Carlos: Any ainda não sabe de nada?
Poncho: Não e é a pior hora pra ela saber... Eu quero que essa viajem seja inesquecível pros dois.
Carlos: Entendi, filho não perca as esperanças.
Poncho: O que me consola é saber que eu não to sozinho. Seu paciente do quarto 603, o que precisa de um pulmão, vai morrer aqui dentro também . - respirei fundo, as lágrimas escorrendo por meu rosto.
Carlos: Só que ele é um paciente de 56 anos, homem casado, com filhos, teve uma vida... Você é só um garoto que esta começando a viver agora e ainda por cima é meu filho. - respondeu emocionado, a figura de médico desaparecendo dando lugar à figura de pai.
Sorri e o abracei com força. Quando nos separamos, eu vi que os dois seguravam as lágrimas, éramos parecidos até nisso. Meu pai apoiou as mãos nos meus ombros e sorriu.
- Divirta-se e qualquer coisa me ligue.
Poncho: Ok! - assenti e voltei a abraçá-lo.
Quando sai da sala, meu pai já havia se recomposto. Acho que a prática em lidar com a morte todos os dias o fortalecera. Enxuguei o rosto e respirei fundo, antes de voltarmos pra sala onde Any estava.
Anahí
Quando Poncho e Carlos entraram na sala me levantei preocupada e assustada. Preocupada pelo exames e assustada por causa da cara dos dois, Carlos estava sério e Poncho parecia ter chorado.
- Tudo bem? - perguntei apreensiva.
Poncho assentiu se aproximando e me deu um beijo, se afastou e parou do meu lado.
- Meu pai disse que esta tudo bem comigo e posso viajar. - sorriu.
Any: Sério? Não vai ter problema irmos?!
Carlos: Não nenhum, a não ser que aconteça alguma coisa grave, como uma parada cardíaca com um desmaio, algo assim... Do resto ele esta perfeitamente bem. - sorriu.
Any: Hum, que bom! - sorri forçando um sorriso.
Poncho: Meu amor, vamos embora? Precisamos terminar as malas.
Any: Ok!... Tchau Carlos, a gente se vê em 03 semanas. - sorri e fui até o abraçando.
Poncho: Tchau querida, boa viajem. - sorriu acariciando meus cabelos e nos soltamos.
Sorri acenando e encarei a mulher no quarto, ela sorria e conversava com o marido. Me encarou e acenei sorrindo. Ela sorriu e acenou de volta, em seguida voltou-se pro marido. Dei as costas e fui com Poncho.
Alfonso
Na manhã seguinte terminei as malas e me despedi da minha mãe.
Manuela: Por favor querido se cuida.
Poncho: Pode deixar. - respondi a beijando e fui pro aeroporto com meu pai, ele iria pro hospital depois.
Cheguei e todos já estavam no aeroporto faltava apenas Ucker e Dulce que chegaram logo em seguida.
Any: É a primeira vez que viajamos todos juntos né? - comentou sorrindo.
Poncho: É mesmo, da última vez, quando acampamos Marcos, Celina, Chris e Angelique não estavam.
Any: Essa viajem vai ser melhor que a outra tenho certeza.
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Uma Lição de Amor ✔
FanfictionAnahí e Alfonso, dois pacientes de um mesmo hospital se conhecem de uma forma pouco convencional. Ela dá entrada após uma tentativa de suicídio. Ele com problemas sérios de coração, está em tratamento e aguarda um transplante. Após uma doaçã...
Capítulo 58
Depuis le début