Capítulo 32

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______________ Dalila

Estou de coração despedaçado, primeiro foi vê-los juntos no restaurante em grandes sorrisos, agora ele a beija no pátio sem se importar com ninguém. Perdi a vontade de assistir à aula e sai correndo para qualquer lugar que não seja a minha casa, Creusa seguiu-me e me levou a praia.

Por mais esforços e tentativas de esquecer o Hadhi, nada funciona ele está tatuado em mim. Mas superar esse sofrimento está sendo muito difícil, por não ter o controle sobre tudo que sinto.

A Creusa sempre me diz que a superação é a descoberta de uma nova oportunidade, às vezes o que vem depois é ainda mais intenso e vibrante do que antes, por mais, que a princípio, isso seja inacreditável. Sinceramente gostaria lidar com esse sentimento, se for possível esquecer, ainda mais agora que eles estão juntos.

Chorei rios de lágrimas no colo da Creusa, culpava meu coração por estar assim. Porquê ele nunca se interessou por mim, ainda me pergunto o que ela vê nela e não tenho. Já que ela ficou com o meu amor, vou ficar com o melhor amigo dela para ela saber como é perder alguém.

Creusa não apoiou essa minha ideia, avisou-me dos perigos e o risco de me apaixonar por ele e depois acabar sozinha de novo. Mas meu coração magoado desorientou meus pensamentos, não quis saber das consequências. Fiquei mais calma, compramos biquínis e entramos na água que estava muito boa.

O resto do dia foi calmo e divertido no fim a Creusa não achou tão mal a ideia, até por quê o Kuntuala é um dos mais bonitos e desejados da faculdade. Não sairia a perder o colocando no lugar do Hadhi, amanhã mesmo vou começar a dar em cima dele, não vou ser dura.

___________ Kuntuala

Por mais esforços feitos por mim pra não sentir tanto a mágoa de ver a Muna beijando outros lábios, meu coração se nega a aceitar isso me culpo por não ter me declarado quando tive a chance. Melhor me contentar com a amizade mesmo e aceitar outra mulher que queira ter algo comigo.

Dizem que antes de optar em abandonar um amor, devemos ter a certeza porque amar é também ter coragem de insistir. Mas devo amar quem merece e retribua do mesmo jeito ou de forma diferente, cada pessoa é um conjunto de virtudes e defeitos peculiar.

E é a forma peculiar da Muna que me encanta e faz amá-la, sim a amo e não estou confundindo com uma mera paixão ou um gosto passageiro. Está na hora de aceitar o rumo que nossas vidas levaram, se for pra ficarmos um dia assim será.

[...]

Hoje ensinarei a Muna a andar de mota, nem parece mas já ensinei muitas coisas à ela desde natação, skate, patins e o básico em grafite. Fomos em uma zona menos movimentada, colocamos os capacetes e comecei a explicar-lhe passo-à-passo.

Depois de uma hora ela pegou jeito e andava muito bem, como sempre ela me surpreende com seu modo de aprender rápido.

Depois da aula, deixei-a em casa e fui para minha. No caminho fui parado pela Dalila, uma das mais gatas e desejadas da faculdade.

— Olá Kuntuala

— Olá Dalila

— Podes me levar até em casa?

— Sobe aí e coloca o capacete

Chegamos em sua casa e pediu-me para entrar, estava difícil negar por isso entrei sem se opuser. Chamou pela Mãe mas parece que ninguém estava em casa, apenas nos dois nesse casarão isso não vai prestar, melhor me retirar logo.

Perguntou se gostaria de beber algo, optei por um copo com água fresca e ela foi buscar.

Não sei se a minha imaginação está muito além mas sinto que de certa forma ela está se insinuar para mim, toda calma é necessária nessa hora. Voltou com o meu pedido, bebi toda água em fração de segundos.

— Estavas com tanta sede assim!!?

— Pelo jeito que bebi, sim

— Seria pedir muito se ficasses aqui a me fazer companhia?

— Não teria, estou sem planos para o resto do dia

— Fique à vontade, vou ao banho e já volto

Meu Deus! Que momento, bateu uma vontade de querer acompanhar ela até ao banho, seria ousadia de mais até ao ponto de assustá-la. Me calei e fiquei no sofá a ver tv, meus pensamentos estão todos apontados para a sua imagem no banho.

Após alguns minutos ouvi um grito vindo de seu quarto, pensei duas vezes antes de lá ir. Mudei de ideia quando ouvi o segundo grito, corri até lá e a vi deitada no chão sem roupa, seus seios são uma delícia.

Peguei em uma toalha cobri seu corpo e a carreguei até na cama, agradeceu e explicou que escorregou enquanto tomava o banho.

Tentei abandonar o quarto porém ela prendeu meu braço, com uma voz de mimo

— Não vai, fica aqui comigo

— Estou na sala, tens que te vestir ou terminar o banho

Soltou meu braço e fui até a sala...

Se Eu Soubesse Where stories live. Discover now