Eu te ensino a lidar

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— Então corre o risco de eu nem ser "Inuzuka Kiba"? — o garoto perguntou quando Ino terminou de repetir o resultado de suas investigações. A Beta evitou narrar as desconfianças e intuições sobre a parte obscura. Revelou somente que encontraram uma Inuzuka que tinha laços de sangue com um garoto chamado "Kiba", morando no país distante, seguindo orientações de Shino.

— Sim — ela foi sincera — Você tem que se preparar para tudo, para boas notícias ou para uma verdade decepcionante. E nesse caso, pra recomeçar a procurar.

— Entendi. Se não der em nada, a busca continua — suspirou e virou-se para Shino — Obrigado. A vocês dois! Dando certo ou não, caralho, nem sei dizer como fico feliz em ver as coisas avançando!

O Alpha balançou a cabeça. Não fazia aquilo em troca de gratidão.

— De qualquer forma estarei ao seu lado — garantiu com simplicidade, de um jeito profundo que fez Kiba corar e desviar os olhos, assim como o assunto.

— Daí a gente vai até Sunagakure... tudo bem se no fim só perder tempo? — Kiba lançou a dúvida para Shino. Normalmente não ficava constrangido, mas com Ino de testemunha era um tiquinho diferente.

Os três estavam sentados na sala das cerejeiras, naquele momento dividindo uma rodada de chá e bolinhos recheados com pêssegos. Era a hora de decidir os próximos passos. Shino ofereceu uma viagem até Sunagakure, para desvendar a pista e acabar com qualquer brecha. Uma oferta tão generosa que deu um nó na garganta de Kiba. Ele percebia através do vínculo que Shino agia por pura generosidade e preocupação com seu bem estar. Porque é assim que um Alpha digno cuida do Ômega que escolheu, sem esperar nada em troca a não ser um tratamento justo e respeitoso. Tratamento que Kiba dispensava a todos que mereciam.

— Não é perda de tempo — o Alpha garantiu, interrompendo a torrente de pensamentos do outro — Usaremos a viagem para nos conhecer melhor. Já estive nessa vila, é um bom lugar. Tenho certeza que gostará de conhecer.

Kiba sorriu largo.

— Talvez eu não seja "Inuzuka Kiba", mas talvez eu encontre minha família! Caralho, Shino! Que emoção! To começando a ficar ansioso! Não vou nem dormir hoje. Acho que nem amanhã e nem depois... nossa!! Que foda!

Ino riu. Shino ficou a um passo de pedir comedimento e que Kiba não alimentasse muitas esperanças. Porém calou-se sem dizer nada. Do pouco que o conhecia, já deduziu que era impossível pedir que ele não se empolgasse com as possiblidades mínimas de encontrar a família.

— Quando partiremos? — Ino se incluiu na conversa. Ficou óbvio que não permitiria que seu amigo de infância viajasse sozinho. Ela era seu braço direito e chefe da segurança. Tinha que garantir que ambos viajassem bem. Kiba recebia aulas de equitação e estava cada dia mais hábil no controle das rédeas. Ainda assim, percorrer a longa distancia seria cansativo. Exigiria dele, acostumado a sempre andar a pé. Exigiria de Shino, que mal saia de casa no decorrer de uma década, desacostumado às mudanças que o mundo sofreu, desde que se protegeu na solidão do próprio lar.

Marcas da Solidão (ShinoKiba)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora