Capítulo 3

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Eram quase 5 da manhã quando Benett começou a esmurrar minha porta. Que saco, sei que a casa é dele mais tenho certeza que ele poderia ser um pouco mais gentil com suas visitas. Afinal estou fazendo num favor pra ele, um favor remunerado mas ainda um favor.

—já vai- falei irritada.

—será que dava pra você levantar lo...

Ele parou no meio da frase assim que abri a porta, devidamente vestida com um vestido tubinho de tom pastel e um rabo de cavalo e já maquiada. Bom, mas se ele ficou surpreso ao me ver vestida imagine como eu fiquei ao vê-lo sem camisa, vestindo apenas uma calça moletom cinza folgada. Com seu peitoral trabalhado exposto.

Me senti estranha ao ver seu corpo tão exposto daquela forma. O homem era a perdição em vida. Talvez eu ainda tivesse tempo pra retirar a parte do “sem sexo” do acordo.

Mas que merda foi essa que eu acabei de pensar?! Ta bom , ele era gostoso. Muito gostoso.  E só jesus sabe a vontade que estou tendo de passar a mão naquele peito largo e forte. Porém ele ainda era Benett Green. Meu chefe desprezível e terrivelmente cretino. E nem aquele corpo pecaminoso iria mudar isso. Eu só preciso me focar no quanto eu o odeio e no quanto ele inferniza a minha vida todos os dias, e não em como seus ombros são largos e fortes.

—Se você continuar me olhando assim não vou conseguir manter minha palavra de não tentar te levar pra cama senhorita Hill. — olhei para seu rosto que exibia um sorriso malicioso.

—Não seja ridículo Benett— falei corando.

—Admita que estava me encarando Eve-  seu tom divertido e ao mesmo tempo sedutor me causou arrepios.

—Não,  eu não estava.

—Claro que estava. Você mais parecia alguém faminto olhando pra um prato de comida.

—Você tem um ego muito grande, sabia?-retruquei.

Ele se aproximou de mim e sussurrou no meu ouvido. Meu corpo esquentou e se arrepiou. A falta de roupas de Benett não estava me fazendo bem.

—Acredite em mim Eve, não é só o ego que eu tenho de grande—ele se afastou o suficiente para que um pudesse ver seu sorriso sacana.

Maldito bastardo, como consegue ser tão gostoso?

— Você é um  pervertido-falei sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha. Passei por ele e fui em direção as escadas—vá se vestir, por favor.

— Como se você não tivesse gostado de me ver assim.—ouvi antes de chegar as escadas.

Nem me dei ao trabalho de responder. É claro que eu tinha gostado de vê-lo sem camisa. Quem no inferno não gostaria? Na verdade eu sou super a favor dele tirar aquela calça moletom também.  E quem sabe até a boxe que ele provavelmente vestia por baixo, se é que existia alguma.

Balancei a cabeça tentando expulsar aqueles pensamentos. Fiz um café e torradas. Quando meu chefe entrou na cozinha vestindo jeans e uma camisa simples eu estava fritando alguns ovos. Ele se sentou e ficou me observando.

—Sua geladeira esta quase vazia. —falei .

—Eu quase não como em casa  -ele deu de ombros.

Tenho que admitir que mesmo com a cena de hoje mais cedo ainda era estranho ver Benett Green sem ser com seus ternos italianos caros que ele usa pra trabalhar. E era ainda mais estranho vê-lo fora do trabalho.

—Me conte um pouco sobre você Eve—disse enquanto tomávamos café —uma grande parte de você é um mistério pra mim.

Tudo bem, isso era ainda mais estranho do que ver ele sem camisa. Benett não é simpático,  pelo menos não comigo .  Ele é sempre cafajeste, cretino, arrogante ou irônico. Nunca se interessou em saber nada sobre mim até o presente momento. Acredito que a única coisa que ele saber sobre mim é que sou a mulher que serve seu café.

O Acordo Perfeito (Em Revisão)Where stories live. Discover now