Capítulo 1

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Último dia de aula e primeiro dia de trabalho dos muitos que virão.

Minha mãe diz que quer que eu tenha uma vida mais humano possível. Meu pai assegura que pode parecer que sim, mas a vida humana nunca fica chata, sempre posso ampliar meus horizontes. Afinal, um Nefilim hibrido pode fazer o que quiser, não é mesmo?

E eu? Eu acho que aos quase 18 anos não sei nada da vida como eles, então apenas concordo e sigo em frente.

Deve parecer estranho ser criado como eu fui, mas preferi assim. Minha mãe me contou que só foi descobrir o que era quando um demônio maluco a encontrou, não que isso seja algo difícil, a maioria dos demônios são malucos, mas esse era realmente insano. Sei que foi difícil pra ela e até para meu pai que teve que enfrentar seu amado irmão, apenas não consigo parar de pensar em como seria se ela já soubesse se proteger, soubesse pelo menos metade do que eu sei hoje.

Minha existência é uma ameaça, sempre será, estou ciente disso desde que tinha oito anos e eles sentaram comigo para conversar. Sou diferente por ser filho da minha mãe, uma hibrida, mas sou mais poderoso por ser filho do meu pai que é um anjo caído.

No começo foi confuso, mas agora parece certo. É como e quem eu sou e nada muda isso, eu não mudaria isso.

Me levanto com a maior disposição que consigo canalizar. Repito para mim mesmo que é apenas uma nova fase, pode ser bom, vai ser, "tenha esperança, tenha fé" é o que minha mãe sempre diz.

Meus pais cismaram em voltar depois de 60 anos para a cidade natal deles. A casa que meu pai tem aqui é boa, mas tenho minhas preferidas. Prometi a ele que não iria reclamar, "é importante pra sua mãe." Ele avisou. Como nenhum de nos dois deseja ver minha mãe chateada, entramos em um consenso.

Desço as escadas devagar e preguiçoso, eles param de conversar sobre a mesa e me observam.

- bom dia. – digo tentando parecer animado.

- bom dia. – minha mãe responde com os olhos vidrados em mim enquanto sento na mesa lotada de comida. Sei que ela está querendo me agradar. – animado?

- ficaria chateada se eu dissesse que não? – solto sem nem pensar.

Vejo meu pai segurar o riso.

- não e me contento com uma resposta sincera. – ela responde apoiando o queixo na mão.

Não me contenho ao encarar seus olhos cinzas e desvio para meu pai que está com uma sobrancelha levantada para ela.

- ela sempre usa isso contra você? – pergunto e ele ri.

- o tempo todo. – concorda. – ela sabe ser irresistível.

- não estou tentando ser irresistível. – rebate nos divertindo.

Símbolos de Sangue (Livro 2 da saga "Anjos da Terra")Where stories live. Discover now