Cap 52

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(Olá meus amores, como estão? Espero que bem. Boa leitura, nos vemos nas notas finais.)

*-*

Brian

Mesmo após termos passado dois anos juntos, Luna ainda acredita que eu seja apaixonado por ela, como uma mulher tão linda pode ser ao mesmo tempo tão burra.

Tenho realmente sentimentos por ela, um carinho imenso, que ao saber que ela está envolvida no sequestro de Anne, se dissipou.

Quando tudo isso acabar, farei questão de colocá-la atrás das grades, não só ela como o Carlos, esse verme pagará por todo mal que fez minha amada passar. Isso eu juro.

Tenho plena consciência de que será uma tarefa extremamente difícil encontra-la, mas por minha ruiva eu faço qualquer coisa.

Me tornaria um assassino por ela, daria a minha vida em troca da dela. Me arrependo tanto de tudo que a fiz sofrer, de todas as vezes que fui imaturo o suficiente para humilha-la em público.

Se for para colocar em uma balança, eu jamais a mereceria e sim meu melhor amigo Fernando, pelo qual hoje, nutro um sentimento de ódio, ele não só me apunhalou pelas costas, como fingia se preocupar comigo, somente para extrair informações a respeito dela.

Mas no âmbito de meu ser, sinto inveja do homem que ele sempre foi, ele é o homem que eu nunca poderei ser, nunca poderei tomar as atitudes que ele toma, mesmo matando pessoas, ele ainda consegue ser melhor que eu.

Meu pai sempre apoiou nossa amizade, dizia que Nando era o amigo ao qual ele havia pedido a Deus, falava que se em sua adolescência tivesse um amigo como ele, talvez não ouvesse se afundado tanto no mundo das drogas.

Suas palavras sempre ficaram em minha mente, mas perdoar uma traição é tão difícil, mesmo quando também temos culpa no cartório, ainda que tenhamos criado o motivo para tal traição ter ocorrido, ainda assim temos dificuldade em passar por cima do orgulho e perdoar.

No dia em que Carter me levou para jantar e conhecer a sua família, me disse “Hoje estou te mostrando onde guardo meu maior tesouro e com isso, estou te incluindo nele, deste dia em diante, não seremos mais amigos e sim irmãos, pois somente àqueles que eu amo, mostro como me derrotar.”

Sempre tive consciência do quão perigoso e temido ele era, confesso ter sentido medo do mesmo, mas já passamos por tantas coisas juntos, que confio nele de olhos fechados.

Pensando bem, acho que não seria de todo mal que Anne ficasse com ele, sei que iria me destruir, mas ao menos ela estaria segura e feliz.

Após ter passado tanto tempo em coma, mal consigo controlar meus movimentos, meu corpo ainda se encontra muito debilitado, mas tenho que buscar forças, pois ela precisa de mim, mais do que nunca.

Nem que custe a minha vida, farei absolutamente tudo para salvá-la.

Sigo até uma velha trilha na floresta, meu pai e eu costumávamos usá-la para irmos até um pequeno riacho pescar.

Eu tinha apenas 7 anos, mas era como mágica, ele falava que íamos sair juntos e eu logo pulava da cama, podia até estar doente, que nossas pescarias eram sagradas para mim.

Na realidade todo e qualquer tempo ao lado dele fora sagrado. Lembro como se fosse hoje.

Ele me carregava nas costas durante toda a trilha, e quando finalmente chegávamos, ele me ajudava com a isca e todo peixe que eu perdia, ele me dava um dos seus, alegando que os peixes tinham medo de mim, pois eu era mais forte que ele.

Papai sempre me fez sentir, como se eu fosse um super herói, me sentia indestrutível. E no dia que lhe perdi, implorei aos médicos que me deixassem salvá-lo, pois só eu tinha o poder.

Se Entregando Ao Pecado (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora