Capítulo 44

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Alguns meses se passaram, quase cinco deles.

Azazel e eu passamos a viver em um chalé isolado nas montanhas. Ela usou parte do seu poder para nos camuflar ali da melhor maneira.

Foram tempos calmos, parados e cansativos. Treinávamos noite e dia. Azazel poderia ser uma incrível professora quando queria salvar a própria pele.

Enfrentamos alguns homens de Zeus ao decorrer dos meses, mas nada surpreendente. Ela achava que ele estava me testando e eu achava que era porque ele estava guardando sua fonte para o grã-finale.

Apesar de tudo foi um tempo bom. A calma das montanhas me fazia relaxar, a presença da minha filha segura ao meu lado só deixava tudo melhor.

Estava deitado no sofá, a noite já havia caído e as velas clareavam o chalé pequeno deixando-o mais quente. Azazel sentou na ponta me fazendo encolher os pés para lhe dar lugar.

Ela estava parecendo uma mãe normal com a barriga enorme, os pés inchados e o olhar carinhoso. Era estranho e satisfatório vê-la daquela forma, tão humana.

- eles estão persistindo. Não deveríamos fazer algo sobre isso? – comenta ela em um suspiro de alivio ao sentar.

- não. Se me virem, se tiverem qualquer notícia só alimentará as esperanças deles. – solto indiferente.

- você consegue mesmo ser cruel Nefil. – diz ela orgulhosa. – mas está perto, é mais perigoso se aproximarem agora.

Olho para sua barriga e a toco de leve, ela se mexe ao meu toque e eu sorrio, mas logo ele vai embora em um suspiro.

- eu sei. Por isso vamos continuar os mantendo longe, minha família é teimosa, mas talvez sejam racionais.

Ela da um riso curto de ironia.

- não tenho tanta esperança, mas se você diz.

Algo em seus olhos me fez encara-la firme.

- não toque neles Azazel. – solto e ela sorri com luxuria pra mim.

- calma amorzinho. – diz se levantando e sentando em meu quadril, os cabelos negros caindo em cascatas ao redor de nós. – eles são intocáveis. – garante antes de me beijar com desejo.

A gravidez não deixou Azazel menos insaciável e luxuriosa, e eu não tinha nada a perder.

Coloco minhas mãos em suas coxas grossas enquanto ela rebola em cima de mim com sua camisola preta e larga. Azazel solta um gemido baixo quando aperto sua bunda e me pressiono contra ela já sedento.

- sabe Nefil. – diz ela entre nossos lábios e amassos. – eu poderia me apaixonar por você.

A ideia é tão ridícula que me faz rir baixo sem me soltar dela.

- você não se apaixona por ninguém Az. – digo casual descendo beijos por sua clavícula e pescoço.

Ela sorri satisfeita com minha resposta.

- exatamente. – diz simplesmente antes de voltarmos ao que estávamos fazendo.


- precisamos ir até a cidade, estamos ficando sem suplementos. – digo fechando o armário.

Azazel coloca sua tigela vazia na pia e bufa.

- perigoso. Porque humanos tem que comer? É um saco. – ela olha para a barriga. – você me fazer comer é um saco.

Símbolos de Sangue (Livro 2 da saga "Anjos da Terra")Where stories live. Discover now