Capítulo 11

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Depois de ouvir a Manvula dizer que está grávida meu coração se despedaçou de vez, mesmo vendo o Henda me defendendo. Isso nem aliviou a dor que senti quando soube do bebé que ambos esperam, mais uma vez cai em lágrimas.

Quando conheci o Henda, tudo parecia um conto de fadas devido a alegria que ele me proporcionou mesmo sem conhecê-lo. Sim! Admito que gostei dele logo no primeiro dia, ele é lindo, meigo, compreensivo, tudo nele ia de acordo as minhas exigências.

Quando começamos a namorar ele aumentou na dose me deixando viciada e totalmente apaixonada, se não fosse a minha concentração! Já iria perder minha virgindade com ele faz tempo, felizmente não aconteceu.

Muitas das mulheres que já passaram por uma decepção amorosa se fecharam para o amor, e comigo não será indiferente por não querer mais confiar em homem algum até que me prove o contrário. Não quero passar por isso outra vez, nenhum outro homem voltará a brincar comigo.

[...]

Os dias se passaram e felizmente já estava recuperada a 100%, em cpara na minha cama. Desde que saí do hospital, me tornei uma pessoa muito solitária e fria com os homens.

Quanto ao casal maldade, soube que a gravidez da Manvula era mentira e sobre o Henda não qro nem saber.

Troquei de turma e turno só para evitar olhar na cara daqueles dois seres desprezíveis, o meu desempenho na escola não foi afectado até porque me trancava no quarto estudando muito.

Terminei de ler o livro "O Amor Pós Depressão" (livro disponível no meu perfil), gostei muito em saber que eles se deram outra chance e estou esperando o volume 2.

Daqui a uma semana os testes começam, isso implica que tenho menos tempo aqui devido o meu plano de ir estudar na capital. Ideia essa que não agrada muito os meus pais, mas como dizem! Todo passarinho um dia aprende a voar e quer sair do ninho, então não tenho outra escolha.

Fiz as higienes, tive a minha refeição e fui pra escola. Durante o meu percurso um jovem olhava fixamente pra mim, algo que estava a me incomodar bastante mas também não o demonstrei.

Aquilo parecia um relato de perseguição por ele ter descido exactamente quando desci, fiquei com certo nervosismo e apressei os passos sem olhar pra trás. Meu coração gelou e o medo aumentou quando senti suas mãos em meu braço, perguntei pra mim mesmo! E agora?

— Andando com tanta pressa porquê?

— Estou atrasada, por favor larga meu braço

— Desculpa, não quis assustá-la. Posso saber seu nome?

— É assim tão interessante pra você saber meu nome!?

— Só depois de me dizeres o seu nome, responderei sua pergunta

— Muna, agora podes me dizer o interesse em saber?

— Nome lindo como tu, quis saber porque prendes-te a minha atenção

— Hahahah, então deixo sua atenção livre e agradecia que me deixasses também. Tchau tenho que ir à aula

Que sinistro, nunca o tinha visto antes e do nada me persegue. Pensei até que fosse um ladrão que estava deixando minha vida em perigo, felizmente era durante o dia nem imagino se fosse de noite. Morreria bem antes dele tentar algo, hahahah.

Entrei na sala de aula e ocupei o meu lugar, depois de estar mais calma meus pensamentos ficaram voltados pra aquele ser sinistro que nem sequer soube o nome. Ele até que é bonito mas muito assustador, a voz do professor cortou meus pensamentos.

Terminada à aula fui até ao refeitório, amo tanto comida até ao ponto de me casar com um restaurante. Comprei um hambúrguer enorme pra minha boca e uma Coca-Cola, me dirigi até à mesa e comecei a comer.

— Posso me sentar aqui?

— Podes sim, respondi mesmo sem ver quem era

Tive um susto logo que levantei a cabeça e dei de cara com o ser bem na minha frente, o mesmo que pegou no meu braço enquanto viam pra escola.

— Agora me persegues?

— Não seria má ideia, mas não. Apenas coincidência

— Então explica lá bem essa coincidência, nunca te vi cá antes, não sei teu nome

— Eu sou o Zola, vim pra cá devido o concurso inter-escolas que se realizará aqui

— Até onde sei Zola significa calmo, quieto e tranquilo. Desde que nos cruzamos não senti nada disso ao pé de ti

— Não sentiste porquê estas assustada, isso depois passa.

— Oxalá passe logo, agora tenho que voltar pra aula e boa preparação pra você no concurso

— Obrigado Muna.

Voltei pra aula calmamente e não assustada como da última vez que nos encontramos, logo agora que estou a esquecer o Henda me aparece outro homem. Sei muito bem o que ele quer de mim é bem notável em seu olhar, ou será que estou tirando conclusões precipitadas! Oxalá não.

Assim que terminou a aula decidi dar uma volta no parque, há um bom tempo que não me divirto um pouco e como aqui não tem muitos locais pra diversão o parque é a única solução. Chegando lá aproveitei de tudo um pouco divertido que o local oferecia, depois o cansaço me obrigou a sentar em alguns dos bancos afim de descansar.

— Parece que o destino quer nos juntar, não é normal estarmos sempre a se encontrar. Já é a terceira vez em apenas um dia

— Ainda acho que estás a me perseguir, isso não é nada agradável

— Vim pra cá correr com um amigo que não via há muito tempo, ele está vindo

Quando olhei ao amigo que ele se referia, meu coração acelerou e um monte de pensamentos invadiram minha cabeça me deixando estática.

— Tudo bem? Muna

— Estou bem Zola, não se preocupe

— Henda, essa é a Muna...

— Sei muito bem quem ela é, Zola

Sai daí correndo pra casa, não sei descrever o que sentia naquele exacto momento. Raiva, ódio, saudades ou seja lá que porra de sentimento era. Voltar a ver o Henda me deixou mal, cheguei em casa e me atirei na cama chorando até cair no sono.

Se Eu Soubesse Where stories live. Discover now