– 23 – Volto a comer também e fico esperando seus gritos.

– PORRA, A MENINA É DEZ ANOS MAIS NOVA QUE VOCÊ?! – Sua incredulidade é tanta que ele esqueceu até onde estamos. Fiz um movimento com a mão para ele abaixar o tom de voz.

– Fala baixo, porra! E não são dez anos, são doze.

– Você é um cara morto. Você sabe disso, não é?

– Morto ou não, eu vou tentar. Vale a pena morrer desse jeito. – Ele balança a cabeça e começa a rir.

A parte da tarde passa normal no escritório. Phoebe não vem falar comigo e enquanto as horas se arrastam, eu desisto que tentar trabalhar e me inclino na cadeira, deixando os pensamentos tomarem conta de mim.

Eu quero Phoebe. Isso é algo que já aceitei para mim mesmo. Talvez essa coisa de sair escondido, ficarmos nos preocupando não nos atrapalhe. Eu particularmente enfrentaria a ira do Grey só para no final de tudo, deitá-la em lençóis vermelhos e possuir o seu corpo de todas as formas que venho imaginando todos esses dias. Imaginar seu cabelo vermelho como cobre, sua pele branca e seu corpo com certas partes avermelhadas me faz ficar duro. Fecho os olhos e respiro fundo algumas vezes tentando conter esse pensamento.

É tentador pensar que ela está do outro lado da porta, provavelmente com seu cabelo preso num coque e seus olhos azuis estão relativamente cansados pela leitura em excesso. A semana em que eu fiquei afastado dela, minha tarefa particular foi admirar sua beleza a distância. Com curvas delicadas, traços finos, tremendos olhos azuis, Phoebe faz disso tudo um complemento a perfeição. Eu pareço meio filosófico pensando tudo isso. Rio comigo mesmo. Que diferença em poucos dias. Se aparecesse antes, um pouquinho antes, a idéia de ficá-la observando de longe nunca passaria pela minha cabeça, mas tem sido assim com Phoebe desde o primeiro momento, primeiro na boate, depois em seu primeiro dia aqui, até que eu fui até ela. Suspiro frustrado e me levanto. Vou marcar com ela aonde encontrá-la mais tarde.

Ela está sentada entretida lendo alguma coisa em seu computador, paro de frente para sua mesa e ela me olha, vejo que levou um susto comigo, mas tenta conter a respiração acelerada.

Bom saber que causo nela o mesmo efeito que ela causa em mim.

Eu acho que estou com cara de palhaço, porque ela fica me olhando e antes de sorrir pretensiosamente, fala:

– Sr, Parker? – Arqueia uma sobrancelha e cacete, eu tenho certeza que ela não sabe o quão linda fica fazendo isso. Tento manter meus sentimentos escondidos e acho que consigo.

– Phoebe, vou passar as sete horas para lhe pegar, está bem? – Ela assenti uma vez e então pergunta aonde vamos.

– Isso você só vai saber na hora. – Ela sorri e morde o lábio inferior. Ela tem as feições de anjo, mas quando faz esses movimentos simples com o rosto, fica com o rosto diferente, posso ir mais longe, isso tudo chega ser erótico.

– Bom, como devo me vestir então? – Ela sorri novamente e eu penso um pouco

– Pode ir do jeito que você quiser, não consegue ficar feia nem tentando. – Eu sorriu e vejo seu peito subir, ela prendeu a respiração. Dou um soco no ar por dentro e sorrio mais ainda.

– Tudo, Sr. Parker

– Não se esqueça, as sete. – Volto andando confiante para minha sala.

Merda, sete horas está muito longe. Eu poderia voltar lá e propor irmos direto do trabalho, mas ela é mulher, deve ter todo aquele ritual masoquista antes de sair de casa.

Quando chego em casa, a Sra Sanchez fez tudo que pedi. Sorrio de satisfação.

Vou para o banho e não tenho pressa, ainda são seis horas, não moro muito longe da casa dela. Me visto e vou para o carro. Quando chego a seu apartamento, aviso ao porteiro que cheguei e depois de alguns minutos ela aparece e puta que pariu, esta de tirar o fôlego!

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