Amor Assassino - Vol. I

Capítulo 29

"Respire, continue respirando; Não perca o controle; Respire, continue respirando; Eu não consigo fazer isso sozinho."- Radiohead ♫

Lyanna

Mason já havia terminado de comer, e das minhas bolachas, apenas jaziam faíscas no prato. O que sobrava disso tudo era apenas o restante do meu cappuccino, e meus planos não eram de terminar de toma-lo.

Finjo tentar pegar meu celular em cima da mesa e esbarro propositalmente no copo, derramando o restante do cappuccino em Mason. Ops...

- Nossa, olha a bagunça que eu fiz! Me desculpa! - Pego vários guardanapos para tentar ajuda-lo a limpar meu "acidente".

- Ah, não se preocupe, está tudo bem! - Ele tenta limpar a blusa e a calça. - Eu vou ao banheiro limpar isso, já volto.

- Okay, me desculpa! - Finjo ficar chateada com meu "acidente".

Assim que Mason some da minha vista, tiro um pen drive idêntico ao dele do meu bolso, e ponho no lugar do dele em suas chaves, e pegando os arquivos que copiei do notebook da Vanessa, para mim. Mason não demora a voltar, e eu já havia limpado a mesa que também se sujou com o conteúdo do copo.

- Pelo visto conseguiu se limpar. - Comento.

- Sim, usei um pano úmido que encontrei no banheiro.

- Ah, que bom, perdão por isso. Tem horas que dou umas mancadas...

- Não se preocupe, isso poderia acontecer com qualquer um.

- Tem razão. Bom, vamos dar uma volta? - Me levanto apanhando meu celular e o guardando no bolso.

- Claro.

Andamos pelo mesmo parque como na primeira vez. Conversávamos sobre diversos assuntos aleatórios, apenas para passar o tempo. A muito tempo eu não fazia algo parecido. Sair de casa para descontrair com algum colega. Não fazia isso desde a época da faculdade, o que me fez sentir um pouco de nostalgia.

Depois de Ben aparecer na minha vida do nada, e insistir em mim como ninguém havia feito antes, sinto que isso me mudou de certa forma e me fez aproximar mais de algumas pessoas, como Daniel. Que realmente parecia um bom amigo, mesmo depois de tudo que aconteceu com ele por minha causa. Ainda fica um pouco de desconfiança e medo em mim dele contar algo para alguém, mas só torço para que isso nunca aconteça, pois eu realmente gostaria de poder confiar em alguém.

- Pelo menos você está com um cheiro bom. - Comento rindo.

- Do que está falando?

- O cappuccino que derramei em você sem querer, você tá cheirando a ele. - Gargalho.

- Nossa, Lya, olha as coisas que você faz comigo.

- Mas isso não é ruim. - Brinco. - Eu adoro cappuccino.

- Então me adora?

- Não foi isso que eu quis dizer! - Me enrolo.