Summer is over

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─ O que disse? - os olhos da Nakamura cresceram banhados em fúria – Repita! - exigiu.

─ Eu sei que não é surda, me ouviu muito bem – enfrentou.

─ Mikoto, já chega – pronunciou Fugaku, tentando conte-la.

─ Eu não admito ser afrontada desta maneira. Não vim até aqui para isso. Após a senhora Uchiha me ligar estive pensando muito sobre o assunto até o momento e, cheguei a conclusão que irei leva-la de volta a Londres- em absoluta contradição a mulher diante de si, confrontou a altura.

─ O que? Você só pode ter enlouquecido – Washu afirmou, descrente.

─ A única que perdeu o juízo foi você. Pense bem no que está fazendo da sua vida. Viver com um homem que mal conhece como uma garota qualquer, atropelando o tempo, tudo, esquecendo-se da sua família e o respeito que deve a nós - despejou em único folego, magoa.

─ Wakemi, por favor – tentou advertir a esposa voltando a tocar em seu ombro, mas ela o repeliu.

─ Não. Por favor digo eu, Alexander – replicou, sua voz aflita refletia tanto ressentimento enclausurado por anos, remoendo palavras nãos ditas em cada um de seus atos. De parar com os olhos marejados parecidos aos seus a calou, sem saber como lidar diante da expressão chorosa da filha, recuou alguns passos perdida.

─ Então a senhora Nakamura pode atravessar o oceano para viver ao lado do seu amor estrangeiro, deixar a filha aos cuidados dos avós, que por sinal ofereceram tudo que foi preciso para torna-la uma boa cidadã. E agora quer reivindicar seus direitos de mãe? - riu debochada, diminuindo a distancia entre elas, voltou a dizer – Acorda pra vida, mulher! Sua opinião neste momento é ainda mais irrelevante que a poeira sob meu salto. Não se engane.

Se por um minuto esteve concentrada sobre seus atos, recobrou a consciência rapidamente, sentindo a raiva crescer e se instalar no seu rosto.

─ Como é? - arqueou a sobrancelha, descrente no que acabou de ouvir - O que você sabe sobre nós? Somente o que ela contou! - apontou para filha - Não se meta – alertou, reprimindo a raiva que sentia, seu peito subia e descia rapidamente.

─ Eu vou me meter onde quiser, o céu é o limite, sendo do meu interesse ou não - retrucou - Meu filho e sua filha só esperam respeito, não uma confirmação. E tenha certeza, meu filhinho a pedirá em casamento e este será realizado o mais cedo possível, não é meu amor?

Itachi engasgou com a própria saliva tossindo freneticamente, ao passo que batia contra o peito recebendo assistência de Washu. Pouco a pouco cessou a crise, contudo a tensão aumentou assim que percebeu tantos olhares sobre si. Não que jamais tivesse pensado nessa possibilidade, sempre foi um homem de planejamentos, que está a frente de tudo que refere ao futuro. E está era a diferença entre pensar sobre e estar preparado para quando o momento chegasse. Mirou instintivamente a loira de cachos exagerados, os olhos castanhos procuravam compreensão em sua expressão, ela sorria tentando incentiva-lo a pronunciar algo, mas nem mesmo ele entendia o motivo de manter-se calado.

─ Desculpe – murmurou quase inaudível. Lentamente observou a Nakamura perder o sorriso, toda empolgação esvaiu restando apenas decepção.

─ Seu filhinho? - agora foi sua vez em rir - É por essas e outras que Washu não deve estar nesta família, onde a matriarca se refere ao filho ainda como uma criança pequena, e ele nem mesmo consegue responder sua pergunta como um homem. Já se perguntou se Itachi não se envergonha da mãe que tem, que não o vê como um adulto? Suas atitudes são ainda mais degradantes do que pensei.

─ O que você acabou de latir? - grunhiu entre dentes, Mikoto - Não fale da criação dos meus bebês! Não existe filhos neste mundo mais amado, educado, respeitoso, e ensinado a agir como um homem de verdade que os meus, ouviu bem! - recitou orgulhosa, deu meia volta jogando os cabelos sedosos para o lado.

Akai ItoOnde histórias criam vida. Descubra agora