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" Olho para os lados tentando me localizar, mas não consigo ver nada que me é familiar, e isso me deixa preocupado. Aonde eu posso estar?

A única luz que tem está vindo de uma pequena janela. Eu poderia passar por ela, mas eu estou muito baixinho.

Pera.

Baixinho?

Eu sou uma criança?

Olho para a porta de ferro enferrujado e vejo um homem enorme passar por ela, ele está carregando um garotinho pequenininho pelos braço e então ele o poe em cima da cama precária.

Eu conheço esse garoto.

Eu sou ele!

Meu coração está acelerado, eu já vi isso antes. Eu já vivi!"

Acordo assistindo com a Bruna me chacoalhando pelos ombros, e assim que vê que eu já estou acordado, ele me abraça. Eu devolvo o abraço.

Estou suando.

Meus olhos estão arregalados.

Minha respiração está ofegante.

Eu estou, com toda certeza, apavorado. Fecho os olhos e então eu respiro fundo, tentando fazer com que o doce cheiro da Bruna entrar em meus pulmões.

Bruna: está tudo bem....

Nicola: dorme aqui. Do meu lado por favor, pelo menos fica aqui ate eu dormir?_ pergunto um pouco apavorado. Não quero ter esse pesadelo. Não quero reviver isso.

Bruno: sim.

Ela se deita em meu braços e então eu me aconchego em seus braços. Ela começa a fazer cafuné em mim, mas eu me assusto e acabo me afastando dela.

Bruna: desculpa.

Nicola: não, a culpa é minha._ eu me deito novamente em meu peito.

Bruna: agora eu vou fazer cafuné, ok?_ eu balanço a minha cabeça positivamente. Ela começa a fazer carinho em mim. E isso é muito bom.

Aos poucos eu deixo o sono vir.

[...]

Bruna: para aonde a gente vai?!_ pergunta insistente ao querer saber aonde a gente vai. Reviro os olhos.

Augusto: o Holder já não disse que é surpresa o lugar? Eu hein. Calma que a gente não vai levar você para matar, não.

Marce: isso é totalmente ridículo. Não posso acreditar que conseguiram me convencer de ir junto com vocês!_ fala emburrada e de braços cruzados.

Nicola: calem a boca! Estamos indo para a seção de fogos tá legal. Ninguém aqui vai matar ninguém, então parem com esse fogo no cu!_ fala já estremante irritado.

Desde de que a gente saio da escola, eles não param de falar.

[...]

Yan: NICOLA! AGUSTINHO!_ fala vindo nos abraçar, e como sempre ele passa a mão na minha bunda._ como estão? Tão gatos hein. E quem são essas?

Puxo a Bruna pela cintura.

Nicola: essa é a Bruna. Ela é a minha...

Bruna: amiga._ fala me interrompendo. E logo se cumprimentando a Yan, o diretor da agência de modelos, ou seja, o meu chefe.

Augusto:e essa é a Marcelle, a garota que eu to afim._ cara de pau...

Yan: e como sempre, muito direto né senhor Augusto?_ a putinha sorri de lado. _ meninas, tenho que pegar esses dois boys paga ficar mais lindos do que já são. Depois eu devolvo._ fala nos afastando das duas.

[...]

Yan: tente não se mexer Nico!_ pede olhando para mim.

Olho para atrás dele. Bruna num cantinho. Ela parecia perdida. Não sabia no que podia tocar ou não. Não sabia se podia ajudar ou fazer alguma coisa. Ela com toda certeza esta boiando.

Me levanto ignorando as ordens do meu chefe e vou até a Bruna, a pego no colo fazendo a mesma soltar um gritinho de surpresa e ao mesmo tempo sorrir de alegria. Amo o seu sorriso. Começo a rodar com ela só para que ela se divirta. Nem me importo com os paparazzi que estão ao nosso redor. Eu a ponho no chão e então eu a abraço.

Sinto ela cobrir o rosto e então eu levanto o meu olhar, estão todos tirando fotos nossas, mas eu não ligo. Beijo o topo da sua cabeça e sorrio para eles. Nem percebi que até mesmo o meu chefe está tirando fotos nossas.

Yan: Augusto já pode entrar. O Nico já terminou._ me afasto da Bruna.

Nicola: como?_ pergunto sem entender.

Yan: vocês são lindos juntos. E você estava muito preso, mas pela primeira vez, vejo você sorrindo e não é por que eu tive que pedir. Ela é especial Albuquerque. Agora saia que eu preciso fotografar mais, pelo menos, 35 modelos._ assina que ele fala, eu saio de mãos dadas com a Bruna, vamos num lugar aonde nenhum paparazzi pode ter acesso.

Bruna: está tudo bem?_ pergunta se sentando ao meu lado do sofá.

Nicola: sim, eu estou._ eu a puxo para que ela deite sua cabeça no meu peito. E começo a fazer cafuné nela._ está tudo bem?

Bruna: por sempre tem tanto paparazzi atrás de você?

Nicola: por que eu sou um Albuquerque._ falo meio cansado. É assim desde de que eu me conheço por gente.

Bruna: você fala isso como se fosse um fardo ser quem você é._ fala me olhando tão atenta quanto um gatinho olhando para um ponto vermelho na parede ou no chão.

Nicola: as vezes é. Mas, se eu tivesse a chance, eu não iria querer mudar. Eu gosto de ser eu sou.

Um garoto tanto quanto complicado - L04Onde as histórias ganham vida. Descobre agora