When I see you again [Joah +Fillie]

Completos

TRECHOS EM ITÁLICO SÃO FLASHBACKS!

-Finnie? A gente vai se atrasar.- Millie diz, se espreguiçando na cama e saindo dos braços de seu namorado, que envolviam sua cintura.

-Mas tá tão bom ficar assim- ele responde manhoso, dando um beijinho nos lábios da menina e sorrindo- mas já que você insiste.

-Vai logo preguiçoso- ela responde rindo, se levantando da cama e observando Finn, que ainda estava deitado.

Assim que o garoto levanta, ele puxa a menina pela cintura e a envolve em um beijo
apaixonado. Finn estava feliz por Millie ter confiado nela, contando sobre o Noah. Isso mostrava a confiança que a menina tinha no namorado. Ele beija de leve o pescoço dela, fazendo com que a mesma colasse mais seus corpos, unindo novamente os lábios.

-Se a gente não separar esse beijo agora, eu não vou parar de te beijar nunca mais- Finn fala, com sua testa colada na da menina.

-Eu sei- ela responde sorrindo- mas é sério, a gente vai se atrasar. E hoje eu queria procurar o Noah na escola... se isso não te incomodar, é claro.

-Claro que não Mills. Acho bom você voltar a falar com ele- o menino responde sorrindo, enquanto sua namorada adentra o banheiro.

A verdade, é que Finn realmente não se importava de Millie conversar com Noah, porque ele pode ver o quão bem o menino fazia a ela. Só da emoção contida nas palavras dela, foi visível o qual importante um era na vida do outro e se ela estivesse feliz, ele também estaria. A única coisa que ele queria realmente, era ver sua menina feliz, não importando como, Finn apenas precisava ver o sorrisinho no rosto da garota. Ele a amava desesperadamente e o sentimento era com toda certeza, recíproco.

Na escola, Noah adentrava o local com seu usual moletom, tentando passar desapercebido por meio das pessoas. Ele nunca gostou de chamar atenção, era algo um tanto quanto negativo pra ele. Noah apenas gostava de viver em seu pequeno mundo, com seus livros e fones de ouvido. A cada pessoa que o olhava, ele sentia uma vontade fulminante de se esconder, de sumir dali, fugir. E essa vontade de uniu com uma de choro, quando ele viu uma garota que tinha traços semelhantes ao de Millie. Imediatamente, ele teve memórias dele com a garota e isso foi um tiro no coração dele. As emoções borbulharam dentro de seu coração e as memórias da noite após ele se despedir da pessoa mais importante da sua vida, vem a sua mente.

"O pequeno garoto já não tinha mais lágrimas para derrubar. A angústia era forte em seu coração, como se alguém pegasse o órgão e esmagasse com a mão. Ele se sentia angustiado, mas principalmente abandonado. Millie foi a única pessoa que realmente se importou com ele, que nunca o abandonou. Como ela pode ir embora, como ele iria conseguir ficar sem ela?! Ainda sem rumo, o menino se levanta e caminha lentamente até uma pequena gaveta que havia em seu quarto, a abrindo e vendo um pequeno objeto metálico dentro. É claro que ele tinha isso escondido dos médicos, nunca ninguém poderia saber sobre aquilo. Mas naquele momento, nada mais realmente importava. Lentamente, ele puxou a manga de seu moletom e pode ver cicatrizes, todas fechadas. Mas com a lâmina, ele começou a abri-las e em meio a lágrimas incessantes, ele continuou a cortar. A dor física, no entanto, não era maior que a que exista em seu coração. E em uma explosão de raiva, o pequeno joga a lâmina pro outro lado do quarto, pressionando um pedaço de papel contra as feridas abertas. Noah nunca esteve tão mal."

Quando o garoto se viu, ele não podia controlar as lágrimas e rapidamente entrou em uma sala vazia e se sentou no chão, colocando a cabeça entre as pernas e deixou as lágrimas rolarem livremente. A memória vivida do rostinho de Millie estava presente em sua memória, mas algo o dizia que ele nunca mais voltaria a vê-la, que foi apenas uma coincidência do destino. Mas felizmente, dessa vez ele estava enganado.