BÔNUS ESPECIAL: DIA DO AMIGO

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N/A: Ois, gal! Surpresinha pra vocês que to guardando faz algum tempo ahahaha Hoje é dia do amigo e eu não podia simplesmente deixar essa data passar em branco aqui em 5inco, onde o foco da história é a amizade e o poder que ela tem 💜 Então espero que vocês gostem e não estranhem o modo que esse bônus vai ser narrado ou se não conhecerem algumas pessoas que forem aparecer aqui nesse bônus HUAHUA Eu achei que não seria justo falar tanto do Pedro nessa história (mesmo que ele seja o personagem principal de 30COISAS) e não dar um espacinho pra ele falar um pouco 💜 Um beijão e espero que vocês gostem!

ps: a atualização do 33 vai entrar ainda HOJE, lá pelas 21:00/21:30

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"Feliz dia dos amigos pra vocês que são mais que meus amigos: são meus friends. ── Augusto."

Maria Luísa, Felipe, Rafael, Thomas e Augusto sempre foram amigos.

Aquele tipo de amizade que já existe antes mesmo da pessoa nascer: por conta das famílias se conhecerem de uma maneira ou de outra, já era meio que escrito nas estrelas que os cinco seriam amigos. Tipo uma antiga profecia.

Mas o que quase ninguém sabia era que alguém já tinha escrito nas estrelas que euzinho aqui também faria parte desse clubinho ultra-secreto deles.

Foi na pré-escola que toda a mágica aconteceu.

Eu estava muito chateado porque a minha mãe tinha esquecido de colocar meu bolo de laranja aquele dia dentro da merendeira. Na cabeça do meu eu de seis anos, a minha mãe queria me matar de fome ou me fazer emagrecer. Até cheguei a cogitar que o incidente não havia sido um incidente coisíssima nenhuma, mas sim um grande plano maligno. Nota-se que o meu eu de seis anos é praticamente o mesmo nos dias de hoje.

Eu estava lá, resmungando uma série de eternos "não acredito que vou morrer de fome hoje" quando alguém sentou ao meu lado. Até aí tudo bem: pessoas sentam ao lado de pessoas todos os dias. Mas quando a pessoa que sentou ao meu lado abriu a sua lancheira, arrumou a toalhinha em cima da mesa e tirou de dentro da lancheira uma embalagem que eu conhecia muito bem, pensei que eu estava sendo punido por ter grudado chiclete no cabelo da Anaju na semana passada.

Minha mãe sempre diz: tudo que vai, volta uma hora.

E a minha punição tinha chegado em forma de uma criança como uma lancheira da turma da Mônica e com bolinho de laranja.

Na época pensei em escrever uma carta para o Papai Noel ─ já que eu achava que ele era o responsavel pela lei do retorno ─ e explicar para ele que apenas tinha grudado chiclete no cabelo da minha irmã porque ela estava sendo insuportável. Tudo bem, Anaju era insuportável todos os dias, mas naquele em especial, ela estava mais insuportável do que nunca. Se eu lembro o motivo de ela estar sendo uma chata? Não, não lembro, mas foi o suficiente para o meu mini eu grudar um chiclete no cabelo da irmã.

Voltando a minha lembrança: a pessoa do meu lado ─ que eu descobri que era uma garota da minha turma ─ tirou também um suco de uva e uma banana de dentro da lancheira. Ela parecia extremamente feliz olhando para toda aquela comida ─ até eu iria estar daquela maneira ─, quando ela resolveu olhar para a criança ao lado dela. No caso, eu.

─ Oi! ─ ela disse, toda animada. ─ Seu boné é muito legal, sabia?

─ Obrigado, eu acho. ─ ninguém gostava do meu boné vermelho e quando eu quero dizer ninguém estou dizendo ninguém mesmo. Maria Luísa foi a primeira ─ e única pessoa ─ que gostou dele. ─ Você pode ficar com ele, se quiser. Já que nas próximas horas eu vou ter morrido de fome.

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