Jane The Killer

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- Randy vai enfiar esse chapéu em você!

Claro que eu sabia que o som das crianças gritando impediria que eu fosse ouvida, mas mesmo assim gritei, então eu corri para o quarto dos meus pais e procurei o celular do meu pai, eu sabia que ele sempre o esquecia em casa, depois de muita busca o achei, estava debaixo da cama, não perdi tempo, digitei os números.

- 911, Olá?

Preciso de ajuda há uma emergência na casa ao lado! Alguns caras pularam a cerca e tão espancando alguém! Eles têm armas. Você precisa para se apressar, por favor!

- Ok, preciso que você me diga o endereço e eu vou enviar ajuda imediatamente.

Eu disse rapidamente meu endereço e pedi que ela viesse depressa, depois desliguei o telefone ignorando o que ela estava falando. Então ouvi tiros que vinham de outro lado e rapidamente larguei o telefone, o que o fez quebrar, e corri para janela do meu quarto para ver o que estava acontecendo, chegando lá vi fumaça de um incêndio e os gritos, pareciam gritos de um animal morrendo, isso me deixou horrorizada, mas juro a você, vou fazer Jeff gritar assim novamente, a lembrança daqueles gritos soam como música para mim agora e não há nada que eu queira ouvir mais no mundo do que ele gritando.

Eu corri, peguei o extintor portátil na cozinha, e fui até a casa. A porta estava destrancada, eu entrei sem prestar atenção em ninguém, até que vi Jeff, eu congelei completamente. Ele estava deitado, coberto em chamas e com adultos tentando apaga-lo, eu via pedaços de sua pele sendo arrancados pelas toalhas que abafavam as chamas, pedaços rosa, partes carbonizadas, muito vermelho, eu então desmaiei, só me lembro de adultos correndo em minha direção, talvez para me ajudar ou talvez por conta do extintor de incêndio, eu não sei, até que acordei numa cama de hospital.

Quando uma enfermeira entrou, eu logo lhe perguntei o que aconteceu, ela irritada falou:

- Tudo o que sei é que você foi trazida com outras crianças, você caiu e bateu a cabeça em um extintor de incêndio.

Enquanto levava minha mão a cabeça, senti as ataduras e um galo do tamanho de uma laranja e perguntei.

- Um extintor de incêndio?

Então lembrei de Jeff.

- Um dos caras que vieram comigo, aquele com as queimaduras, ele vai ficar bem?

Ela suspirou e ainda irritada respondeu.

- Ouça havia dois rapazes que foram trazidos com você e que tinham queimaduras, e não, eu não vou deixar você vê-lo só porque ele é seu namorado.

Rapidamente rebati, sentindo meu rosto enrubescer.

- Ele não é meu namorado! Só estou preocupada com ele! você não se preocuparia com alguém que você acabou de ver queimando vivo na sua frente?

Minha voz tremeu enquanto eu falava e provavelmente ela achou que era mentira, ela mudou de assunto.

- Seus pais estão a caminho. Quer vê-los?

Queria sair de perto dela apenas, então respondi afirmativamente. Logo que meus pais entraram, a enfermeira saiu, eles me perguntaram o que houve e eu contei tudo que sabia. Ao fim, mamãe disse.

- Eu sabia que Randy não era bom!

Então perguntei.

- Então, você já ouviu falar alguma coisa sobre a condição de Jeff?

Meu pai então respondeu.

- Não, nada ainda, acabei de chegar aqui, só procurei saber sobre o que aconteceu com você.

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