— Espero que tenha falado coisas boas. — Complementa Minhyuk. — É um prazer Lim Changkyun.
— Digo o mesmo, se é que o Jooheon não já fez minha caveira. — Riu.
— Sim, o que você queria falar? — Jooheon pergunta curioso.
Changkyun se encontrava desconfortável com a presença do outro rapaz, seu olhar demonstrava aquele sentimento.
— Joohoney, vou indo na frente para guardar nossos lugares. — Seguiu Minhyuk em direção a sala dando privacidade para a conversa dos rapazes.
— Pronto, agora pode contar.
— Jooheon, eu não sei cara, sério, eu quero pedir desculpas, eu sinto mesmo, sinto muito, e agora o conselho tá no meu pé, inclusive recebi uma notificação. — Expôs o papel que encontrara em seu armário. — Me sinto observado o tempo todo, tenho que me apresentar na coordenação, ainda tem os problemas lá em casa. Eu estou me sentindo sobrecarregado. — Seu olhar cabisbaixo e suas pernas inquietas explicitavam que aquilo o maltratava.
— Eu não sei o que posso fazer por você, mas posso tentar remediar a sua conversa com o Wonho e o Hyungwon. Você deve a eles isso, e eu sei que você sabe, olha... Eu já passei por términos, eu já sofri, eu entendo como você se sente, principalmente ainda tendo sentimentos por ele. — E sobre o conselho, você vai lá e escuta o que eles querem de você, desde que ande na linha, eles não vão procurar seus pais.
— Espero, se meu pai recebe alguma notificação eu vou ser expulso de casa, tenho certeza. Ele ainda esboça um olhar odioso, principalmente quando estamos na mesa. — Acho que ele quer me recordar que sabe do meu segredo.
— Bom, eu tenho aula agora, mas se precisar de mim, me liga, prometo lhe atender na primeira chamada. — Riu.
— Boa aula, vou na coordenação, me deseje sorte. — Changkyun se afastava seguindo uma direção oposta à de Jooheon.
— Fighting! — Jooheon esboçava uma feição positiva a fim de encorajar o amigo.
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Changkyun só entrara naquela área nos finais de semestre quando ia renovar a matricula e ver quais disciplinas haveria de cursar, o corredor amplo e o silêncio que ali habitava deixava claro que não era uma parte movimentada do campus.
Avistou uma mulher com a cabeça baixa, atarefada e cercada por papéis em um balcão, a mesma se encontrava desajeitada pois ao ver o rapaz se aproximar derrubou uma pilha de pastas que se encontrava ao lado direito do balcão.
Changkyun passou pela mulher e seguiu olhando qual das portas possuía o número que se encontrava no papel, não havia muito sucesso na sua busca.
— Bom dia, está procurando algo?
— Sim... Bom mais ou menos, eu recebi esse papel, e não sei bem do que se trata e nem qual é essa sala, mas gostaria de saber aonde fica e com quem eu preciso falar. — Expõe o papel para a moça no balcão.
— Bom, a coordenação do conselho fica na primeira sala pegando o corredor e virando à esquerda, tem o número 15 bem grande, e você vai falar com o senhor Park Joong Won, ele é o responsável por esse departamento.
— Certo, ele já está aí?
— Ele chega muito cedo, então creio eu que sim, mas vou verificar para você.
A moça seguiu pelo corredor, e sumiu da vista de Changkyun, mas em poucos minutos retornou.
— Olha, ele está no momento com um pai de um aluno, se você puder aguardar um pouco, o senhor Park disse que já está terminando a reunião.
— Tudo bem.
Suas unhas roídas entregavam o nervosismo, suas pernas não se continham de forma calma, seu corpo exalava a tensão e ansiedade que aquela situação lhe proporcionava, a secretária notando o nervosismo do rapaz tenta acalmá-lo.
— Fique calmo rapaz, acredito que vai ser bem tranquilo. — Seu sorriso singelo mostrava que a moça estava sendo sincera.
— Com que frequência os estudantes são chamados aqui? — se aproximou do balcão observando a secretária digitar.
— Olha, é bem raro, mas acontece vez ou outra, mas geralmente são coisas tranquilas. O senhor Park tem um aspecto rude e isso assusta as pessoas, até eu me assusto as vezes. — Riu.
O barulho das vozes se aproximando e o estalar da porta sinalizavam que a reunião havia acabado, Changkyun analisava com calma a conversa.
Essa voz...
Seus olhos assustados vislumbraram a figura que acompanhava o senhor Park.
— Pai...
A entonação trêmula e de surpresa tomou conta de todo o corpo de Changkyun
A expressão do seu pai que outrora era sorridente enquanto conversava com o coordenador do conselho ao ouvir a voz de Changkyun o sorriso se fecha.
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Hyungwon fechava a porta do seu apartamento quando avistou Hoseok vindo em sua direção.
— Já estava com saudades, anjo. — Depositou um beijo na testa de Hyungwon.
— Nós passamos a noite juntos, tomamos café da manhã, faz exatamente 2 horas que nos separamos e você já sentiu saudade? — riu. — Quem sou eu para reclamar se senti também.
— Não tenho culpa se morro de amores por você. — Wonho sorria com o olhar.
As mãos se entrelaçaram enquanto caminhavam pelo corredor em direção as escadas.
— Anjo, você tem aula até que horas hoje?
— Bom, só tenho duas hoje, a partir das 04:00 PM já estou livre. Por quê?
— Bom, pensei em irmos ao cinema, estou louco para assistir Pantera Negra. E já está com um tempinho bom que não vamos há um encontro só nós dois.
— Acho uma boa ideia, daqui uns dias vão começar nossas provas e eu não sei se vamos ter tempo para encontros.
— Então está marcado, quer que eu lhe espere no campus ou passe no seu apartamento? — Hoseok se encontrava com um aspecto bobo.
— Acho melhor você passar no meu apartamento, o Conselho, lembra? E esse sorriso fofo... Assim fica difícil não lhe beijar aqui.
— Então não resista e me beije, não tem ninguém por perto.
Hyungwon tomou o rosto de Wonho com uma das mãos e a outra enlaçou sua cintura, o selar dos lábios iniciara de forma tímida com um encaixe perfeito, os lábios se abriram de forma compassada dando encontro para as línguas que dançavam em um ritmo lento, mas seguia conforme o embalo dos corpos, se aprofundando e intensificando.
Quando os lábios se encontravam o tempo parava, era uma constância na qual não existia cronometro, não havia nada no universo a não ser os dois entregues um ao outro.
Hyungwon interrompe o beijo sem se afastar de Hoseok, continuam com as faces a milímetros.
— Tenho que ir... Não queria..., mas tenho. — Sorri enquanto permaneciam entrelaçados.
— Eu sei, eu também não queria ir... se você soubesse como eu te amo Hyungwon. Ficar longe de você por mais que eu saiba que será por horas me parece uma eternidade. — Seu olhar brilhava.
— Também amo você. — Depositou um selar nos lábios de Wonho. — Nós vemos mais tarde tá?
— Sim, nos vemos mais tarde.
O abraço findou e cada um seguiu para sua sala, o fato de Wonho cursar com ele apenas algumas disciplinas e outras não o entristeciam, só a presença de Hoseok ainda que com uma certa distância o fazia se sentir bem.
O amor era um sentimento complexo, mas ao mesmo tempo tão avassalador, estar apaixonado era fascinante na mesma proporção que era assustadora.
Hyungwon vivenciava esse momento como quem vive tudo intensamente em um dia, sem medir, sem reservar, poderia permanecer com aquelas sensações para sempre se possível fosse, afinal amar Wonho era intenso e recíproco.
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• Gravity • {2won}
FanfictionChae Hyungwon finalmente consegue sua tão sonhada vaga na Korea University, o que ele não contava era que iria se deixar envolver com o misterioso Shin Hoseok, entre uma linha tênue a atração e o mistério enlaçam esses dois, até que ponto eles iriam...
• need u •
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