Eu sei o que você está pensando: estou indo rápido demais. Mas o que você chama de “dar em cima” eu chamo de reconhecer o terreno. E não, eu não estava dando em cima dela. Não ainda.
Soltei Diana e apoie meus braços um em cada lado do seu pescoço, estando bem próximo dela ainda.— Você quer tentar? – Perguntei sussurrando.
— O que? – Ela tentou controlar a respiração.
— O treino diário. Quer?
— Si-sim, claro.
— Muito bem então.
Sai de cima dela, o que a fez fechar brevemente os olhos e soltar um suspiro de alívio. Já de pé, estendi minha mão para Diana a ajudando a levantar.
— O que foi isso?
— Você é impulsiva, sabia que me atacaria. Só dei um empurrãozinho.
— Impulsiva? Você me deixou nervosa.
— Então eu te deixo nervosa? – Andei até a cozinha.
— Sim. É um dos seus muitos dons.
— Hum, gosto disso. – Sorri. – Quer? – Mostrei a garrafa de água recém tirada da geladeira para ela.
— Não, obrigada. Então – disse ela vindo até a cozinha e se encostando no batente da porta – é isso que vamos fazer na manhã de sábado?
— Depois de ontem eu...
— Não foi culpa sua.
— Foi sim. Tinha que proteger você e não sair por ai.
— Ei, você não tinha como você saber.
— Mas sabia das consequências. Deveria ter imaginado, previsto esse tipo de coisa.
Larguei a garrafa de água em cima da pia e me apoiei no balcão olhando para a janela que dava para um mini canteiro de flores silvestres.
Senti o toque suave da mão de Diana sobre o meu ombro e fechei os olhos.— Você não tem que se culpar. Está tudo bem agora.
— Até eu ser descuidado novamente.
— Você não vai me ensinar a esmagar umas cabeças? Não vai mais precisar se preocupar com isso. – Ela sorriu.
— Me desculpe, não devia ter te deixando sozinha. – Coloquei uma das minhas mãos por cima da mão de Diana.
— Está tudo bem, ok? Nós estamos bem.
Antes que eu pudesse responder, Diana lançou seus braços em volta do meu pescoço.
— Você precisa parar de se exigir tanto. – Disse baixinho no meu ouvido.
— Não é questão de exigir, Diana. Eu tenho que proteger você porque...
— Por que eu sou sua missão?
— Não, – olhei nos olhos dela – porque eu não posso perder você.
— Lucas eu...
— Diana? Cheguei! Eu... uuuh, estou atrapalhando alguma coisa?
— É... n-não, Dyllan. – Diana soltou minha nuca e eu voltei a me virar para a janela. – Trouxe o que eu pedi?
— Trouxe e aliás, você me deve uma grana.
Dyllan começou a tirar umas coisas da sacola de compras tagarelando sem parar. Diana o ajudou, embora tinha certeza que o que eu tinha falado havia mexido com ela, podia sentir ela me olhando de vez em quando. Naquela manhã de sábado não houve mais treinos.
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Anjo Meu
Fantasy🔹TRILOGIA ANJO MEU - LIVRO I🔹 "[...] ela estava concentradíssima em limpar meu ferimento. Seus olhos castanhos escuros estavam focados e sua expressão mesmo séria, não conseguia esconder a garota alegre e divertida que ela era; seus lábios, os qua...