"A questão é saber quem desliga quem."
Pitty
Eram 4:00 da manhã quando Edgar atendeu o aparelho celular. Valentina estava ao seu lado deitada na cama dormindo tranquilamente. Por conta da tempestade da noite passada eles dormiram no hotel. Era um número desconhecido.
— Alô?! — Disse assim que atendeu. A voz do outro lado da linha era de uma mulher.
— É Edgar Ferraz? — Valentina se remexeu na cama, abrindo os olhos.
— Sim, sou eu. — Disse sentindo que era algo muito sério.
— Aqui é o do Hospital Monsenhor Dias. — Ele escutava a voz da moça com o coração acelerado. Encontramos o seu número na bolsa de uma mulher, que durante a tempestade passada foi encontrada caída na rua... — Seu cérebro questionou-se se não seria Alexandra? Céus! O que teria acontecido.
— Sabe me dizer qual é o nome da mulher? — Perguntou preocupado Valentina também se preocupou ao seu lado.
— O nome da paciente... - Ela procurou o nome no arquivo. — Beatriz Ferraz. É...
— A minha mãe! — Ele interrompeu surpreso. — Estou indo imediatamente. Disse procurando suas roupas e vestindo ligeiramente Valentina também fez o mesmo.
***
Menos de 20 minutos os dois entravam na recepção do hospital.
— Bom dia! A senhorita pode me informar qual o quarto que minha... A paciente Beatriz Ferraz se encontra? E qual o estado dela?
A moça pesquisou no computador à sua frente.
— A senhora Ferraz se encontra no quarto 320 terceiro andar. Se encontra nesse momento na UTI. — Encarou. — Quanto mais informações só com o médico que a atendeu.
— Eu posso vê-la? — Perguntou nervoso.
— Precisa de autorização do médico. — Retirou o telefone do gancho. — Vou informar que o senhor estar aqui.
Logo em seguida eles foram conduzidos a sala do médico.
Depois da conversa com o médico ele foi autorizado a entrar no quarto apenas ele, já que era filho. Valentina ficou na sala de espera.
Edgar chorou segurando a mão da mãe. Mesmo respirando por aparelhos ele sabia que Beatriz notaria a sua presença e saberia o quanto ele amava. Miguel chegou na visita da tarde. Sentia muita pena por vê-la naquele estado. Alexandra nem se importou em ir visitar Beatriz desejava que ela morresse logo. Segundo ela já ia tarde.
***
Naquele início de noite depois de sair do hotel de Pietro ela se encontrou em um dos becos da cidade com um traficante de drogas conhecido com o nome de Mocotó. Em conversa com o bandido nem percebia que havia alguém observando e gravando a sua conversa. Depois de muito conversarem ela deixou o local logo em seguida o bandido também se afastava do local.
***
Naquela mesma noite no hotel em um lugar reservado no restaurante Pietro conversava com um rapaz de caráter duvidoso.
***
Dias se passaram e Beatriz continuava na UTI sem recobrar alguma melhora para desespero de Edgar. Temia que sua mãe morresse. Além dos medicamentos que viam tomando por causa da doença que ceifavam a sua vida, ela vinham tomando antidepressivos e remédios para dormir sem que ele e Miguel soubessem. Segundo o médico ela ainda estava viva porque tinha sido socorrida a tempo.
***
Os amigos de Valentina chegaram dois dias depois da tempestade. Victória gostou de Neusa assim que foram apresentadas assim como de Alie e Júlio Henrique. Sua filha tinha razão eles eram pessoas ótimas. O único que não ficou contente com a presença deles foi Pietro.
— Espero que tenham feito uma ótima viagem. — Victória disse levando-os para sua casa.
— A viagem foi ótima. — Neusa disse. — Estou muito feliz por conhecer a mãe de Valentina.
— Eu que que fico feliz em conhece-los. Valentina fala bem de vocês e agora vejo que não exagerou.
— Ah, Valentina que é um amor de pessoa, dona Victória. — Alie disse sorridente.
— Pode me chamar de Victória, por favor. Ninguém aqui é velho. — Brincou.
— Está bem Victória. — Todos riram
— Valentina pediu que eu fosse buscar no aeroporto, porque ela quis ficar com Edgar a mãe teve um acidente e está na UTI. Mas logo mais ela está por aqui.
— Por falar em Valentina. Edgar é aquele rapaz por quem ela disse ser apaixonada? — Alie interrogou.
— Sim. Eles são muito apaixonados. Estão tentando uma reaproximação apesar de tudo. — Percebeu que Pietro ficou desconfortável ao falar em Edgar. Já havia percebido que ele gostava de sua filha, uma pena que nunca seria retribuído. Infelizmente não somos nós que escolhemos a quem amar é o amor que escolhe a gente.
— Torço muito pela felicidade dos dois. — Alie confessou. — Por falar na mãe de Edgar como é mesmo o nome dela?
— Beatriz. — Victória respondeu.
— Beatriz. — Alie repetiu o nome e ficou pensativa em seguida disse. — Eu tinha uma tia com esse nome.
— Tinha? — Pietro interrogou sério. — Ela morreu?
— Não. — Ela encarou. — Espero que não. Mas é uma longa história um dia eu conto a vocês. — Mudou de assunto. Não queria relembrar o passado. Sua mãe havia sofrido muito quando ainda estava viva. Em toda aquela conversa Pietro ficou com a pulga atrás da orelha.
Valentina ficou feliz quando reencontrou seus amigos instalados em sua casa. A energia deles eram contagiante.
Todos estavam na mesa tomando chá e comendo biscoitos feitos por Victória, menos Pietro ele já havia voltado para o hotel. Na verdade ele só foi esperar os intrusos no aeroporto porque acreditava que Valentina também fosse, mas ela tinha decidido ficar no hospital ao lado de Edgar. Pietro não conseguia esconder o ciúme e o quanto aquela situação lhe causava tédio.
— Vai me conta você e Edgar se acertaram? — Alie perguntou.
— Estamos nos entendendo. — Confidenciou.
— Quero muito que você seja feliz. — Pedro Henrique disse colocando a mão sobre a sua carinhosamente. Alie observou o gesto, mas não ficou incomodada quando se conheceram ela pensou que Pedro Henrique poderia se apaixonar por Valentina, mas com o tempo percebeu que o que ambos sentiam era um carinho muito grande. Muito pelo contrário havia se apaixonado por ela. E o sentimento era recíproco.
— Eu sei. — Ela retribuiu o gesto. — Vejo que você e Alie finalmente se entenderam ou se renderam. — Riu.
— Estamos rendidos sim. — Ele confirmou sincero. — Essa mulher me retirou da lama. — Se referia a tudo que tinha enfrentado. Dora havia causado um estrago irreparável, mas Alie havia lhe devolvido o gosto pela vida.
— Vocês merecem muito serem felizes.
— Merecemos minha querida!
Conversaram durante muito tempo sobre coisas triviais, rindo bastante.
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FOI O SEU AMOR [COMPLETO]
RomanceSINOPSE: Quanto tempo o amor pode durar? Victória e Miguel cresceram na mesma cidade, de amigos passaram a ser eternos namorados. Mas na mesma proporcionalidade que eles se amavam o sofrimento foi também na mesma intensidade. Nem sempre a vida respe...