Guarujá - Parte 2

2K 161 30
                                    

O coração de Allyssa assim como o de Isabella quase saiam pela boca. A loira mexia apenas os olhos que iam desde o avô até a avó, quando um barulho vindo da porta da frente chamou a atenção de todos. Não demorou a surgir na porta da cozinha um casal de jovens e Suzana respirou aliviada ao ver que a chegada dos netos era a desculpa perfeita para quebrar o clima e logo os chamou para a mesa. Laura e Luan foram apresentados a Allyssa que logo ficou sabendo serem gêmeos e primos de Isabella.

- O meio irmão dos gêmeos foi o primeiro beijo de Isabella - disse Albert, de repente, enquanto Suzana servia o almoço para os netos, que por sinal não entendiam inglês. - Lucas o nome dele.

- Albert... - Suzana lançou um olhar para o marido.

- Ela sempre foi sapeca, ele tinha apenas onze e ela dezesseis - continuou.

- Vô! - exclamou Isabella, largando a colher.

- O que tem demais contar sobre sua adolescência? Lembro que seu primeiro namorado era um rapaz que eu não gostava muito e ela não demorou a terminar comaceitariia quando Lucas tinha dezessete ela finalmente cedeu ao garoto que gostava dela e deram inicio a um namoro. Todos sabiamos que não ia dar certo por causa da diferença de idade e logo ela deixou o coitado para trás e foi embora. - Isabella levantou-se de uma vez e saiu da cozinha.

- Albert francamente! - reclamou a mulher.

- O que quero dizer é que... - O homem olhou para Allyssa. - Não sei o que vocês realmente tem, mas não irei interferir na vida de minha neta assim como nunca fiz, pois sei que ela mesma vai dar fim a isso quando perceber que não é o certo e não tem futuro.

Os gêmeos olhavam a cena sem nada entender e Allyssa que mantinha o olhar fixo ao do homem, apenas pediu licença e foi a procura da namorada que estava no quarto sentada na janela encostada a grade que dava para a rua. Allyssa aproximou-se, levantou as pernas de Isabella e após sentar de costas para a grade apoiou as pernas dela sobre as próprias.

- Por que está chateada?

- Ainda pergunta?

- Amor ele vai implicar um pouco, mas pelo que vejo não vai dar em nada. - Allyssa percebeu que Isabella a encarava de forma diferente e franziu o cenho. - O que foi?

- Você me chamou de amor. - Elas sorriram. - Tão bonitinha.

- Ah Isabella, para com isso - reclamou a morena, que estava ficando sem jeito e a namorada esticou o braço para apertar sua bochecha. - Pare! - Bateu na mão da outra que deu uma gargalhada.

- Vem, vamos dar uma volta! - Isa saltou da janela e sairam do quarto. Todos ainda estavam na cozinha e elas sairam da casa de mãos dadas. - Você vai ver que aqui tem um lado bem feio - dizia ela, lembrando que as ruas próximas a casa dos avós costumavam ser cheias de buracos e lixos nas calçadas - Não é nenhuma Beverly Hills. - As duas sorriram e seguiram caminhando.

Para Isabella não era nada demais, mas para Allyssa o passeio estava sendo bem interessante por conhecer o lugar e pessoas com uma forma de levar a vida tão diferentes da que ela levava em Los Angeles. Quando voltavam para casa decidiram comprar sorvete e assim que entraram na mercadinho que ficava na esquina da rua próximo a casa dos avós, o senhor que era o dono reconheceu Isabella. Elas escolheram os sorvetes e quando a morena ia pagar percebeu que apesar de terem trocado o dinheiro em dólar por real, antes de sair pegou as notas erradas. O homem ainda quis deixar fiado, mas ela deixou duas notas altas sobre o balcão por dois sorvetes que custavam bem menos.

- Será que quando você começar a trabalhar vai gastar tanto assim? - falou Isabella, fazendo a morena rir enquanto caminhavam devagar. - Vou logo avisando, quando a gente casar não deixarei você gastar muito. - Allyssa olhou ela de canto.

California GirlsWhere stories live. Discover now