Cap 49

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(Olá meus amores, como estão? Espero que bem. Boa leitura, nos vemos nas notas finais.)

*-*

O tempo se passa rapidamente, e com ele o desespero se torna a cada segundo mais e mais palpável. O coma de Brian já durava 6 meses, e já se encontrava totalmente curado de todos os ferimentos causados pelo acidente.

Mas por algum motivo desconhecido pelos médicos, o mesmo não despertou. Sua mãe havia voltado a sua rotina de trabalho, mas passava todo o seu tempo livre no hospital ou com Bernardo.

Já Anne estava frequentando a faculdade e o clube regularmente, mas não fazia cenas, ia somente visitar Thony e Carter, que estavam lhe dando apoio neste momento tão difícil de sua vida.

Até Luna veio visitá-lo, mas não pode ficar na casa de Saly, havia preferido ficar em um hotel, pois Angel havia tomado ódio de seu rosto.

Já Briana, filha de Brian, havia se mudado para LA com sua avó, estava morando em uma pequena casa perto da residência Haner, a pequena estudava em um colégio perto dali, já a sua avó trabalhava em uma confeitaria no bairro.

Durante este tempo, Carlos e alguns outros presos haviam planejado fugir da prisão onde residiam. Contaram com o apoio de alguns policiais, pois Dom era muito temido e poderoso naquele local.

Era o tipo de bandido que entrava e saia da penitenciária quando bem quisesse. E como Carlos era seu "brinquedinho", o ajudaria a sair da prisão, somente por ter sobrevivido e o obedecido a todas as suas ordens.

E naquela noite, tudo ocorreu como o planejado, Dom fora o primeiro a sair daquele local asqueroso, juntamente com alguns policiais, caso algo ocorresse errado.

E logo após estava Carlos e mais alguns presos, uma van estava a espera deles, após todos terem entrado, eles saíram rumo a liberdade.

—Para onde vocês vão? —o motorista pergunta.

—Não sei vocês, mas eu vou para Los Angeles, e de lá Itália que me aguarde —diz Dom, sorrindo triunfante.

—Sei que você já fez demais por mim Dom, mas te peço, me leve para LA com você, a minha filha está a minha espera —o mais velho se manifesta.

—Pode ir Carlos. Ted, preciso que providencie passaportes e identidades falsas para nós dois e depois resolva a situação de meus parceiros aqui —termina de dizer.

A viagem dura mais ou menos 1h e meia, mas assim que chegaram ao esconderijo, trocaram de roupa, e foram dar um jeito de sair o mais rápido possível daquele local, pois a essa hora já haviam dado falta dos presos.

Pouco tempo depois, Carlos e Dom se encontravam em um avião rumo a LA. Carlos dispunha de um pouco de dinheiro, o suficiente para se manter e pôr em prática sua vingança.

Após sua chegada, se hospedou em um hotel, para assim poder encontrar um chalé ou algo do tipo, o mais afastado possível da cidade. E fora neste hotel que acabou esbarrando em sua futura parceira de crimes.

Ele estava saindo de seus aposentos, iria tomar café, já a morena estava seguindo até a piscina, como iriam no mesmo elevador, acabaram iniciando uma conversa.

—É... prazer, meu nome é Mark Wess, e a senhorita como se chama? —estendeu sua mão.

—Baker, Luna Baker —aperta sua mão.

—Você mora aqui a muito tempo Luna? —sonda.

—Morei ha alguns anos, mas me mudei para a Alemanha. Estou apenas de visita —conclui —E o senhor?

—Sou de NJ, vim apenas passear um pouco, distrair a mente. Mas me diga, a senhorita conhece muito por aqui? —os dois descem do elevador e seguem conversando pelo hotel.

Durante esta conversa casual, o mais velho consegue descobrir informações de suma importância. Como onde Saly morava e trabalhava, podendo assim iniciar sua busca por Anne.

Nas semanas seguintes sondou e observou a rotina daquela família. Mal sabia Luna o mal que havia contribuído para com aquela que tanto odiava. As intenções de Carlos eram as piores possíveis.

De acordo com ele, após tê-la sequestrado, a levaria até o tal chalé no qual já havia encontrado e alugado, após isso faria com que sua amada filha sofresse tudo que ele sofrera um dia, não somente a dor física, como psicológica, afinal ela o havia privado de acompanhar seu crescimento.

Como ele gostaria de ter podido fugir para fora do país com ela, fora dali tinha plena certeza, de que ela revelaria sentir o mesmo por ele. Afinal, o havia seduzido durante anos, mas fora forte, até que naquela noite, acabara sucumbindo ao desejo que queimava em seu peito.

FLASHBACK ON

Aquela menina de sorriso fácil e olhos claros, estava quase completando seus 8 anos, sua mãe lhe daria uma casa de bonecas como presente. E ela por sua vez, se encontrava ansiosa por este dia.

Mas naquela noite, tudo mudou. Sua mãe havia ido trabalhar, chegaria então tarde da noite em casa, dando ao seu marido, toda a responsabilidade de cuidar de sua pequena.

Ele por sua vez dera mais importância ao jogo de basebol e aos amigos que ali estavam. Beberam, comeram e após o jogo todos foram embora. Já a pequena, que era mais responsável e independente que muitos de sua idade, se encontrava no banheiro do quarto de sua mãe.

Enquanto ela se deliciava com seu banho quente, seu pai a observava com um olhar faminto. As cenas seguintes não tem como serem descritas, do ponto de vista dele era apenas amor de pai e filha, já que sua mãe não cumpria com seu papel de esposa, sua filha o faria.

Não se importou com seus gritos, nem com seu choro, muito menos com o sangue que escorria sobre sua cama. Aquela banheira repleta de brinquedos, nunca fora usada por ela novamente, e seus brinquedos dias depois estavam jogados em seu quarto, empoeirados e sem importância alguma.

Ela não entendia o que estava acontecendo, só sabia que doía, e muito. Não sentia vontade de brincar, nem de sorrir, nem tão pouco de viver. Uma menina de quase 8 anos, se soubesse o que era o suicídio, com certeza o cometeria.

Com o decorrer dos anos, seu ódio só cresceu, sua mãe não entendia o por que de sua filha não sorrir mais, nem de evitar o pai a todo custo. Mas por dentro, no fundo do seu ser, algo lhe dizia que sua pequena princesa estava sofrendo.

Tentou mil e uma vezes conversar, mas ela não falava, afinal seu pai a ameaçava todos os dias. Dizendo que se ela contasse a sua mãe ou a qualquer pessoa dos ocorridos, a única que sofreria seria sua rainha, faria questão de matá-la na sua frente.

FLASHBACK OFF

Assim fora os primeiros meses do pesadelo de Anne. Ela não se lembrava da maior parte dos fatos, mas tinha plena consciência de que era culpada de tudo, e no fundo de sua alma, ainda o amava.

É insano, talvez até nojento, mas ela amava o homem que amou e cuidou dela até os 7 anos. Quem o via, era só elogios, um pai maravilhoso, que só sabia cuidar, amar e mimar a sua princesinha.

Nem mesmo Anne entende o por que de sua mudança, talvez nem ele mesmo entenda, mas o fato é: Ele era um monstro. Não importa suas desculpas, não importa absolutamente nada, ele fez e é isso que importa.

Fatos são fatos, de acordo com a justiça o que ele fez fora um crime, de acordo com o mundo fora uma brutalidade, de acordo com Anne ele a destruiu... e seria impossível apagar as marcas residentes em sua alma.

*-*

(Eai meus amores, gostaram? Se sim comentem bastante, dêem estrelinhas e divulguem para os amigos. Um beijo e até breve.)

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