Uma Lição de Amor ✔

Capítulo 33

Maite

Assim que saímos do hospital, Dulce e Angelique - que estavam juntas - nos encontraram na minha casa. Explicamos brevemente o que tinha acontecido e superado o choque que todos nós tivemos ao saber da notícia, começamos a procurar por Any. Os garotos pegaram os números de todas as boates - excluindo a Nebraska - e começaram a ligar, perguntando por Any, dando uma descrição rápida sobre como ela era. Alguns bares exigiam nome na entrada e em nenhum deles o nome Anahí Giovanna Puente Portillo constava, o que indicava que ela não estava em nenhum deles. Enquanto isso eu e as garotas ligamos para todos os hospitais - exceto onde Alfonso estava - e perguntamos se alguma Anahí Giovanna, loira e de olhos azuis havia dado entrada lá.

A cada não que eu recebia dos hospitais, era um alivio, pois, eu preferia encontrá-la bêbada do que internada.

Nas duas horas que se seguiram, Alfonso nos ligou umas três vezes querendo notícias e era um alivio e uma angustia cada vez que riscávamos o nome de um bar ou de um hospital, onde ela não estava.

Deixamos recados, principalmente nos hospitais pra que se ela aparecesse nos avisassem.
Quando risquei o último número do hospital perguntei me escorando no sofá: 

- Mais algum lugar pra ligar?

Dulce: Não! - respondeu conferindo a lista de hospitais, todos riscados.

Mai: Alguma novidade das boates? - perguntei encarando Christian que estava mais perto.

Chris: Derrick está ligando pra última da lista. - respondeu cansado.

Encarei meu namorado ansiosa, não sabia se esperava notícias ou não da minha amiga. Seria horrível encontrá-la numa boate bêbada, podendo dar um escândalo, mas seria pior encontrá-la num hospital. E mesmo nenhuma das opções sendo boas, eu sabia que eu, todos presentes e principalmente Poncho, só queríamos uma coisa. Encontrá-la e encontrá-la bem.

Derrick desligou o telefone e olhamos ansiosos pra ele quando disse com a voz cansada:

- Nada!... Ela não está lá!

Suspirei. Em partes aliviada e em partes preocupada. Se ela não estava em nenhum hospital ou boate da cidade, onde poderia ter se metido? Como se lesse minha mente Dul indagou a mesma coisa.

- Gente já corremos essas duas listas e nada dela... Se não está em um bar ou hospital como de costume, onde ela se meteu? Pra onde ela pode ter ido dessa vez?

Derrick: Eu não faço ideia.

Angel: Mai você que é melhor amiga dela e há muito mais tempo que nós, não tem noção de pra onde ela pode ter ido? Se ela não se refugiou num bar dessa vez, pra onde ela foi?

Suspirei fazendo meu cérebro trabalhar ao máximo, eu conhecia a Any melhor que todos eles, melhor que Poncho e mesmo assim não sabia pra onde ela podia ter ido.

"Pense Maite!", me forcei por pensamento tentando resgatar todas as conversas, todos os segredos, tudo o que sabia dela e assim tentar encontrar uma pista. Pra onde ela ia quando estava mal? Pra onde Meu Deus?!

- Eu não sei! - suspirei derrotada. - Quando ela brigava com Marichello, ou ela vinha pra minha casa, ou ela saia com o pai dela, iam dar uma volta... Só depois que o Henrique morreu, ela começou a frequentar bares.

Chris: Pra onde ela ia com o pai dela?

Mai: Não sei ao certo, eram lugares diferentes... Uma volta no quarteirão, uma pracinha, saiam pra tomar sorvete quando ela era mais nova, iam ao shopping... Mas duvido que Any está em um desses lugares agora.