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Caminhando sem vergonha alguma pelos corredores, vou para a frente da escola. Assim mesmo, de cueca deixando a mostra minhas tatuagens.

Estava caminhando tranquilamente quando sou atropelo por uma garota de 1,68 que caiu em cima de mim.

Olho para ela assustado, e ela me olha com vergonha. Como os nossos rostos estão pertos, consigo ver perfeitamente cada detalhe dele.

Olhos castanhos escuros...

Boca rosada...

Nariz pequenino...

Linda...

Perfeita.

Isso está me assustando.

Nicola: ahm... pode sair de cima de mim?_ pergunto então ela sai de cima de mim sem jeito.

Ela está envergonhada?

Fofinha.

XXX: desculpe, é que mandaram todos os alunos irem para frente da escola.

Nicola: eu sei, é para lá que eu estou indo._ ela me olha de cima para baixo._ vamos?

XXX: você vai assim?

Nicola: não me importa de ficar de cueca, e essa escola está pior que o inferno._ digo, eu estendo a mão para a mesma, que me olha com relutância, mas aceita e então caminhamos para fora da escola.

Drake: BEM VINDO ALUNOS!_ fala animado._ como sabem, vocês são a segunda geração que eu tomo conta, e bem, posso faturamento que esse ano vai ser maravilhoso para cada um de vocês! Esse ano vai acontecer coisa espetaculares, começando por uma festa de boas vindas temática, e como está tão quente ultimamente, a festa acontecerá na piscina. Com direito a churrasco também.

Todos os alunos gritam de comemoração, pude perceber que distante daqui tem umas grades de ferros, como murros, alguns repórteres estão tirando foros nossas, e eu aceno para eles sorrindo.

Eu posso até os odia-los, mas adoro irritar a empresa "Olhos abertos", eles estão querendo ferrar a minha família desde de que me conheço por gente. Eles destroem qualquer um. E estão querendo fazer isso mostrando o nosso pior lado. Por isso eu vivo sorrindo para as câmeras.

Drake: espero que se divirtam muito aqui!_ fala e sai.

Aos poucos os alunos saem, e eu saio também. Já perdi de vista a garota que me atropelou, ela se livrou de mim rapidamente, mal pude vê-la sair de perto de mim.

Acho que ela está na biblioteca, afinal, foi de lá que ela saio antes de cair em cima de mim. Talvez mais tarde eu passe por lá... vou para o meu quarto, já estou louco para ver a reportagem, qual será o título dessa vêz?

"Nicola Albuquerque só de cueca na frente da escola inteira."?

Ou

"Como pode um dos herdeiros das empresas Albuquerque's ficar somente de cueca"?

Não sei, mas isso com certeza vai ser polêmico. Aposto que minha mãe vai me ligar já me xingando pela minha estupidez, mas logo em seguida rir.

Olhando para o teto com um sorriso bobo no rosto, só pensando em como deve estar a cara da diretora da revista ao ver a minha foto sorrindo... mas logo meus pensamentos vão em outra direção.

A menina pelo o nome eu desconheço. Seus olhos estão em minha mente. Será que eu vou vê-la novamente?

Sou despertado de meus pensamentos ao escutar a porta se abrir e dar de cara com uma pinha de livros que estão quase caindo em cima de uma menina que está tentando levá-los.

Corro para ajudá-la pegando alguns livros que estavam no topo, e sorrio ao ver quem estava os segurando.

Nicola: oi...

XXX: o que você está fazendo aqui?_ pergunta sem acreditar que é eu mesmo.

Nicola: bom..._ coloco os livros em cima da minha cama e tiro o restante da sua mão._ esse é o meu quarto.

XXX: sério? Então você é o meu colega de quarto? Que ótimo jeito da gente de conhecer. Ah, prazer, Bruna Sartori._ estende a mão para mim.

Nicola: Nicola Albuquerque, e prazer so na cama gatinha._ pisco para a mesma que cora instantaneamente. O que? Eu devo lembrar a vocês quem é o meu tio?

Bruna: você sempre vai andar assim? De cueca?_ pergunta apontando para a minha cueca.

Nicola: depende, gosta do que vê?

Bruna: talvez..._ ela pega os livros que estavam na minha cama e coloca sobre a mesa que esta encostada na parede. Faço o mesmo com os livros que estão em minhas mãos.

Nicola: então pelo visto, você gosta muito de ler._ falo chegando perto dela. O que? Eu só quero provocar um pouco...

Bruna: gosto. Amo ler. E você?

Nicola: depende do livro. Prefiro mil vezes ler uma poesia do que um livro de romance._ acho que eu a surpreendi já que ela ergue as sobrancelhas._ por que parece tão surpresa Bru? Posso te chamar assim, não é?_ chego ainda mais perto dela, e cada vez mais perto, mais eu abaixo o tom da minha voz.

A vejo engolir em seco, e isso faz com que um breve sorriso no canto da minha boca se formar.

Bruna: você não parece o tipo de garoto que lê poesia, e... pode me chamar assim._ está nervosa querida?

Nicola: acho que não, Bru é um apelido muito comum para mim. Com o tempo eu crio um só pára você. E se você me der licença agora, eu precisa tentar não matar o bastardo do meu melhor amigo._ falo me afastando dela e coloco uma calça jeans, sapatos, e uma camiseta comum._ nos vemos por aí Sartori.

Assim que eu falo eu saio do quarto, vago pelos corredores em busca do quarto do bastarei. Espero chegar bem na hora so para atrapalhar a sua foda...

Um garoto tanto quanto complicado - L04Onde as histórias ganham vida. Descobre agora