Eu gosto de garotos?

1.2K 92 473
                                    




Noah e Jack passaram grande parte da noite, deitados no campo, apenas observando o grande céu estrelado. Nenhum dos dois disse muita coisa enquanto estavam deitados, pois era um momento calmo e ambos estavam digerindo todos os fatos que haviam acabado de acontecer. O doce gosto dos lábios de Noah, continuou presente na boca de Jack por muito tempo e a sensação do primeiro beijo do menor não poderia ter sido melhor. Noah conseguia escutar o coração de Jack bater com rapidez, quase desesperado e ele acha o fato engraçado e curioso, mas decide não dizer nada, para não arruinar aquele momento. Ele estava feliz.

Depois que já estava muito tarde, os dois garotos foram embora e Jack deu uma carona para Noah, até sua casa. Na despedida, Noah deu um rápido nos lábios do maior e simplesmente saiu correndo para dentro de sua casa, com suas bochechas coradas. Jack sentiu, que poderia viver naquele momento pra sempre.

Após deixar Noah em sua casa, Jack se sentiu perdido e sem lugar pra ir. Voltar pra casa definitivamente não era uma opção e dormir no carro muito menos. Ele dá uma olhada na pequena mala que fez, colocada no banco de trás e respira fundo, dirigindo totalmente sem rumo. Até que ele se lembra de alguém, de um amigo que pode o acolher sem pestanejar, ou o abandonar. Um sorrisinho curto abre em seu rosto, enquanto ele dirige até a casa de seu amigo de cabelos cacheados.

Enquanto dirige, Jack revive os últimos momentos que passou e cada vez mais, sentia que seus sentimentos não poderiam ser negados de maneira alguma. Noah produzia um efeito surreal no menino, uma coisa estranha, que ninguém nunca foi capaz de fazer. Noah o revivia, trazia coisas novas ao menino, novas sensações. Já era impossível não sorrir ao pensar nele, ou o quão fofo o garoto ficava com os moletons maiores que ele, a maneira como suas bochechas coravam, a leve diferença de altura e a inocência dele. Tudo era um conjunto, que contribuía pra ele ser o garoto por quem Jack está apaixonado.

Ele estaciona o carro e puxa o celular, mandando uma mensagem pra Finn.

Abre a porta da frente, eu to aqui.

Jack tira a pequena mala de seu carro e espera pacientemente parado na porta de Finn, com receio daquilo não dar certo. Finn realmente acabou por se tornar a única pessoa para quem Jack pode pedir socorro na situação e a única pessoa que acabaria podendo o acolher de verdade.

Finn abre a porta, com os cabelos desarrumados e uma expressão de sono no rosto e encara Jack confuso, mas abre a porta e o deixa entrar, fazendo um sinal de silêncio e subindo devagar pro quarto, tentando não acordar os pais dele.

-Jack? O que aconteceu?-Finn pergunta, enquanto o amigo encosta a porta.

-É... eu não tenho pra onde ir, algumas coisas aconteceram lá em casa e, bem... eu queria saber se eu posso ficar aqui? Não vai ser por muito tempo, é só até eu arranjar algum lugar pra ficar.

-Claro que você pode ficar, Grazer. Você é de casa, sempre é bem-vindo. Quer me contar o que aconteceu?- o maior pergunta, se jogando na cama e observando o amigo fazer o mesmo.

-Eu cansei de viver lá, sabe? Eles são doidos, Finn... é uma casa desequilibrada, aquilo não é pra mim, definitivamente não. Eu não suporto mais ter que ver minha mãe chegar bêbada em casa todo dia, meu pai não se importar com absolutamente nada. Se for atrapalhar, eu acho outro jeito.

-Ei, não- Finn passa as mãos pelos cabelos do garoto, que sorri de leve- minha casa vai estar sempre aberta pra você, ok? Você pode ficar o tanto de tempo que você precisar.

Jack sorri com as palavras do amigo e apoia sua cabeça no ombro do mesmo, fechando os olhos por alguns segundos, revivendo, mais uma vez, o seu momento com Noah.

-Uma coisa aconteceu hoje- ele fala, sorrindo- é... meio que eu e o Noah nos beijamos.

-O QUE?!- Finn se levanta, surpreso e em choque- me explica isso direito.

When I see you again  [Joah +Fillie]Where stories live. Discover now