• Gravity • {2won}

• trespass •

Hi, voltei..

~ BOA LEITURA 

Changkyun adentrou ao prédio, com um cumprimento de leve ao porteiro que sempre era sorridente.

No saguão havia duas poltronas acolchoadas, um tanto quanto luxuoso para um prédio de classe média.

Apertou o botão do elevador, e reparou nos seus pés, um dos seus sapatos estava desamarrado, uma semelhança leve com sua vida, era o que predominava seus pensamentos.

Os segundos pareciam uma eternidade, ao erguer o corpo as portas abriram e ele entrou, apertando o botão 18.

Se encarou no espelho que se encontrava atrás de si, e ouviu seu celular vibrar.

Era uma resposta do Minhyuk.

Minhyuk:

Estava esperando você me mandar algo para que eu pudesse salvar seu número também. Só não entendi o motivo do agradecimento, mas de nada.

Changkyun:

Talvez outra hora eu explique o motivo, mas você me ajudou, bastante até. 

Pôs o celular de volta no bolso, o letreiro vermelho, e a leve sensação de solavanco indicou a chegada ao andar 18.

Virando à direita encontrou uma porta de madeira, com os numerais 1801, apertou a campainha e ouviu a voz de Jooheon.

— Já vai Chang... — os ruídos na porta indicavam que a mesma seria aberta. — Não achei que você fosse vir tão rápido.

— Lá em casa o clima não estava legal então resolvi me apressar. — disse adentrando e seguindo em direção ao quarto do seu amigo.

— Minha mãe saiu há pouco tempo, ela só vai voltar daqui uns 3 dias, foi em mais uma das viagens do trabalho. — As vezes acho que ela passa mais tempo viajando do que em casa. — riu.

— Jooheon...

— Oi. — disse atentando para expressão de Changkyun.

— Meu pai me ameaçou, cara, eu não entendo de verdade, como ele pode ser tão egoísta, ele já me magoou tanto, mas continua... e continua sem um pingo de remorso. Sabe o que ele fez dessa vez? Disse que não vai me dar mais dinheiro, falou absurdos pra mim, eu vim... porque não ia aguentar ficar lá. — Os olhos enchiam-se de lágrimas, e Jooheon mais uma vez viu aquele que agia como uma muralha desabar.

— Hey... Hey... eu tô aqui. — disse tocando o ombro do amigo. — Vamos dar um jeito, eu sei que vamos.

Toda aquela situação assustava Jooheon, e de certa forma o fragilizava, pois via Changkyun como alguém impermeável, mas nos últimos tempos tem visto todas suas barreiras serem postas no chão e revelando um Changkyun completamente diferente do que acreditava ser, não necessariamente era algo ruim, mas para Jooheon era algo assustador.

O celular de Changkyun vibra novamente, o mesmo enxuga as lágrimas e pega o aparelho.

Uma mensagem de: Minhyuk.

Minhyuk:

Vou ficar esperando suas explicações, mas se precisar. 

Estou à disposição, principalmente para tomar um café ou algo assim.

Changkyun:
Um café é uma boa ideia, que horas acaba seu trabalho?