RUN 2 - Harry Styles horror fanfic- EM PAUSA

Shut Up

Quando vai aprender a lição?

Quando?

Abri meus olhos, sentindo algo macio em baixo de mim. Sem reconhecer o lugar.

-está tudo bem Rose. - eu ouvi, e logo as mãos geladas penteavam meus cabelos. Arregalei meus olhos, reconhecendo a voz. -mamãe está aqui.

Uma das mãos geladas deslizou uma unha afiada por meu rosto, descendo até meu pescoço, aumentando meus batimentos cardíacos.

-sentiu minha falta? - ela sussurrou, o quarto era escuro, e estava repleto de borboletas pretas, moscas... E...

Corpos.

Harry.

Um grito tentou sair de minha garganta mas eu não consegui fazer som algum, O corpo do Harry estava acorrentado ao teto, pingando sangue.

Estapeei os braços dela, saindo de seu aperto, ouvindo sua risada e seus sussurros em minha cabeça. Olhando pra ela, estava mais sombria do que nunca, ela irradiava sombras, as borboletas andavam por seu rosto, entravam em sua boca aberta com um sorriso.

-eu matei seu namorado. - ela disse debochando de mim.

-Cala a boca! - eu gritei enquanto andava para trás.

-eu assisti o sofrimento da criancinha. -  ela sussurrou. - e vou assistir o seu também... Você nunca poderá salvá-la. Nunca vai sair daqui...

-CALA A BOCA! -Eu estava tremendo, entrando em um colapso, tudo era um verdadeiro caos no momento em que ela se desfez em sombras, tomando todo o lugar, me tomando também, deixando minha visão completamente escura.

Limpei meus olhos com as mãos, abrindo-os e vendo em minha frente um corredor, água pingando das paredes, limo, ratos... E gritos.

Andei apreensivamente pelo túnel, ouvindo-os cada vez mais altos, e então vendo a poda redonda e pesada sei aberta.

Com meu coração martelando em meus ouvidos eu coloquei minha mão na porta, empurrando ela com um alto barulho, vendo, com horror a cena lá dentro.

Alea estava lá, encolhida no chão, chorando, gritando, tentando fugir, enquanto seis homens riam ao redor dela, a tocavam, violavam, machucavam.

Eu gritei pra que parassem, em prantos, enquanto eles me olhavam rindo, planejando o que fariam em seguida.

Me pus de joelhos no chão, chorando, olhando pra ela, aquela pobre menina, apavorada, olhando pra mim, pedindo ajuda...

As mãos grossas e ásperas daqueles monstros agarraram meus braços, me jogando ao lado dela, em seu lugar. Agora eu via oque ela viu, oque ela sentiu, e, Deus...

Eu não conseguia reagir, nem gritar, eu era um pedaço de carne. E, de baixo da porta, rindo, estava ela. Estava minha mãe, me perseguindo e gostando do que via.

O rosto de um deles estava bem em cima do meu, era nojento, doloroso... Insuportável.

Fechei meus olhos, sentindo o pé de um deles entrar em contato com meu rosto, é um punhado se sangue e dentes ser jogado por ela. E então apenas um som agudo ecoar por meus ouvidos.

Esse som foi quebrado pelo barulho de uma porta se abrindo.

Aos poucos meus sentidos voltaram, eu retomei minha consciência, sentindo minha garganta seca e minha perna latejando.

Outro maldito sonho. Mas que...

-É um grande peixe, Royal. Um grande peixe. Tivemos um dia produtivo hoje.

Passos e algo sendo arrastado, um cadáver, talvez.

-vou cozinhar um ensopado esta noite. Vá por a mesa querida. - a voz embargada e arrastada ecoava, enquanto falava sozinha.

Tive que segurar um gemido de dor quando um grande peso foi jogado sobre minhas pernas.

-Veja Royal, temos alguém novo aqui. Acho que o cão de guarda teve algum trabalho. Sim, eu acho que sim, ela pode comer nosso ensopado, seria bom? Oh obrigado. - ele disse e, a centímetros do meu rosto uma faca foi cravada, respingando sangue é um cheiro horrível em meu rosto.

Eu abri uma pequena fresta de meus olhos, vendo um homem velho com uniforme do hospital. Segurando uma cabeça decepada nas mãos, enquanto falava com ela sobre o tal ensopado.

Eu precisava de uma escapatória.

Fechei os olhos rapidamente quando o mesmo andou em direção à pilha de corpos.

Merda ele viu.

-será que estou imaginando coisas, Amigo? Sabe... Acho que hoje o doutor exagerou na dose. Quase não consegui achar as escadas de entrada pra cá.

Senti o corpo ser arrastado de cima de mim, e logo senti a respiração dele perto de mim.

-oque você acha? Ela parece estar respirando, Royal.

Eu precisava fazer algo.

Agora.

Com um surto de adrenalina eu agarrei a faca cravada ao lado de minha cabeça e a arremessei para frente, sentindo o homem recuar e reclamar de dor.

Abri meus olhos e sai daquele monte de sangue e tripas, avançando contra ele, mas errado o alvo quando minha perna perdeu totalmente as forças, me fazendo cair no chão, apertando meus olhos com a dor.

-ora sua vadiazinha. - ele disse, batendo em meu rosto com o punho e agarrando a faca, tentando acertar em mim.

Eu não era burra, não poderia lutar com ele desarmada, por isso chutei suas pernas, enquanto me levantava e corria para fora, ouvindo os gritos de raiva e os passos rápidos atrás de mim.