Capítulo 2

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Quando finalmente consigo pegar na merda do sono, o alarme da minha casa dispara. Assustada com o barulho, me levanto de uma só vez e corro até meu guarda roupa, que tinha um fundo falso de baixo da gaveta, onde ficava minha coleção de facas. Pego a terceira do canto direito e caminho para o andar de baixo atenta. Até então não havia visto ninguém, mas não baixei a guarda até chegar ao alarme e desliga-lo. O telefone toca, outro maldito susto.

Tell/On

- Alô?

- Departamento de polícia de Toronto. Recebemos um alerta de que seu alarme disparou, alguma denúncia, Senhora?

- Não vejo ninguém aqui... pode ter algo de errado com meu alarme.

- Certo. Uma viatura já está a caminho por precaução, peço a senhora que permaneça em um lugar seguro até ouvir as sirenes da viatura.

- Tudo bem.

Tell/Off

Ponho o telefone na base e acendo as luzes da varanda e da sala, permaneço sentada fuçando o celular por apenas 5 minutos até ouvir o carro da polícia, como a atendente havia dito. Saio pela porta ainda de roupão vendo os dois polícias saindo do carro e vindo ao meu encontro em seguida. Fizeram caras de malícia assim que me viram, pois não era todo dia que eles começam seus trabalhos dando de cara com uma mulher jovem seminua.

- Alguém na casa, senhorita? - O mais gordo, pergunta. Incrível como tem sempre um policial gordo...

- Não que eu tenha visto. Acho que meu alarme está com problemas, vou chamar um técnico para resolver isso, não quero que os senhores percam seus preciosos tempos com alarmes falsos.

- É muita gentileza se preocupar com isso, mas já estamos acostumados a lidar com essas situações. - O mais jovem comenta. - Se a senhorita permitir, queremos dar uma olhada em volta da casa, só para termos certeza de que está tudo bem.

- Claro! Fiquem à vontade. Peço desculpas por não acompanhar os senhores, mas preciso me arrumar para o trabalho, porque já estou bem atrasada!

- Não se preocupe com isso, ficaremos bem!

Entro rapidamente e me troco correndo pegando minhas coisas e indo para a garagem. Ao sair, buzino para os dois policiais que ainda permaneciam em volta da minha casa, e saio pela avenida em direção ao hospital. No caminho, ligo para o meu técnico particular, o cara que eu sempre pagava um extra para vir exatamente na hora em que eu o chamasse.

Cell/On

- Fala comigo, Stanley! - Tento soar animada.

- Senhorita Thompson! Como vai?

- Estou ótima, porém um pouco frustrada com meu alarme que disparou hoje de manhã, ainda não sei o motivo, só sei que além de me atrasar para o trabalho tive que me deparar com dois policiais vestida somente de roupão...

- Nossa! Realmente é frustrante! Quer que eu vá dar uma checada, certo?

- Exatamente! Só se não estiver ocupado agora, claro. Você ainda tem a chave lá de casa?

- Sim. Mas não se preocupe, trabalhar para a senhorita é sempre um prazer!

- Sei... - Rio junto a ele e nos despedimos.

Cell/Off

Chego no trabalho apressada, e corro para dentro do hospital como se não houvesse amanhã, e para minha felicidade dou de cara com a minha chefe. Realmente meu dia não podia ter começado melhor...

Amor Assassino - Vol. IOù les histoires vivent. Découvrez maintenant