Laço mais forte do que o sangue

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Notas iniciais do capítulo

A semana passou rápido, não?

Tem tiro no capítulo? Acho que nem chega a ser um "tiro", talvez uma facada... um um jutsuzinho de leve. Mas tem. Como isso é um UA e ABO, deixei o lado Alpha do Shino se manifestar com mais contundência xD

Vamos ver o resultado.

 Como isso é um UA e ABO, deixei o lado Alpha do Shino se manifestar com mais contundência xDVamos ver o resultado

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Aburame Shino era um homem de hábitos. De rotina. Vivia um cotidiano tão enraizado na mesmice que, em sua mente, acabaria seus dias assim.

Até que um jovem apareceu em seu caminho. E mudou tudo o que tinha por certo.

Pois era um Ômega. E o Alpha que levava na alma reconheceu o garoto como companheiro. Nos segundos iniciais do primeiro encontro um laço se formou entre eles. Não totalmente consciente de ambas as partes. Pelo menos ainda.

Mas laços entre companheiros tem o poder de um milagre.

Aquele segundo extraordinário criou a rachadura que esmaeceu pouco a pouco a sólida decisão de Shino, de se afastar de todos, levando-o por caminhos difíceis de acreditar. O senhor feudal mais próspero da vila se tornou professor de autodefesa. Professor de etiqueta. Professor de shodo.

E não se arrependia.

Era impossível se arrepender de ensinar alguém com tanta sede de aprender. Não a parte formal da educação. Tentou ensinar coisas simples como o alfabeto e as operações matemáticas mais básicas, mas Kiba odiou. Resmungava o tempo todo, cochilava e ficava de péssimo humor. Comida serviu como estímulo por um tempo, depois nem isso.

Mas a parte de praticar a arte ninja o conquistou, demorou menos do que um piscar de olhos para se gabar que se tornaria o shifter mais forte da casta. A aula de etiqueta era divertida. Shino focou-se mais na parte de bons modos durante as refeições, o que significava comer para treinar. Kiba nunca reclamaria dessa parte.

Surpreendentemente, se mostrou melhor na arte do shodo. Ao final da tarde, estendiam os rolos de papiros na varanda dos fundos, muito perto do lago cristalino, com pinceis e tinta preta. Kiba fazia como Shino lhe mostrou: dobrava as mangas do kimono para que não atrapalhassem, e mantinha o pincel firme na mão direita. Se concentrava tanto que uma ruga se formava entre as sobrancelhas.

Então usava movimentos rápidos e precisos para traçar as letras do próprio nome. A caligrafia ficava rebuscada e selvagem, tinha personalidade, um bom trabalho para um leigo na arte da escrita. E era tocante o amor que ele tinha pelo próprio nome, quase o único elo que poderia levá-lo a conhecer a família. O quarto dele já tinha vários papiros colados na parede, todos pintados com "Inuzuka Kiba" ou "Aburame Shino". Tinha até um "Ino" perdido no meio deles.

E tornar-se professor não foi tudo.

Shino não conseguiu esquecer a animação de Kiba com o convite para o festival. Seu lado Alpha tornou-se inquieto, querendo conceder aquele mimo. Mas a parte racional não conseguia simplesmente aceitar sair de casa e ir festejar no meio de muitas pessoas, muitos desconhecidos. Ainda não se sentia pronto para uma mudança tão grande.

Marcas da Solidão (ShinoKiba)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora