Capítulo 15

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Alfonso

Acordei com dificuldades para abrir os olhos devido à claridade, mas assim que vi que tudo ao meu redor era branco descobri onde eu estava. Eu tinha voltado pro hospital, como sempre acontecia.

Manuela: Filho! - ouvi a voz da minha mãe e ela se aproximou ao ver que eu tinha acordado.

Poncho: O que aconteceu comigo? - perguntei confuso só me lembrava da dor no meu peito.

Manuela: Você sofreu uma pequena "falha" cardíaca, não é nada grave, mas vai precisar ficar uns dias internado.

Poncho: Ah droga! - resmunguei tendo noção do tédio que me esperava.

Manuela: Filho é pro seu bem, não queremos tomar outro susto, estavam todos preocupados com você quando chegamos aqui. - respondeu com toda a calma de sempre.

Foi então que me dei conta de uma coisa. Ela disse "estavam todos preocupados com você quando chegamos". Isso só significava uma coisa. Any tinha vindo pro hospital e agora não estava aqui comigo. Há quanto tempo eu estava desacordado? Será que meu pai tinha falado alguma coisa pra ela? Algo que a impedisse de vir me ver? Encarei minha mãe e com a cara mais séria e o pior humor do mundo perguntei:

- Cadê a Any?

Manuela: Não está aqui filho. - respondeu com toda a calma.

Poncho: Esta aonde então? - perguntei sério.

Manuela: Na casa da amiga dela... Ucker e Dulce a levaram pra lá ontem.

Poncho: Há quanto tempo to desacordado?

Manuela: Umas 19 horas, por ai.

Poncho: Que horas são agora?

Manuela: Quase 08 horas da manhã.

Suspirei sabendo que era relativamente cedo pra ligar, ela podia estar dormindo, mas eu precisava falar com ela. Eu necessitava vê-la e tinha que ser naquele momento. Não dava pra esperar.

- Me dá meu celular mãe. - pedi estendendo a mão.

Manuela: Pra que?

Poncho: Anda mãe, me dá logo. - insisti impaciente.

Ela estendeu o celular sem escolha e disquei os números do celular dela às pressas. Se ela não atendesse eu ligaria na casa da Maite, mas não sossegaria até falar com ela, até ouvir a voz dela.

Prendi a respiração quando começou a chamar. O celular estava ligado, ela ouviria e acordaria se estivesse dormindo.



Anahí

Acordei com meu celular tocando e no início não queria atender, mas então me lembrei que podiam ser notícias do Poncho e quase cai da cama ao pegar o celular. Atendi sem nem ver o número.

- Pronto!

- Any?! - reconheci a voz apreensiva no mesmo instante. Era ele, ele estava bem aparentemente.

Any: Poncho é você? Você está bem? - perguntei totalmente desperta e alerta.

Poncho: Não sei, não to me sentindo bem. - ele respondeu e percebi que estava sério.

Any: Por quê? O que você tem? - perguntei preocupada e comecei a procurar roupas limpas.

Poncho: Não sei explicar! - escutei ele suspirar. - Any preciso ver você, vem pro hospital, por favor. - ele parecia apavorado, tão apavorado quanto eu ficara quando desmaiara.

Uma Lição de Amor ✔Where stories live. Discover now