That Name

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Harry estava acordado faziam alguns minutos e já havia saído do quarto e ido para fora da casa enquanto April dormia.

A garota se virou e abriu lentamente os olhos, havia sido uma longa noite. Os pesadelos haviam voltado.

Ela precisava de um banho.
Andou até o banheiro, entrando no mesmo e prendendo os cabelos em um coque enquanto observava seu rosto cansado no espelho.

Suspirou, olhando em volta, ainda lenta pelo sono, vendo a velha banheira de baixo do chuveiro gelado. Até que não seria uma má idéia. 

Coçando os olhos com os punhos, ela se inclinou até o registro, ligando a água e esperando a banheira encher, a mesma estava, digamos, um tanto suja. Mas aquelas manchas não sairiam tão facilmente.

April despiu a camisa de botões que havia roubado de Harry e a calça comprida que achou no fundo do armário, entrando na água um tanto fria com suas roupas interiores.

Mergulhou todo seu corpo, deixando a cabeça escorada na borda branca de louça, enquanto fechava os olhos e tentava se esquecer daquele sonho. Ela não queria lembrar. Era doloroso demais.

Porque ela sabia que não era um sonho, era uma lembrança.

-April, querida, vai se atrasar para a escola! É seu primeiro dia! Vamos pequena. - Josie falava enquanto guardava as louças do café da manhã de sua pequena sobrinha de seis anos.

- estou pronta!- ela disse, um grande sorriso e olhos brilhantes de criança, ela nem parecia a mesma. Josie pensou, fazendo alguns calafrios percorrerem seu corpo. April não parecia a mesma menina que...

-tia Jo?- a menina interrompeu seus pensamentos. - vamos! - ela sorriu.

Josie sorriu de volta e pegou a mão da criança, indo com ela até seu carro e enquanto entrava, cumprimentando seus vizinhos, os Peters, que olhavam de modo sério para a criança no banco de trás. Josie entendia completamente.

E não poderia culpá-los. 

Assim que a pequena menina saiu do carro da tia ela se viu em um mundo completamente novo. Era como um parque de diversões, mas tinham pessoas demais.

O dia foi longo. April estava confusa com tantas vozes e tantos rostos, mas aquilo era bom. Era diferente

Ela brincava no porquinho... na verdade, ela olhava os outros brincarem no porquinho, sentada nas raízes grandes de uma árvore, ouvindo as risadas e os gritos que as crianças soltavam ao pular do balanço.

A menina sorriu quando viu uma pequena borboleta preta pousar em seu joelho ralado. Ela não se lembrava de ter caído, mas nem ligou pra isso quando seus dedos pequenos pegaram a borboleta, que pousou na palma de sua mão
Um menino estava no topo do escorregador, ele ria e dizia que ia saltar. April tinha os ouvidos concentrados na voz do mesmo enquanto seus olhos estavam concentrados na borboleta.

Ela tinha asas delicadas, antenas e perninhas finas.

Fáceis de quebrar.

A menina sorriu ao mesmo tempo que apertou a mão, sentindo que a borboleta se dilacerara entre seus dedos, ao mesmo tempo que olhou para frente e viu o menino no chão.

Ele havia quebrado a perna.

April passou suas mãos por seu rosto, jogando água no mesmo enquanto apertava os olhos. Por isso ela não podia ficar sozinha, porque pedaços de lembranças assim começavam a invadir seus pensamentos.

Mas o que ela não sabia é que não estava sozinha.

Sentada de frente para April na banheira estava ela. A criatura que causava todos os seus pesadelos. Todos os seus demônios.

Ela olhava para a garota a sua frente com desprezo. Era tão boba, tão ingênua. April não a via faziam tempos, mas ela não poderia perder aquela oportunidade.

Ela olhou para a água que envolvia a ambas e sorriu quanto toda a água começou a se tornar sangue, era tão cru e tão sujo que chegava a ser preto.

April continuava de olhos fechados quando levantou as mãos e passou no rosto, abrindo os olhos assim que ouviu sua frente uma risada maldosa e baixa, arregalando os olhos e ficando parcialmente cega por causa do sangue. 

Quando percebeu no que estava mergulhada ela sufocou um grito, vendo então quem estava a sua frente, mas era tudo um borrão, e o sangue era espesso, o que dificultava seus movimentos, que agora eram desesperados.

A outra se divertia vendo a garota assustada como um rato, tentando sair da banheira e escorregando no sangue, sujando tudo enquanto soltava um grito fino, fazendo a outra gargalhar alto.

April se arrastou para fora da banheira, manchando o chão todo com sangue coagulado, estava completamente suja.

Ela olhou para April por um segundo antes de segui-la para fora. Ela sabia que April não conseguia enxergar mais do que seu vulto, mas mesmo assim ela conseguia sentir o gosto do medo, do pavor da patética garota.

April se arrastou até a parede enquanto gritava por ajuda, com toda sua força, enquanto chorava de medo. Ela nunca havia sentido uma aura tão ruim. Tão escura e tão má. 

Ela estava cada vez mais perto, até que April sentiu a mão gelada em sua perna, fazendo com que um grito de desespero saísse de sua garganta, fazendo a mesma fechar os olhos pela ardência que o sangue causava nos mesmos.

-April o que foi!- Harry apareceu correndo no banheiro, abrindo a porta e congelando.

Ele escutou os gritos da garota de longe, e na mesma hora correu para onde ela estava. Assim que abriu a porta do banheiro ele franziu a testa, vendo April sentada em um canto, com os olhos fechados e as mãos no rosto, toda molhada e com água para fora da banheira. 

-Harry!- ela disse em um meio grito antes de se calar e olhar em volta, arregalando os olhos e deixando mais lágrimas caírem. - Harry eu juro, não foi uma ilusão, ela estava aqui.. ela estava aqui... ela voltou... eu não consegui vê-la mas só ela pode ser tão má...- ela falava rápido, sem parar para respirar, obrigando Harry a pegá-la nos braços e a enrolar em uma toalha, levando-a para o quarto, a abraçando protetoramente até ela parar de tremer para conseguir falar.

-fala pra mim April, quem estava lá? - Harry sussurrou enquanto penteava seus cabelos molhados, vendo que os olhos da garota estavam realmente apavorados quando ela o olhou, começando a respirar rapidamente, perdendo o controle de seu coração, que parecia que ia lhe sair pela boca.

April precisava esquecer o que havia acabado de acontecer, porque aquilo a deixara apavorada.

-não posso..  Não posso...- ela chorou no peito do garoto que tanto amava, ela não poderia dizer aquele nome. Ela não queria.

Mas Harry não precisava ouvir, ele sabia quem era. 

▲▼

Agora sim
Agora a porra vai ficar séria.
Continuo?

RUN 2 - Harry Styles horror fanfic-  EM PAUSA Where stories live. Discover now