Projeto Descriptografador

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Alec P.o.V

A semana estava sendo cheia, tinha o perigo iminente da mãe da Arya, a formatura chegando, e também tinha o projeto do descriptografador para terminar.

— Está tudo bem, Alec? — Benjamin entrou na sala e eu nem ouvi ele chegar.

— Sim, obrigado por perguntar. — falei.

— Você parece estressado. — ele notou.

— E quem não estaria né? Esses projetos estão me dando dor de cabeça, por falar nisso, como anda o seu?

— Ainda estou tentando, tenho que terminar alguns ajustes para fazer o primeiro teste... Eu deveria ter passado mais tempo fazendo isso.

— Eu poderia ajuda-lo, depois da aula, o que acha?

— Aah, não sei, isso não seria trapaça?

O projeto individual, por isso não deveríamos pedir ajuda para nenhum dos nossos colegas, principalmente os que fazem essa aula, mas toda regra tem uma exceção, era só não sermos pegos e eu realmente iria apreciar um tempo a mais com o Benjamin.

— Várias coisas podem ser consideradas trapaça – Eu disse me aproximando – Isso não quer dizer que ela não possam ser feitas – Concluí e beijei ele suavemente nos lábios.

— Pedindo assim, não tem como recusar né! – Ele disse sem opções, vermelho.

— Certo, te encontro depois da aula então.

— Combinado – Ele me deu mais um beijo e saiu.

Voltei para meu projeto, baseava-se em fazer um programa que utilizava de mecânica quântica, assim eu poderia criar uma máquina inteligente o suficiente para analisar padrões e descriptografar qualquer código privado, e ainda garantir o sigilo do usuário e do receptor, porém minha cabeça não conseguia parar de pensar na garota e na máquina esquisita que ela estava montando.

— Fala – Eu disse ao atender a ligação.

— Descobriu mais alguma coisa?

— Ainda não, estou meio parado, tenho um projeto para terminar lembra, você não quer vir aqui me ajudar não? — brinquei.

— Você sabe por que não estou ai. — ela falou séria. Pelos barulhos estava no meio de uma aula de precisão... Como se ela precisasse disso, a garota sabe acertar sem olhar direito desde que nos conhecemos.

— Eu sei, mas adoro jogar as coisas na sua cara, você só ia me atrapalhar.

— Nossa Alec, obrigado, vou lembrar disso na próxima vez que você precisar da minha ajuda. — ela disse sarcasticamente e desligou na minha cara, TPM?

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Estava quase todo o dia na sala de projetos, não tinha saído para comer, muito menos para ir ao banheiro, resolvi dar um tempo, descansar meu cérebro, ou eu realmente não iria terminar isso.

Sai pela porta e me dirigi pelos corredores até o banheiro masculino mais próximo, precisava lavar o rosto e acordar. No caminho passei na frente da sala de projetos 3, e não pude deixar de ver pelo pequeno vidro que tinha nela.

Dentro eu avistei uma máquina, me chamou atenção por que luzes piscavam, e ela parecia estar funcionando como um motor, já que se movia e soltava fumaça, dei uma espiada no resto da sala, mas o vidro era muito pequeno, então abri a porta para ver mais perto.

Não sei quem foi o idiota que deixou aquela máquina a combustão ligada em um recinto fechado, podia matar alguém asfixiado, o projeto era desenvolver sistemas de segurança ou quebrá-los, aquela máquina não parecia que ia garantir a segurança de nada, pelo contrário né, pareciam os ônibus da cidade, poluindo tudo.

— Hey, o que está fazendo aqui? — Uma garota entrou pela porta.

— Hmm... Hã.... Nada, só ouvi um barulho e vim verificar o que era. — O susto combinado com a falta de comida fizeram eu dar essa resposta ridícula, eu deveria ter me saído melhor, droga.

— Está bisbilhotando o trabalho dos outros, isso é trapaça. — Ou ela estava me confundindo com um dos colegas, ou ela era minha e eu nunca tinha reparado.

— Hey moça, calma, não quero copiar seu trabalho, não acredito que ele possa assegurar algo além de um câncer de pulmão para alguém.

— Pois pode apostar que meu projeto vai ser excelente. — ela disse com uma voz arrogante e... sotaque?

Nesse meio de conversa, notei um quadro de anotações no canto da sala, atrás da porta, tinha uns projetos, mostravam a arquitetura de alguma coisa, era bem desconhecido para mim, mas parecia parte da disciplina que a Arya fez no quinto ano.

— Saia, agora!!! — ela disse com raiva. [N.A/ Ataque de pelanca?]

— Tudo bem.

Me dirigi a porta, mas não sem antes fotografar o quadro, já disse e repito, eu sempre tinha uma câmera em meus óculos, bem coisa de espião mesmo, caminhei até a porta.

Virei e murmurei um "me desculpe", tirei uma foto do quadro, e ainda fotografei a garota, nunca tinha visto ela antes, cautela aqui dentro nunca era pouco. Peguei meu telefone e enviei uma mensagem para Arya.

Eu: Encontrei uma coisa muito estranha em uma das salas de laboratório.

Eu: Ela poderia estar fazendo só um projeto como eu.

Eu: Mas meu instinto diz que tem algo de errado com o projeto dela, você poderia dar uma olhada para mim?

Arya Rainha dos Smurfs: Respira.

Arya Rainha dos Smurfs: Alec, eu preciso de uma coisa antes

Arya Rainha dos Smurfs: Esqueci de te pedir antes

Arya Rainha dos Smurfs: Cadê seu notebook reserva? Eu preciso ele para aquele meu projeto familiar.

Eu: Dentro do armário, no meu quarto. Quando terminar isso, ou se tiver algum imprevisto, me chama.

Arya Rainha dos Smurfs: Ok.

Eu tinha até esquecido sobre isso por alguns minutos, espero que ela tenha um plano... Bom, é a Arya, ela sempre tem um plano. Eu tinha achado melhor deixar aquele programa em um notebook que não fosse o meu principal, porque ela poderia ter que usá-lo enquanto eu estivesse com o meu na aula, parecido com o que estava acontecendo agora.

Nem fui ao banheiro, aquilo já havia me acordado voltei imediatamente para o meu laboratório. Meu projeto estava semi-terminado, eu deveria ser capaz de acabar durante a noite, eu espero, porque eu não conseguiria me concentrar agora

Assassinos PerfeitosUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum