• Capítulo 16

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[7° noite]

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[7° noite]

Está chegando... Chegando o dia em que faço dezenove anos, daqui a exatos sete dias.

Hoje enquanto tentava entender como se dividia as drogas e essas coisas, minha tia me ligou.

Dayanne me disse que dia quatorze, o dia do meu aniversário, irá vir um advogado pra falar comigo.

Esse advogado tem o dever de me passar todos os bens que meus pais possuíam na França.

Mas não foi só isso que a falou, ela também começou a falar sobre eles, o que me deixou triste, já que quase não tinha lembranças deles.

Não tive tempo para sofrer meu luto, quando eles morreram, um dia depois do enterro viajei para Califórnia. Comecei a estudar e conheci a Clair.

Por isso que ainda choro quando me lembro deles. Não consigo evitar, não consegui me despedir.

Justin passou a noite querendo saber o que aconteceu comigo, chegamos em casa a umas duas horas, agora eram quase meia noite. Assim que chegamos, subi para meu quarto.
E desde então estou aqui, chorando, por saudades deles.

— Aimee. – Ouvi a voz abafada de Justin me chamando do outro lado da porta, enquanto batia várias vezes seguidas. — Abre a porta, vamos conversar?

Nada lhe respondi. Não queria falar com ele, não queria falar com ninguém. Só queria ficar ali, quieta em meu canto, chorando, chorando por ter perdido meus pais, chorando por estar com saudades da França, chorando por estar com saudades dos carinhos da minha mãe quando me botava para dormir, saudades do meu pai que sempre chegava do trabalho com um sorriso no rosto e um saco de balas pra mim. Saudades de tudo que pude viver com eles por poucos sete anos.

— Aimee... Por favor. – Parou. — Eu estou ouvindo seus soluços.

Droga!

— Me deixa sozinha, por favor, Justin – falei o mais alto que minha voz chorosa permitia.

— Me conta o que aconteceu? – Bateu na porta novamente. — Não me faça abrir essa porta.

— Está trancada – contive os soluços.

— Eu tenho todas as chaves da casa Aimee... Agora, por favor, abre a porta e conversa comigo – outra batida, mas essa me pareceu mais leve, acho que ele bateu com a cabeça.

— Justin... Me deixa sozinha – me enrolei ainda mais nas cobertas.

— Não posso. Você não comeu nada depois que chegou, e está trancada chorando. Não gosto de te ver chorando – essa última parte saiu mais baixa.

— Não estou com fome – ignorei seu último comentário.

— Aimee Chermont, ou você abre essa porta ou eu serei obrigado a abri-la. – Sua voz saiu autoritária, me assusto fazendo dar um pulo da cama.

A Acompanhante - Justin BieberWhere stories live. Discover now