Disgust

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Acordando de meus devaneios eu parei de correr, ouvindo um barulho alto de queda.

O idiota caiu.

Ri pra mim mesma e passei a andar, ouvindo o palhaço chorar de dor.

Ele não passava de um covarde.

Isso me dava nojo.

Apenas nojo.

Com uma de minhas maos eu arrastava o machado no chão, enquanto a outra eu raspava minhas unhas na parede criando um barulho arrepiante é desagradável.

Quando eu o vi, caído no chão, olhando pra mim com medo eu parei e cai na gargalhada.

Eu estava me sentindo louca.

Na verdade April, você é louca. A voz na minha cabeça respondeu, me fazendo murmurar em concordância.

-então... Senhor palhaço.- eu disse me aproximando dele, vendo o mesmo tremer.-você gostava de assistir aquilo não é?

Eu falei e pisei em seu tornozelo aparentemente quebrado, fazendo o mesmo gritar de dor.

-ooora vamos, sei medroso. Isso nem deve doer tanto assim, não é? - eu falei sorrindo e pisei novamente, agora com mais força. Enquanto ele começava a chorar.

-de pé. - eu falei, mas o mesmo continuou no chão, me deixando de novo com meu mau humor- DE PÉ! EU DISSE PRA FICAR DE PÉ! - eu gritei muito alto, com raiva, até assustando a mim mesma com o tom que minha voz tomou.

Ela estava formada por mais de uma voz.

Aquilo não era eu.

Tinha mais alguém.

Meu sangue congelou em minhas veias, mas eu logo recuperei minha postura, vendo ele se levantar imediatamente, tremendo de medo, e então

Mijar nas calças.

Covarde.

-eu não acredito que estou vendo isso, meu caro. - eu falei me aproximando mais um passo, enquanto ele tremia ainda mais, olhando assustado para mim. -você é patético.

Assim que terminei de falar eu lancei o machado até minha mão, o fazendo dar um pulo, quase caindo novamente, o que me fez rir.

-eu não quero ter que matar você agora... Então eu quero que você me diga... Onde estão as chaves. - eu falei calmamente, acariciando a lâmina afiada do Machado. Ouvindo a respiração rápida e engasgada do homem a minha frente.

Que não disse nada.

Eu senti o sangue correndo mais rápido, meus olhos ardendo e minha raiva aumentando.

-obedeça. - eu disse. E percebi que ele arregalou os olhos quando olhou para os meus, tremendo ainda mais.

-Q.q.. Que... Que ch... Chaves?

Minha paciência acabou e eu agarrei o pescoço dele com uma de minhas mãos, o lançando contra a parede e  fazendo gritar com medo.

-Est. ta. Tão. Nu. Ma na caixa, caixa , d. de fo, for
, rça! Num a ca, cai, caix, xa! For, forado, for a do labirinto. - ele dizia enquanto chibata alto como um bebezão.

Isso estava me irritando.

Numa caixa de força fora do labirinto? Foi isso que ele disse?

Ah foda-se.

Covarde idiota.

-N.nao. F. Faça... Não faça iiii. Sss. Isso. V.voce, você não p.ode. E não pode l....

Me afastei um passo dele e não esperei nem uma outra palavra e arrebentei sua cabeça com o machado.

Ops.

Aquele choro, toda aquela baba e lágrimas estavam me irritando.

Vi seu corpo nojento cair no chão e reparei fundo. O idiota estava implorando pra não morrer.

E ele ainda achava que tinha alguma chance...

Ri com escárnio e sacudi o machado cheio de miolos.

Era hora de sair desse labirinto.

Achar a caixa de força.

E pegar as chaves.

Mas antes eu precisava fazer outra coisa.

RUN 2 - Harry Styles horror fanfic-  EM PAUSA Kde žijí příběhy. Začni objevovat