Please, forgive me

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"If you want to be angry

I don't mind, I'll leave you alone"

Thingamajig  -Miya Folick

Michael P.O.V

Foi um mês difícil.

Fingir que ter Amélie por perto não era uma pressão era extremamente complicado. Ela queria me agradar a todo custo, mas me perguntava se seria mesmo sua vontade ou instruções de seu pai. 

Eu me sentia sufocado.

Tive que ficar até tarde todos os dias, organizando as contas e pagamentos, para deixar tudo pronto para o acordo com le Roux. Me confortava chegar em casa e ter alguém com comida fresca, banho e interesse em saber como foi meu dia, mas, de novo, era sufocante.

Haviam dias que tudo que queria era ficar sozinho, e descontava nela, sendo um perfeito idiota. Não era propositalmente, claro, e eu me sentia péssimo com isso, porém mesmo assim as coisas só iam de mal à pior, e comecei a sentir que a distância entre nós dois era tão gritante quanto um abismo sem fim. 

No fim do expediente fui persuadido por Finn e Isaiah. Tomar alguns drinks no pub e jogar conversa fora, só meia hora disseram, eu acreditei, mas então perdemos a conta de quantos Whisky's  tomamos, e ficamos bêbados, e encontramos garotas para conversar. Uma delas flertava pesado comigo, mas enquanto minhas mãos tocavam aquele corpo estranho e desconhecido o meu subconsciente só pensava nela, e em alguma forma de tornar aquilo mais agradável

Não sei como cheguei em casa, mas tentava acender um cigarro enquanto tentava tirar meus sapatos, tudo girava, pensamentos desconexos passavam pela minha mente.

Ouvi alguém chamar meu nome. 

Ao olhar para Amélie e vê-la ali meu coração se retorceu em amargor. Eu pensava em Charlotte e no que ela me fez passar logo depois de ter me mudado para Birmigham. Ela engravidou mas eu não quis ficar com o bebê, eu percebi sua intenção em subir na vida às minhas custas e aquilo me fez querer enforcá-la.

Foi como uma explosão, inesperada. Quando me dei por mim eu simplesmente a tinha feito cair e bater seu rosto, e ao se virar era nítido o seu machucado. As minhas mãos tremiam e eu tentava me manter de pé, o corpo suando frio com aquilo.

Amélie se afastou em um tranco e me direcionou um olhar obscuro, os olhos com um brilho macabro e diferente. Ela se virou e foi até o espelho, e eu não tive coragem de ficar ali.

Porra, mas que porra eu tinha feito? Eu corri para fora da casa e rumo à onde Polly estava.

Batendo e chamando freneticamente, ela atende, assustada, estou de olhos arregalados, formulando palavras desconexas, sou trazido para dentro e quando menos espero, estou pegando no sono.

Acordo com mamãe conversando com um médico, estou suado.

Ela percebe que  acordei e se despede dele, me olha com decepção.

- Michael, o que você fez? Usou  drogas, sabe que isso não é coisa pra você meu filho, pensei que ia morrer durante a noite, passou muito mal.

- Mãe, eu não usei drogas. - falo, mas minha cabeça lateja de dor, e me lembro do que aconteceu ontem. - Eu fiz merda, uma merda muito grande. - coloco as mãos na cabeça, trêmulo.

- Ah querido... precisa tomar mais cuidado. - diz ela, passando a mão em minhas bochechas carinhosamente. 

Suspiro.

Forced Marriage ✔️Where stories live. Discover now