Alunos?

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Arya P.o.V.

Alguns segundos depois da prova
e do acontecimento com o Trevor.

Caminhei até lá sem chamar atenção, não era longe, já que minha aula era no bloco 2. Então vi ele sair andando, quando eu estava tão perto e olhei para o segui, o que diabos estava acontecendo?

Com o canto do olho descobri porque ele correu tanto, vindo do corredor estava o Benjamin com um amigo, que novela mexicana, tinha que ser o Mitchells [N.A./ COMO SE SUA VIDA TAMBÉM NÃO FOSSE].

— Alec, vem aqui rapidinho? Preciso de ajuda com esse último código. — falei me aproximando dele.

— Claro, vem cá.

Ele me puxou para uma das salas vazias daquele bloco, feita para alunos poderem se concentrar, apesar de nem sempre usarem para isso, não que eu já tenha usado para outra coisa, imagina... Bom, foco aqui, temos possíveis psicopatas para encontrar, na verdade encontramos todos os dias no corredor, comparação ruim, mas ok. Ele puxou o celular do bolso e digitou um monte de coisa rapidamente, logo lembrei, nunca se sabe quando tem alguém ouvindo, apesar de quase ninguém ouvir aqui graças ao motivo número um de virem para cá.

— Fala primeiro, parece que você vai explodir, Alec.

— Eu descobri que a tal garota não tem ficha aqui, estanho não? Mas tem um garoto, acho que é seu irmão, que tem, ele tem 17 anos, seu nome é Trevor e está no sexto.

— Você sabe que isso é meio impossível, não é? Eu conheço quase todo mundo do sexto ano, fizeram eu dar aula para eles quando o professor de precisão resolveu deixar os do segundo atirarem em um alvo mais longe do que eles conseguiam e ficou perto demais, aquilo foi estupidez total, sempre desconfiei.

— Eles fizeram isso para te testar e você sabe, nem fodendo um dos nossos professores seria tão descuidado, mas enfim, realmente não lembrava dele, então eu o se...

— ALEC MITCHELLS, VC PODIA TER ME MANDADO UMA MENSAGEM ANTES, SABIA? IMAGINA SE VC SOME DO MAPA.

— Você iria me encontrar que eu sei, agora posso continuar?

— Anda logo.

— Beleza, resumo rápido, o cara é bom, ele notou que eu estava sendo seguido e me prensou na parede, eu ameacei ele e ele me beijou.

— COMO ASSIM?

— Para de gritar, ta com os nervos à flor da pele hoje né

— Culpa da Catarina e do Henry, agora termina essa porra de história que eu vou ficar quietinha.

— Que? Me conta sobre isso depois. Enfim, ele me beijou para fazer ciúmes no Bem, que estava passando, viu tudo e ficou puto da vida, nem me escutou. — ele fez uma cara de cachorrinho que deu pena.

— Alec, você sabe que eu sempre fui realista né? — falei com cara séria.

— Claro, apesar de ser pessimista também — ele sorriu fraco.

— Bom, você sabe que vocês provavelmente não vão se ver depois daqui, mas, todavia, contudo, entretanto, eu sei que você não vai conseguir só deixar para lá. E eu, como a amiga maravilhosa que sou, vou resolver isso.

— Como que... Pera... O QUE VOCÊ VAI FAZER?

— E eu que sou escandalosa, relaxa ai, eu sou ótima mediadora, o caso de Berlin que lhe lembre. Agora para de pensar nisso por um segundo, precisamos falar sobre a bomba.

Contei o que descobri para ele, falei também sobre meu encontro com a Catarina no banheiro, escondendo a parte do tom perigoso e sobre o Henry, era tudo tão estranho, ao mesmo que vivíamos uma conspiração, tinham hormônios e dramas adolescentes envolvidos, tente lidar com isso e falhe miseravelmente, mas eu não tenho a possibilidade de falhar, afinal isso não existe, não para mim, não para quem é treinado por Eles.

Assassinos PerfeitosWhere stories live. Discover now