Capitulo 14 - Segunda Temporada

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Acordar de uma noite incrível ao lado de alguém que você ama devia estar entre as melhores coisas do mundo. Acordei antes do Luan e fiquei assistindo ele dormir, sua respiração me acalmou e até sono eu senti novamente. A luz que entrava da sacada do meu quarto dava um clima meio confortável ao quarto, ele se mexeu e em seguida vi seus olhos abrirem. Sorri ao ver sua expressão.

- Bom dia bebê! - Disse divertida ao ver.

- Bom dia. - Disse preguiçoso. - Tá me olhando a muito tempo?

- Não sei, sabia? - Sorri.

- Você fica tão linda sorrindo. -  Passou uma mão no meu rosto.

- Eu sei.

- Convencida. - Riu e deu uma olhada ao redor do quarto. - Cadê o café? Pensei que acordaria com café na cama.

- Eu estava esperando você acordar pra fazer. - Abracei seu tronco e deitei a cabeça no seu peito.

- Ah que interessante. Vai esperar a visita fazer?

- Você é visita, Luan? - Perguntei de olhos fechados sentindo sua mão no meu cabelo.

- Nessa casa sim. Ei, não vai babar em mim ein.  - Cutucou meu ombro.

- Ah deixa eu babar um pouquinho, bebê. - Me levantei e olhei nos seus olhos.

- Vamos levantar, tenho compromisso hoje. - Ele me afastou e levantou da cama.

- Compromisso, com quem? - Franzi o cenho.

- Com meus fãs. - Ele disse fechando o zíper da calça e se inclinando pra me dar um beijo.

- Aff. - Revirei os olhos.

- Você tem que entender. Tem os seus também. - Disse juntando a sua camisa do chão.

- Os meus são legais. - Me levantei a parei de frente pra ele. - Não veste agora. Vamos tomar banho juntos.

- Rafaela. - Disse me repreendendo.

- Cala a boca e vem.

Segurei pela mão e fui o levando até o banheiro, não preciso nem comentar o que fizemos, mas posso afirmar que foi a melhor da minha vida.

                               (...)

Eu já estava na cozinha lutando contra o fogão tentando preparar alguma meia dúzia de panquecas, estava vestindo a camisa branca do Luan e descalça. Me virei pra trás e vi ele escorado na porta me olhando com um sorriso bobo no rosto.

- Que foi? Ta me olhando por que? - Disse irritada.

- Tô admirando você. - Ele se aproximou e segurou minha cintura. - Eu seria capaz acordar e ver esse cena todas as manhãs.

- É bebê? - Enlacei meus braços em seus ombros.

- Sim. - Ele sorriu e encontramos nossos lábios. Até eu sentir um cheiro estranho.

- Luan as panquecas estão queimando. - Desliguei o fogo rapidamente e coloquei a frigideira na pia. - Ah, estragou.

- Não importa, sobrou algumas. - Ele pegou um pedaço de uma e provou. - Ta bom.

- Sério? - Fiquei contente.

- Mais ou menos. - Ele começou a rir. -Desculpa Rafa, mas você nasceu pra cantar, não pra cozinhar.

- Eu sei. - Dei de ombros. - A moça que cozinha pra mim vem mais tarde, você quer ir embora agora vai ter que comer o que eu fiz mesmo.

- Ta bom. - Ele riu. - Eu como essa gororoba aqui mesmo.

- Ta Luan. Muito obrigada.

Ele riu e continuou comendo o que eu fiz. Conversamos um pouco e finalmente ele teve que ir embora, me troquei e me atirei no sofá da sala com o violão no colo. Dedilhei alguns acordes e de repente fui despertada com gritos do Cadu e da Paula na sala.

- Ei, da pra vocês gritarem longe de mim? - Gritei os fazendo parar com o escândalo.

- Ih ta deprê. Como foi a festa?  - Cadu perguntou se jogando ao meu lado.

- Briguei com o Caio. - Disse sem dar muita importância.

- O que? Qual o seu problema? Sempre briga com os caras certos. - Paula gritou.

- Ah cama a boca projeto de espantalho. - Cadu ralhou com ela. - E o Luan? - cochichou pra mim.

- Depois te conto. - cochichei novamente.

- Safada. - Ele gargalhou.

- o que foi? - Paula indagou.

- Nada criatura, aff. Meu assunto é com a Rafaela. Garota metida.

Gostava de ver as brigas dos dois, por mais que eu negasse era eles quem divertiam meus dias. Eram minhas companhias e me alegravam quando as luzes do palco se apagavam e meus fãs tomavam rumo das suas casas.

Hoje teria uma entrevista pra um canal da TV, Cadu me ajudou com a roupa e fui pro local marcado.

Já em casa eu estava atirada no sofá, a moça que trabalha na minha casa já tinha ido embora e eu ainda estava atirada no sofá da minha casa, a preguiça tinha me dominado e eu não tinha sequer fechado a janela da sala, sentada no sofá, a luz da lua invadia o cômodo que estava com a luz apagada, a típica tristeza de me sentir sozinha começou a me invadir e uma grande agonia também. Eu olhava pra tela do celular de cinco em cinco minutos na esperança de não ter ouvido ele tocar e ter chegado alguma mensagem do Luan. Mas isso era impossível pois a única coisa que eu fiz o dia inteiro foi focar no celular pra que eu não perdesse nenhuma chance de ve-lo me chamar.

Uma angústia muito forte me abateu ao pensar que ele não me ligaria, que eu tivesse sido apenas um passatempo. Senti algumas lágrimas rolarem por meu rosto e me encolhi no sofá. Chorava de tristeza, de solidão, de saudades da minha família. Chorava por que não aguentava mais ser opção de muitos mas não a prioridade de alguém, chorei por que me sentia sozinha e esse era o meu maior medo.

Adormeci ali e quando acordei a sala estava ainda mais silenciosa e com a janela aberta, eu sentia frio e a luz da rua me deixava um clima nostálgico. Quando lembrei do Luan procurei rapidamente o celular e o encontrei, sorri ao ver uma mensagem do Luan:

Boa noite bebê!
Espero que durma bem. Vou dormir pensando na noite de ontem, foi linda, você estava linda e espero te sentir linda muitas outras vezes.
Sonha comigo por que eu juro que vou sonhar com você!

Eu enchi os olhos d'agua junto com um sorriso, sentir que não estava sozinha e que alguém gosta de mim me dava vontade de dormir, acordar no dia seguinte e fazer tudo de novo.

Hello migs!
Por favor não me matem por conta do meu sumiço. Eu estava indisposta e sem criatividade por esses últimos dias, mas hoje consegui escrever esse pra vocês.
Obrigada por cada um de vocês que se dispõem a ler minha história.

Obs.: Será que o nosso querido casal problema vai se ajeitar finalmente?
Sei não hein.

Contrato - Luan SantanaWhere stories live. Discover now