Cap 2 ✓

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(Olá meus amores, como estão? Espero que bem. Boa leitura e nos vemos nas notas finais.)

*-*

Naquele mesmo final de semana as duas embarcaram no avião em direção a uma vida nova. Assim Anne sonhava: escola nova, amigos novos... ops... ela nunca teve amigos na escola, pois seu pai espantava a todos que se aproximavam dela.

Nunca entendeu o porquê de seu pai fazer isso, principalmente quando eram garotos. Quando precisava fazer alguma tarefa escolar, ele exigia que seus parceiros fossem garotas, do contrário ela faria sozinha.

Descobriu com o passar do tempo que ele a queria somente para si, para usá-la como bem entendesse.

Ela sempre foi uma menina frágil, carinhosa, que colocava a família em primeiro lugar. Seus pais eram tudo para ela, porém seu progenitor se tornou um ser desprezível, que qualquer distância era pouco para ele estar dela.

Por muitas vezes pensou em cometer o suicídio, mas a voz que residia em sua mente lhe impedia, sempre dizendo "você é tão fraca, tão suja, que nem da morte é digna."

Com esses pensamentos elas finalmente aterrissam no Rio de Janeiro, pegam suas malas e se encaminham até o local onde os taxistas estão, e minutos depois estão a caminho da Tijuca, casa de número 158.

A casa de Saly não era nenhum palacete, mas muito charmosa. Ali moravam sua tia, com seus dois filhos, uma linda menina de cabelos castanhos chocolate e olhos da mesma cor, tinha 4 anos recém completados e era um doce de menina. Seu nome era Angelina Haner (Angel).

Já seu irmão era diferente da pequena, enquanto ela era branca rosada, ele era moreno, alto, dos cabelos negros mas com olhos verdes e um corpo totalmente definido, seu nome era Brian Haner (Syn), tem 17 anos. E que diferente de sua irmã, dispõe de uma personalidade extremamente bipolar, alternando do meigo para o mal educado em segundos.

As duas descem do táxi e após terem pago a corrida, caminham em direção ao portão, que dá uma bela visão de seu jardim mal cuidado, mas ainda assim belo.

—Pode entrar meu amor, de hoje em diante este será o seu lar —sua tia lhe chama, e logo a acompanha para dentro.

A casa da família Haner era toda branca por fora, já por dentro havia apenas uma parede que não era pintada em tons pastéis, esta continha uma infinidade de desenhos, marcas de mãos a tinta, entre outros. Isso a deixou encantada.

—Gostou? —sua tia lhe tira de seus devaneios.

—Sim, eu amei! Mas não entendo o motivo... —divaga.

—O seu tio quem teve a idéia, ele queria que a Angel tivesse um cantinho só dela, e foi nisso que essa parede se transformou. Quase todos os dias ela faz algum desenho para ele —sorri para suas lembranças.

Por dentro a casa era ainda mais bonita, ao entrar havia uma sala de estar extensa e ao lado uma cozinha enorme que permitia a quem estivesse cozinhando observar a sala. No andar de cima havia quatro quartos, onde todos eram suítes e um corredor que terminava em uma bela varanda que continha uma pequena mesa, duas cadeiras de balanço e uma rede.

Logo Anne vê uma menina baixinha de cabelos longos correndo em direção a sua tia pedindo por socorro. Saly a pega no colo e pergunta o que houve, mas nada precisa ser dito quando Syn entra na sala.

—Cadê a minha baixinha? —sua voz rouca era uma injeção de excitação no corpo de Anne.

—Mamãe não deixa ele me pegar, ele tá fazendo cócegas na minha barriguinha —pede com seu lindo sorrisinho sapeca.

Se Entregando Ao Pecado (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora