a chave do quarto que a recepcionista estendia em minha direção, depois dispensei o rapaz que veio pegar a mala e as sacolas e conduz a Theodora até o elevador.

— Tudo é tão lindo aqui – ela disse olhando ao redor, admirando os quadros do corredor à medida que eu abri a porta do quarto.

A chamei e Thea adentrou. Assim que coloquei as coisas sobre o sofá do quarto, me virei encarando-a.

— Acho melhor eu ir, senão vou chegar mais atrasado no trabalho do que já estou – comentei, mas lá no fundo eu não queria ir e deixar ela sozinha ali – Quer passar o dia comigo? Bom... Não necessariamente comigo, porque eu vou trabalhar, mas você poderá ficar na praça de alimentação ou no pátio arborizado que tem lá e conversar com o pessoal enquanto eu tiver ocupado. É que eu não quero te deixar sozinha aqui.

— Eu vou ficar bem, Jacob – Theodora disse dando um sorriso – Vou ficar fuçando nos meus presentes. Tô fascinada por eles.

Sorri.

Um Jeito Estranho de Amar + Cenas Inéditas + Conto ExtraHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin