When I see you again [Joah +Fillie]

Dançando sozinho

Cenas em itálico são flashbacks. Lembrem que Noah foi pro hospital com 11 anos.

LEIAM AS NOTAS FINAIS

Depois de Dylan ter sido carregado pra fora da escola, inconsciente, foi levado as pressas pro hospital. Bom, as notícias não eram nada boas, como era esperado. A condição dele havia piorado e os médicos já não tinham certeza se havia uma possiblidade de cura. É obvio que isso deixo a todos em estado de choque, como se uma bomba tivesse sido jogada na cabeça de Dylan e sua mãe. No entanto, o que mais doía no menino ao pensar na possibilidade de não sobreviver, não era a morte. Ele nunca temeu a morte, pois sabia que viria como um destino inevitável. No entanto, ele sempre pensou nas pessoas que deixaria pra trás. Como ficaria sua mãe, Finn, Jackson? Dylan os machucaria se fosse embora, então estava sendo forte não por ele, mas sim por aqueles quem amava.

Após sairem do hospital, os dois foram até o carro e começaram a se dirigir até sua casa. Um silêncio inquietante paira sobre o veículo, já que nenhum dos dois sabia realmente o que dizer naquela situação. Ele pensa em pedir desculpas por ser um peso na vida da mãe e causar tamanho aborrecimento em sua vida. Pensa em apenas dizer pra ela desistir dele, que iria doer menos caso ele fosse, mas não diz nada, apenas observa o lado de fora, com a cabeça apoiada no vidro. Ele não queria magoar ninguém.

Assim que o carro parou em um farol, ele continuou a olhar pro lado de fora e seus olhos pousam em uma figura pequena de um garoto, encolhido, na tempestade do lado de fora. Ele aperta sua visão e seu coração dispara ao perceber de quem se trata. Sua cabeça se vira rapidamente na direção da de sua mãe e ele entra em um dilema sobre sair do carro e confirmar sua teoria sobre quem era o garoto, ou simplesmente ir pra casa. No entanto, um instinto cresce dentro dele e ele grita o nome de sua mãe, assim que ela ameaça andar novamente.

-DYLAN!- ela grita de volta- o que foi?!

-Não anda com o carro- ele fala, abrindo a porta e sentindo a chuva- eu volto em instantes.

Ele consegue ouvir sua mãe gritar seu nome, mas ele não se importa, apenas corre na direção da calçada, com o coração na mão. Enquanto se aproxima, ele aperta os olhos e tem a confirmação que precisava sobre a identidade do menino. Noah.

O pequeno ficou ali, desde a briga com a mãe e nem possuía noção de tempo. Ele se encolhia, colocando a cabeça entre seus joelhos. Ele ficou muito tempo esperando a mulher abrir a porta, chorando ali, mas ninguém atendeu, ninguém respondeu. Ele se sentiu abandonado, excluído, sem valor algum. E tudo que ele conseguia pensar, naquele momento, era em como as coisas poderiam ter sido diferentes se seu pai estivesse ali naquele momento. Como ele teria o defendido e apoiado, abraçado ele com força. A memória do homem só fez a dor do momento piorar. Ele pode sentir suas esperanças irem embora mais uma vez, como se estivesse perdendo tudo, aos poucos. Primeiro seu pai, agora sua mãe e sua casa. O que viria agora? Perderia Jack e Millie também? Nada parecia certo, absolutamente nada parecia se encaixar mais.

Agora, ele já não mais chorava, pois o seu corpo estava desidratado o suficiente pra que ele não conseguisse mais chorar. Ele apenas sentia uma falta de ar desesperadora e o coração se remoer, com se alguém o apertasse, tentado o rasgar. Tudo que ele precisava era de um abraço, de uma demonstração de carinho para com ele. E então, ele sente uma mão pesar em seu ombro e sussurrar seu nome, de uma maneira calma e preocupada. Ele levanta sua cabeça e se vira, fazendo com que seu olhar encontrasse com o de Dylan, que sentiu uma dor imensa ao ver o garoto daquele jeito. Noah apenas o encarou, como se gritasse por ajuda e, entendendo o recado, o maior o puxou em um movimento rápido e o envolveu em seus braços, em um abraço apertado e caloroso.

Nenhum deles ousou dizer nada. Noah apenas colocou sua cabeça contra o peito do menino, que o apertou contra seu corpo, tentando tirar qualquer dor que ele pudesse sentir. A chuva já não importava mais, nada realmente importava, apenas fazer com que Noah ficasse bem.