Um garoto tanto quanto complicado - L04

#24

Gabe: fugindo de paparazzi? Nova namorada? O que está acontecendo com você, Nicola?_ pergunta olhando para mim duramente.

Bruna está no meu quarto, pegou no sono durante o caminho. Agora estamos no escritório do meu pai.

Nicola: Bruna ainda não é minha namorada. E a gente estava fugindo por que ela não é como nos, pai! Ela não é famosa, a vida dela não é um livro aberto.

Gabe: isso eu sei...

Scar: pega leve, Gabs!_ fala a minha mãe entrando no escritório me dando um beijo no topo da minha cabeça._ Oi filhote.

Nicola: oi mãe...

Scar: e então? A Bruna...

Nicola: é minha colega de quarto, eu... eu gosto dela._ confesso. Suspirando, me lembro que eu tenho que pedir um favorzinho para o meu pai._ Preciso de um favor.

Gabe: desembucha.

Nicola: preciso de flores, velas, luzes pisca-pisca, um par de alianças de compromisso bem legais.

Scar: você está planejando fazer o que eu acho?

Nicola: sim. Pai me empresta o seu computar? Preciso de fazer uma chamada de vídeo.

[...]

Tudo pronto.

As velas no lugar.

As pétalas.

E até mesmo tive que falar em italiano para pedir a permissão para o pai, meu sogro, da minha princesa, Bruna. Não tenho nem que falar que o meu pai estava rindo aos montes ao me ver tentar falar italiano e tentando convencer a ele que eu sou um cara bacana e legal para namorar a filha dele.

Só um problema.

Bruna não atendia o celular. Eu precisava ligar para ela, para que ela viesse até aqui. Já que de tarde ela foi numa cafeteria, eu até ia com ela, mas ela logo me barrou falando que ela tinha que ir sozinha.

Estou já ficando preocupado, ela não atende o celular, e já está ficando muito tarde. Está quase anoitecendo! Minha mãe tá com aquela cara de preocupada, e o meu pai também. Logo eu e a Bru temos que voltar para a escola, senão vamos arrumar encrenca. Mas, eu já disse que não vou sem ela.

Logo mais uma vez na mais pura esperança de que ela atenda para pelo menos me dar um sinal de vida.

<ligação on:>

Nicola: Bruna aonde você está?

XXX: Cara... a dona do celular acabou de sofrer um acidente de carro. Estão levando ela paga o hospital do centro.

Nicola: o... que?_ foi a única coisa quebrou consegui falar.

XXX: olha, eu sei que é um choque, mas você precisa vir, ou pelo menos chamar os pais dela, ou os responsáveis. Ah, o socorrista tá querendo...

XXX: nome da paciente? Idade? Tipo sanguíneo? Ela tem alguma doença? Ela toma remédio?

Nicola: calma... Bruna Sartori, 16 anos, acho que +AB, não tem nenhuma doença que eu saiba, e não toma nenhum remédio. Estou indo paga o hospital, chego em 10 minutos.

Xxx: ok, obrigado, vou cuidar da sua namorada.

Nicola: eu que agradeço.

<ligação off:>

Sem nem ao menos comunicar os meus pais, pego a chave da moto e saio em disparada. Não posso acreditar que a minha Bruna sofreu um acinte. Não posso mesmo.

Acelerando cada vez mais a moto. Chego lá no horário que eu disse para o paramedico. Assim que eu entro no hospital, falo para a recepcionista perguntando aonde é o quarto. Deixei bem claro que eu ia visitar a minha namorada, para evitar confusão para o meu lado. Assim que ela me fala aonde é. Eu vou correndo até lá.

Médico: Senhor...?

Nicola: Nicola Albuquerque. Como está a Bruna?

Médico: ela é o que sua? Só parentes podem entrar nos quartos, por enquanto.

Nicola: o pai está na Itália com a esposa e filho, tre, veeu sou o namorado dela. Me diz, como ela está?

Médico: acordada, acho e tenho quase certeza de que a mesma quebrou a perna, mas só vou poder falar isso com certeza quando sair o raio-x.

Nicola: posso entrar? Quero vê-la.

Médico: pode, já que os pais não estão no país... só... não transem no quarto. Aqui é um hospital e tem pacientes que precisam descansar._ fala e eu fico até sem graça com a suposição dele.

Nicola: pode deixar..._ falo já entrando assim que entro, vejo Bru tentando alcançar o celular que está na mesinha ao lado da cama.

Sorri ao ver que ela esta acordada, mas esse sorriso meio que morreu ao perceber um corte em sua testa. Bruna ao perceber a minha presença sorri para mim. Caminho rapidamente até ela aonde eu a abraço.

Bruna: calma... eu estou bem!_ fala com a voz abafada devido eu estar a sufocando.

Nicola: você me deixou preocupado, e me fez ganhar algumas multas de excesso de velocidade, possivelmente agora eu sou cardiaco, mas eu estou bem tirando isso._ falo beijando o topo de sua cabeça.