Capítulo 28

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Existe um problema com tequila, a ressaca dela é destruidora.  E quando se mistura com vodka, é como se meegulha-se no Rio do esquecimento e bebe-se metade dele. 

Os passos de Benett ecoavam no quarto amplificados pela minha ressaca histórica e faziam minha cabeça latejar, a luz que vinha da cortina abertá me fez soltar um som que mais parecia um grunhido agonizado e fez meus olhos arderem. Joguei a coberta em cima da cabeça e tentei me virar para o outro lado e voltar a dormir quando alguém puxou minhas cobertas. Maldito Green. 

-Bom dia, flor do dia- cantarolou Ben. Animado demais pra um dia de ressaca.

-Será que dá pra você parar de gritar -resmunguei com a cabeça afundada no travesseiro.-oque tem de bom nas manhãs? 

-Bom, nessa em especial tem você deitada nua na minha cama -ele sorriu de um jeito malicioso e só então me dei  conta do meu estado. 

-Mais que merda - gritei fazendo minha cabeça doer. Puxei o cobertor de volta e meia cobri. - como isso aconteceu?
- vai me dizer que não sabe como. O se tirar a roupa?
-não foi isso que eu quis a dizer.  O que aconteceu?
-você está nua, na mesma cama que eu e com uma ressaca do diabo. - disse se divertindo com o meu desespero - o que acha que aconteceu?
-deixe besteiras e conte logo, Bennet.
-Você quer dizer a parte que você chegou na boate usando só uma lingerie escandalosa e um casaco.  Ou do boquete sensacional que você fez em mim no carro? 

Benett se divertia com cada palavra que saia de sua boca e com cada reação desesperada minha. Forcei minha mente a lembrar de alguma coisa. E tudo que eu lembro é que bebi muita tequila e quando ela acabou passamos pra vodka e começamos a brincar de verdade ou desafio. Então tudo depois disso é um borrão. Talvez seja bom não lembrar.

-É aquela coisa querido, se eu não lembro eu não fiz.-levantei da cama e deixei o lençol no caminho enquanto caminhava pra o banheiro.

Senti o olhar de Benett quase perfurar minhas costas nuas. Ele estava debochando de mim e tinha se aproveitado de mim enquanto eu estava bebada. Se era guerra que era guerra que era lele queria, guerra ele iria ter. 

-oque você acha que esta fazendo? -Disse ele batendo na porta do banheiro.-Não pode levantar assim e sair pelada pelo quarto. 

-claro que posso. Até por que não tem nada aqui que você não tenha visto.  Seu aproveitador de bêbadas inocentes. 

-acredite em mim quando digo que de inocentenas você não tinha nada ontem. Quase me fez bater o carro uma centena de vezes. E além do mais, a gene não fez nada. Você dormiu. 

Abri uma pequena brecha na porta pra poder olhar pra caramba de Ben pra ter certeza que ele não estava mentindo. 

-É sério isso?- perguntei segurando o riso.

-Não ria disso- disse ele fazendo uma careta- você desmaiou enquanto eu tirava as calças,  isso não é engraçado e sim cruel. 

Sorteio uma gargalhada da cara que Benett fazia. Abri o restante da porta sem me importar com minha nudez e caminhei até ele devagar.

-Sabe o que eu acho disso,  senhor Benett Green? 

-oque senhorita Evelyn Hill?- retrucou ele com um olhar lascivo pra meu corpo e quando eu o empurrava de volta pra cama.

Assim que ele estava sentado na cama eu cheguei bem perto de seu ouvido e sussurrei baixinho em seu ouvido.
-bem feito- me afastei e voltei pra o banheiro me sentindo vitoriosa.

Voltamos pra casa logo após o café.  As outras meninos que também participaram da pequena festa de caroline estavam piores que eu. Elas tentavam esconder os olhos inchados de sono a trás de óculos de sol, assim como eu. Nosso estado era lastimável. Algumas nem ao menos tomaram café,  apenas pegaram suas coisas e um pouco do que restou da dignidade assim como eu e voltaram pra casa.
-como foi a noite crianças -cantarolou Corine assim que nos viu entrar em casa.
Minha cabeça latejau com a alegria de sua voz e acabei gemendo junto com Carol ,  que só sabia resmungar desde o café no hotel.
-para as meninas foi ótima mãe -disse Ben ,  que estava me ignorando desde a nossa cena do quarto do hotel - já pra mostrar que tivemos que cuidar delas bêbadas,  nem tanto.
-Não seja ranzinza pela manhã Benni -disse nina ,  que até agora era a primeira coisa que ouvi ela falar amanhã toda.-Não me incomodem por favor, estou indo para meu quarto colocar meu estômago pra fora antes de me jogar na cama e dormir até que Benett já esteja casado.
-antes eu diria que seria pelo resto da vida - disse Ryan -mais agora com a nossa querida Evelyn aqui, eu não tenho mais essa certeza.
Dei um sorriso amarelo e pedi licença pra todos dando a mesma desculpa de Nina. Assim que entrei no quarto Benett entrou junto comigo.
-Você esta bem?- perguntou ele.
Eu estava? Por que aquela frase de Ryan havia me deixado tão incomodada? Não fazia sentido.
-estou sim - entrei no closet procurando uma roupa pra dormir, acabei pegando uma das camisas poidas de Ben. - por que?
-achei que tinha ficado um pouco incomodada com o que rawanny disse lá em baixo -ele ergueu uma sobrancelha quando me viu vestida em sua camisa.
-estou bem, Benett,  só estou de ressaca. Só preciso dormir um pouco. -falei me ajeitando entre os lençóis da enorme cama- vou estar melhor quando acordar. 
-eu pensei que....
- Não se preocupe ,  eu não esqueci que o que temos é um acordo de conveniência.  Não se preocupe.
Ben fechou a cara quando ouviu minha frase.  Parecia decepcionado com algo ou talvez fosse só  o isa da minha cabeça.
-claro,  desculpe. Vou deixar você dormir.
Ele me deu as costas e saiu do quarto batendo a porta logo em seguida. Sua expressão antes de fechar a porta me causou um aperto no peito tão grande que quase o gritei pra voltar. Mais educação não podia fazer isso,  tinha que mante-lo longe. Benett Green adora um desafio,  e eu sou só mais um pra ele. Tudo isso pra ele é um jogo com data de validade  e assim que acabar serei descartada. Não posso me envolver mais do que talvez já estaja. Não posso simplesmente colocar meu coração na frente de batalha com um lutador tão hábil como ele. Seria a mesma coisa de pular de um prédio de 2 andares só pra quebrar alguns ossos pra experimentar a sensação. Eu não  podia . Então assim que a porta fe hou suspirei e deixei a escuridão do quarto me engolir até que eu estivesse finalmente dormindo. E nem mesmo nos meus sonhos eu conseguia escapar de Benett Green,  parecia que emule estava aos poucos se gravando na minha carne como uma tatuagem.  Uma que fiz bebada e assim que estivesse sóbria iria me arrepender.

O Acordo Perfeito (Em Revisão)Where stories live. Discover now