Fighter: Uma Luta Pela Vida

Vai Desistir?

                              Quando Stacy acordou na manhã seguinte, a cama estava vazia e a porta do quarto aberta. A garota levantou rapidamente descendo as escadas em busca de James, encontrando-o sentado do lado de fora em uma cadeira de balanço, aparentemente cantando. A voz de James alcançou os ouvidos de Stacy quando ela entreabriu a porta lentamente.

-You'll never know dear, how much I love you... Please don't take, my sunshine away... Ele sorriu de forma brilhante e se concentrou no balanço da cadeira, como se lembrasse claramente de algo. – Ela costumava cantar essa música para mim, quando eu era pequeno. Me ajudava a dormir, junto com o balanço da cadeira... James revelou olhando para a porta onde Stacy estava parada.

-Se importa? Ela ergueu a sobrancelha se sentando no colo dele e sorriu beijando seu rosto. – Você tem uma voz bonita. Seria um desperdício gastá-la no hospital. A garota falou vendo como a expressão dele se tornara surpresa.

-Como você... James sussurrou vendo a namorada rir baixo

-Só vi três gêneros de livro na sua casa, se você desistir da música acho que a medicina seria a opção. A não ser que você queira viver de contar estórias sobre mitologia. Ela brincou escutando a risada dele, enquanto concordava.

-Você me surpreende Curtis. Eu não teria dado tanta atenção aos detalhes. O rapaz confessou balançando a cadeira e os dois ficaram em silêncio por um tempo.

                           O pai de James, apesar do acontecido, parecia em paz, ele tinha ido trabalhar normalmente e James lhe disse que devia ser devido ao fato de que eles prometeram continuar vivendo independentemente do que acontecesse. Os dois acreditavam que seriam almas gêmeas nessa e em todas as outras vidas. No fim do dia James foi com Stacy até o Darin, que estava fechado á dias e o resto da família ainda não tinha achado motivação para abrir. O taxista estacionou o carro em frente ao restaurante e foi possível visualizar a multidão de pessoas que se encontrava na porta, segurando velas e flores, alguns traziam cartazes dizendo palavras doces e as pessoas olhavam para a figura de James no carro, esperando alguma reação de sua parte.

-Como eles ficaram sabendo? Stacy perguntou cogitando fugir com o rapaz dali.

- Fãs são fãs. Ele sorriu fraco abrindo a porta do táxi e caminhou até a fachada do estabelecimento, ele se lembrou do quão animada a mãe ficara quando encontrou o lugar e como havia planejado tudo que faria.

-James! James! James! Uma garotinha exclamou grudando no casaco do garoto, chamando atenção para si. O rapaz se abaixou, ficando na altura da garota e viu a forma como ela sorriu, tão inocentemente. – A minha mamãe disse pra você não ficar triste. Porque a sua mamãe está lá no céu trabalhando de anjinho. Como o meu papai. Mas ela sempre vai cuidar de você. A pequena falou abraçando o garoto e aquelas palavras tocaram seu coração de um modo que ele não esperava. O garoto sorriu limpando o rosto e só então, percebeu que havia chorado.

-Você está bem? Stacy disse com a mão sob o ombro do garoto e ele apenas concordou beijando a testa da pequena.

-Muito obrigado.

-Mamãe eu ganhei um beijo! Um beijinho! A garotinha saiu gritando com a mão na testa e James riu, vendo a mãe da garota sorrir com os olhos cheios de lágrimas enquanto a filha corria para si.

-Tem mais gente vindo. Stacy sussurrou para o rapaz enquanto ele se levantava e percebia as pessoas vindo em sua direção.

-Nós trouxemos essa caixa. Com os desejos de todos os fãs para você. Esperamos que seja forte. Uma garota de cabelo azul encaracolado disso entregando uma caixa nas mãos de James e todos saíram dali rapidamente, como se tivessem combinado.