Suas verdadeiras cores

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A consciência de Noah começava a desaparecer, enquanto ele ouvia a voz do menino cada vez mais distante. Era como se, quanto mais Jack se aproximava, a consciência de Noah ia embora.

-Noah? Ei, ei...-Jack diz, se ajoelhando ao lado do pequeno e passando a mão no rosto do garoto- você consegue me ouvir? Fala comigo.

Noah Tenta dizer algo, mas a intensa dor não permite que ele consiga. Ele solta leves gemidos de dor e Jack fica surpreso sobre o estado do menino. Os meninos realmente haviam acabado com Noah, deixando apenas uma trilha de hematomas, seus olhos roxos e inchados, assim como partes de seu abdômen.

Vendo que Noah não conseguiria falar e que o esforço seria em vão, Jack coloca seu dedo nos lábios rosados que sangravam de leve. Noah nem sabia mais onde estava, apenas enxergava tudo embaçado e girando. Seus ouvidos puderam ouvir barulhos de sirene chegando perto, então ele deduziu que o menino a sua frente teria chamado a ambulância. Menino que ele nem mais sabia se era realmente o Jack, devido a confusão junto com a dor extrema que habitava seu corpo.

-Garoto? Você consegue nos ouvir?- um dos médicos pergunta para Noah, que tenta balbuciar algo, mas falha.- você achou ele assim já?

-Sim... eu tava andando na rua e eu encontrei ele jogado aqui no meio da rua- Jack diz, sentindo sua voz falhar um pouco- ele vai ficar bem?

-Bom, espero que sim- o homem diz, colocando o pequeno em uma maca e o colocando para dentro da ambulância- vamos garoto!

Jack adentra o veículo e as portas do mesmo logo se fecham e o barulho de sirene volta a ser ouvido por todo o ambiente. O maior, que já havia se sentando o lado da maca do garoto, o encarava apreensivo, observando os detalhes no rostinho do menino, especialmente os roxos de seus olhos e os cortes em seu rosto e lábios. Quem teria sido o monstro capaz de tal ato de crueldade com o menino? Noah já não estava acordado, havia sido dopado para aliviar a dor e facilitar todo o processo de transporte. Ainda sim, o maior não conseguia imaginar quem havia feito aquilo com ele e o motivo! Noah nunca fez nada a ninguém, apenas era um quieto garoto em seu mundinho. Era apenas quem era e isso nunca feriu ninguém.

Por instinto, Jack pega forte na mão de Noah até ambos chegarem no hospital. E nesse processo de mãos juntas, pele tocando pele, o menino sentiu sensações estranhas, que nunca havia sentido antes. E tudo que passava na sua cabeça, era o que estava acontecendo.


Após Jack ter ido embora da casa de Finn, o menino saiu correndo para a casa de sua namorada, sem perder tempo. Os dois tinham um jeito secreto sobre como entrar na casa um do outro de madrugada quando quisessem ou precisassem. Na casa dos dois, havia uma pequena escadinha, acoplada na janela que ia até o chão. É obvio que durante o dia eles escondiam, para que não pudessem ser descobertos. E naquele exato momento, Finn havia acabado de subir o último degrau e adentrou o quarto de sua namorada, observando-a cantarolar alguma música, deitada em sua cama.

-Ei gatinha- Finn diz rindo, assustando a garota, que deu um pulo.

-Quase me matou do coração lobinho- Millie diz sorrindo e pegando na mão do namorado, guiando-o até a cama.- a que devo sua ilustre presença?

-Bom- ele diz, se aconchegando ao lado da garota- o Jack foi embora lá de casa e eu quis vir pra cá, apenas.

Millie se encaixa no meio das pernas do menino e logo olha pra cima, encarando seu namorado e passando suas mãos pelos cachinhos de Finn e logo começando um longo beijo. Assim que os dois lábios se tocam, Finn coloca suas mãos ao redor do pescoço da garota e ela se aproxima do menino, colocando todo seu peso em cima de seu namorado, que aumentava os ritmos dos beijos, passando suas mãos pelas costas da menina, como se a acariciasse.

When I see you again  [Joah +Fillie]Where stories live. Discover now