Capítulo 12

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Acordei de manhã com os resmungos de Benett se mechendo no pequeno sofá.  Aquilo era musica pra meus ouvidos. Pode ate parecer crueldade deixar un homem de seu tamanho dormir em um sofa minúsculo como aquele sendo que eu tinha uma cama king size inteira pra mim. E realmente era. Ninguém pode me culpar por estar gostando de tortura-lo, afinal eu engoli seus desaforos calada durante anos. Bom talvez não tão calada, mas isso não diminui o fato de que ele me fez sentir no purgatório. Era minha vez de me divertir, muito, vendo seu sofrimento.

—Da pra você parar de resmungar? —falei pra ele —estou tentando dormir aqui.

—Eu não reclamaria se você me deixa-se dormir com você. 

— Talvez isso seja um sinal que você tem que comprar um sofá mais confortável. Onde já se viu, tanto dinheiro e não compra um sofá descente?

— Megera— murmurou ele.

Eu apenas sorri e me levantei indo pra o banheiro. 

Tentei de todas as formas possíveis manter a cena de ontem fora da minha mente enquanto tomava banho, mas elas sempre arrumavam um jeito de me assombrar. Eu podia sentir as mãos de Benett apertando minha cintura, e o arrepio que me percorreu quando ele falou ao pé do meu ouvido.  Engoli a vontade de me tocar imaginando como seria quando ele estivesse dentro de mim e seus dedos estivessem apertando a carne dos meus quadris.

Maldito.  Ele esta tentando me seduzir pra me levar pra cama, so que não vai funcionar, eu sou mais forte que seus joguinhos. 

Com um gemido frustrado desliguei o chuveiro e sai do banheiro ainda de toalha. Ben olhou pra mim e seu olhar escureceu. Ele esquadrinhou todo o meu corpo e por um momento cheguei a me sentir nua diante de seu olhar feroz. Ele é um caçador,  e eu me sentia exatamente como sua presa naquele momento. 

—Pare de ficar me encarando e vá tomar banho, Green. —falei—quero trocar de roupa.

—Eu não me importaria se você trocasse de roupa na minha frente. —disse caminhando até onde eu estava e parando apenas alguns sentimetros de mim.

Tentei ignorar o calor que emanava de seu corpo para o meu, e com muito custo controlo minha vontade de passar a mão em seu peito desnudo e definido. Pai do céu,  dai-me forças.  Por que esse infeliz tinha que ser tão gostoso.  

—Só que eu me importo —dei alguns passos pra trás com ele em meu encalço. O olhar escurecido de desejo —agora se apresse-se, estamos atrasados para o café. 

— Tudo que eu queria comer agora está bem na minha frente— a rouquidão da sua voz quase me fez gemer— Aposto que é quente, doce e deliciosa.

— sua mãe não te ensinou que não se come doces antes do café?— fui encurralada entre o corpo grande de Bem e a parede. Seu olhar ficou ainda mais predatório.

— Por que resistir tanto, Evelyn?— suas mãos seguraram meu quadril, me mantendo no lugar.

Minha pele queimava onde ele tocava, mesmo por cima do tecido da toalha. O pensamento de que apenas aquilo me separava do calor de seu corpo, somado a sensação da sua barba por fazer em meu pescoço me fez gemer vergonhosamente.

— Que som doce— disse divertido antes de deixar um beijo perto da minha orelha, me fazendo derreter.

— Não quero fazer parte desse seu jogo.

— O som que ouvi a pouco tempo diz o contrário. Posso melhor repetir pra ter certeza que não estou enganado.

Uma se suas mãos subiu por meu corpo e adentrou meus cabelos puxando com pressão, então sua boca deixava uma mordida em meu pescoço. E lá estava eu gemendo outra vez.

O Acordo Perfeito (Em Revisão)Where stories live. Discover now