Capítulo 65

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Não sei quem sou e como cá vim parar, ninguém consegue explicar-me ou será que todos escondem?

Núbia é uma mulher completamente apaixonada por mim, namoramos há 1 ano depois de tanta insistência de sua parte, mas ao longo desse tempo minha consciência foi se enchendo de algumas lembranças.

Sinto que não sei quem sou de verdade e isso me inquieta, gosto dela mas não a amo. Meu coração parece pertencer à outra, difícil dizer porquê!

Existe um óbice em esforçar lembranças de tudo que ocorreu até agora, nem da minha infância consigo recordar o que é ainda mais estranho. Resido em uma cidade muito pequena onde todos se conhecem, mantemos excelentes relações uns aos outros.

— Amor, voltei só pra você... Disse a mulher com uma beleza sem igual em toda cidade, a minha Núbia

— Estava com saudades minha Dourada... Recebi-a com uma beijo antes de sentar-se em meu colo

— Voltei cedo por não ter tanto movimento no salão, deixei lá as meninas tomar conta

— Isso quer dizer que posso abusar de você

Minhas mãos invadiram o interior de suas vestes até tocar na vulva, beijo intenso acelerou nossos batimentos cardíacos, de pés cruzados na minha cintura a carreguei até ao quarto.

Tranquei a porta e parti pra a acção, sua pele morena e seus lábios grossos carnudos me encantam.

Fizemos um amor voraz incendiando o quarto todo, deitados na cama com sua cabeça em meu peito, recebia carinhos e beijos que eram recíprocos. É tão bom estar bem perto dela e curtir esses momentos, alguns minutos depois ela teve que voltar ao salão enquanto eu fiquei em casa.

__________Hadhi_____

Recebi o convite de uma igreja em uma cidade não muito distante, pediram que fosse pra lá dar palestra e prestar meu testemunho, apesar de ter parado por algum tempo devido questões de trabalho a minha ONG continuava. Aceitei e prometi lá estar na data combinada, que será já amanhã.

Preparei todo material e a Dalila se prontificou ir comigo, temos nos dado muito bem, sabendo gerir da melhor maneira possível nosso noivado. Sim, pedi ela em casamento e não me arrependo.

— Mozão, se arruma logo... Pedi à ela de um jeito amoroso

— Já terminei, Meu tudo

O nosso destino é o supermercado e posteriormente no shopping, vamos comprar bens perecíveis, vestuários, calçados e alguns produtos de higienes pra doar no lar do templo do Senhor amanhã onde me deslocarei.

Compramos todo o necessário pra levar e voltamos pra casa, arrumamos tudo no carro com que seguiremos viajem.

O despertador tocou depois de estarmos preparados, a ansiedade era tanta pra lá chegar que ambos não pregamos os olhos, deixei ela dirigir enquanto cochilei um pouco até porque ficaria mal chegar com o rosto todo amarrotado. Horas depois acordei e dirigi até chegarmos no local, fomos bem recebidos.

Arrumamos o espaço onde a palestra será presidida, todo a postos só esperávamos a presença de todos. Fui apresentado ao público presente, após isso, dei início à dissertação do tema que aí me levou.

Assim que terminou comentei com a Dalila ter visto alguém na plateia muito familiar, ela confirmou ter visto o mesmo. Chamei o Padre perguntando quem era o jovem, respondeu dizendo que é o Rashid. Não pode ser, são muito parecidos.

— Padre seria um incômodo se o senhor chamá-lo?

— Não seria, não entendo o motivo que quereres tanto falar com ele!

— Ele parece-me muito familiar, muito parecido com um amigo que perdi faz algum tempo

— Acredita que sim Padre, também o conheci e tivemos um caso, se parecem muito... Reforçou a Dalila

Assim que ele chegou mais perto não tive dúvidas que era ele, sem hesitar o chamei pelo nome que conheço.

— Kuntuala?

Se Eu Soubesse Where stories live. Discover now