Capítulo 50

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Alfonso

Não sei quanto passou até Viviane entrar no quarto e despertar à mim e Any.

- Desculpem, mas hora de você fazer os exames Poncho!

Any se sentou na cama arrumando os cabelos. Me ajeitei e segurei a mão.

- Me espera aqui?!

Any: Uhum! - assentiu forçando um sorriso.

Poncho: Eu já volto! - respondi sorrindo e lhe dei um beijo.

Viviane e Any acabaram me ajudando - mesmo sem eu precisar - a descer da cama e sentar na cadeira de rodas.

Viviane: Eu não demoro! - sorriu empurrando minha cadeira pra fora do quarto.

De relance vi Any encostar-se na cama e pegar o controle remoto da tv.

Quando cheguei na sala de eletrocardiograma meu pai estava me esperando.

- Como ta se sentindo?

Poncho: Bem pai... Mas queria saber quando vai me dar alta?

Carlos: Ainda não sei, mas espero que em breve. - respondeu.

Poncho: E esta tudo bem comigo, ou piorei novamente?!

Carlos: Por enquanto seu estado é estável... Ainda não te dei alta porque preciso ter certeza de que esta bem.

Poncho: Pai, a mãe não sabe de nada sabe?

Carlos: Não, sempre que me pergunta sobre você eu digo que esta bem. - respondeu.

Poncho: Por favor, continue guardando segredo ok? - pediu me deitando na maca.

Carlos: Ok... Eu não vou dizer nada. - respondeu colocando os eletrodos sobre o meu peito.

Poncho: Pai... Você deixaria eu viajar com a Any pra Acapulco? - perguntei o encarando.

Carlos: Pra Acapulco? O que quer fazer lá? - estreitou os olhos me encarando.

Poncho: O pai biológico da Any esta lá... Eu gostaria de ir com ela conhecê-lo.

Carlos: Eu não acho isso uma boa idéia, você sabe que sua saúde esta mais debilitada.

Poncho: Eu sei, mas eu quero fazer isso pai... Pode ser minha primeira e última viajem com ela. - respondi.

Carlos: Alfonso não fique pensando essas coisas filho. - respondeu sério.

Poncho: Eu estou sendo realista. Quero levar meus amigos com a gente pra ela se distrair. No fundo vai ser uma despedida. - respondi pensativo.

Carlos: Ah sim e quando quer fazer essa viajem? - perguntou olhando a máquina.

Poncho: Quando as aulas acabarem, dentro de um mês e meio.

Carlos: Ok, mas tenho uma novidade pra você... Dentro de um mês e meio já terá conseguido seu doador.

Poncho: Eu não não tenho toda essa certeza pai. - respondi sério.

Carlos: Negativo como sempre, assim você não vai chegar à lugar algum. - respondeu em tom brincalhão.

Suspirei sabendo que ele estava tentando ser positivo, mas eu já estava ficando sem esperanças.



Anahí

De madrugada coloquei as mãos no rosto apertando meus olhos tentando me manter acordada. Bocejei salvando o trabalho da faculdade e encarei o relógio. Meus olhos ardiam de sono dificultando a visão.

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