Cap 45

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(Olá meus amores, como estão? Espero que bem. Boa leitura, nos vemos nas notas finais.)

*-*

Brian

Quando a vi na cama com o meu melhor amigo, fiquei possesso de ódio, por sorte os dois dormiam, por isso não perceberam a minha chegada. Eu nunca havia batido em uma mulher sem ser para lhe dar prazer, mas naquele momento não medi meus atos, me deixei ser guiado pelo ódio que sentia.

Sem pensar duas vezes tomo posse de seus longos cabelos ruivos, e com minha outra mão tampo sua boca, ela se assusta, tenta se debater mas é tarde demais, saio arrastando-a pelo quarto, e ao chegar no escritório, a jogo contra a mesa, ela grita de dor, mas estou cego, só quero aplacar a dor que sinto em meu peito.

Desfiro tapas e socos por todo seu corpo, ela geme baixinho de dor, tenta impedir que a machuque, mas não consegue.

—PARA BRIAN, VOCÊ TÁ ME MACHUCANDO! —grita chorando, mas seu choro não era de medo e sim de ódio. Quando me preparo para lhe chutar, sinto mãos fortes me segurando, quando me viro, vejo meu ex melhor amigo, vestindo apenas uma box preta.

—Nem pense em colocar suas mãos nela novamente, ou juro que não respondo por mim —me ameça.

—Você é mais falso do que eu imaginava, me enganou para se aproximar dela —rio amargamente —Não pense que ele sente algo por você pequena, pois ele não sente, ele só está te usando —falo tudo de uma vez.

—Pelo que eu saiba você fez o mesmo! Você é um monstro Brian, me entreguei à você, te amei como nunca, deixei que entrasse em minha vida, você viu minhas cicatrizes, meus medos... e agora fez o mesmo que ele —mesmo com Carter me segurando, meu corpo bambeia diante de suas palavras. Ao olhar seu corpo machucado percebo o erro que cometi, tento me aproximar, mas ela se afasta assim que percebe minhas intenções.

—Vai embora brother, aqui não é mais o seu lugar —diz calmamente.

—NÃO SOU SEU BROTHER! ME SOLTA PORRA! —esbravejo, ele me solta e sigo até a saída. Antes de fechar a porta vejo ele a envolver em seus braços, saio correndo do recinto, subo em minha moto e saio em disparada, lágrimas dolorosas tomam posse de meus olhos.

Sempre fui um ótimo motorista, mas naquele momento não conseguia focar meus pensamentos na estrada, não sei como pude fazer aquilo com ela, jamais vou me perdoar. Mereço morrer, é somente nisso que penso, e parece que os deuses concordam, pois acabo não vendo o buraco a minha frente, com isso perco o equilíbrio e caio ribanceira abaixo.

Sinto meu corpo batendo em várias pedras e árvores, mas não consigo parar, acabo perdendo o capacete que não estava preso em minha cabeça corretamente, por isso a última coisa que sinto é uma dor lancinante em minha nuca, no momento seguinte não sinto mais nada.

Tenho plena consciência de que estou ferido, mas não consigo sequer abrir meus olhos, que dirá pedir por socorro. Meus pensamentos vagam rumo ao dia em que conheci minha pequena, ela era tão tímida, tão sofrida, e hoje mal a reconheço.

Não sei o que aconteceu para que ela tenha mudado, só sei que não é mais a mesma, está fria, decidida, sexy e muito sedutora, ainda assim sei, que no fundo no fundo, ela ainda tem um pouco daquela menina, da menina que eu amo.

O sono bate forte em meu corpo, e decido deixar com que ele vença, talvez mais tarde eu acorde e tudo tenha se resolvido ou voltado a ser o que era antes.

Se Entregando Ao Pecado (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora