Capítulo 06

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Alfonso

Encarei meu pai, mas Anahí respondeu antes de mim.

- Carlos a culpa foi minha não dele.

Carlos: Saia Anahí, quero falar com ele a sós. - respondeu sério.

Ele não era meu médico naquele momento, era meu pai.

- Pai, ela não teve culpa, eu aceitei ir.

Any: Tudo bem Poncho, é melhor vocês ficarem a sós. - ela respondeu sem jeito e saiu da sala.

Carlos: Você não tem companhias o suficiente aqui? Precisa ficar conversando com essa garota? Pior, precisa sair assim do hospital, sem nos falar nada? - perguntou sério.

Poncho: O que quer dizer com "Essa garota!"? - perguntei sério.

Carlos: Filho você está doente, precisa se cuidar, pode passar mal à qualquer momento, a última coisa que você precisa agora é de uma garota irresponsável e cheia de problemas... A vida dessa menina é uma bagunça, o psicológico dela foi totalmente afetado depois da morte do pai, você viu o que ela fez, ela já tentou suicídio 03 vezes e das 03 vezes eu a salvei porque é minha obrigação como médico.

Poncho: Ah então se não fosse médico a teria deixado morrer? - perguntei sem paciência, o modo como ele estava falando da Any não estava me agradando nenhum pouco.

Carlos: Não é isso o que quis dizer... Você tem amigos incríveis, não precisa dessa garota, ela não é uma boa companhia pra você, não vai te trazer nada de bom.

Poncho: Pois fique sabendo que graças à ela e à companhia dela eu tive o melhor dia da minha vida. - rebati.

Carlos: Eu não me importaria se ela não fosse desse jeito, mas... Não quero mais te ver com ela, por sorte quando você receber alta, ela não terá mais como te achar, pois, eu terei que esconder informações suas dela.

Poncho: Ah é? Não tem problema, eu venho aqui e fico o dia todo esperando ela aparecer, ou então peço à alguma das enfermeiras a ficha dela, afinal, elas nunca me negaram nada. - dei de ombros não me importando com as ameaças dele.

Carlos: Já chega, você não é mais criança... Eu não quero você com essa garota e acabou! - disse categórico.

A resposta atravessada que eu ia lhe dar ficou presa na minha garganta quando de relance vi Any passar correndo pela porta. Acho que a visão durou um segundo, mas foi o suficiente pra ver que ela chorava.

"Droga, ela ouviu tudo!", pensei apavorado e fiz menção de ir pra porta.

Carlos: Você vai ficar quieto nesse quarto até segundas ordens minhas como seu médico, é bom que ela vá embora e será melhor ainda se nunca mais voltar! - respondeu sério.

Poncho: Sai do meu quarto, quando voltar não quero te ver aqui e me refiro ao médico e ao meu pai. - respondi furioso e fui ao banheiro trocar a roupa que eu estava por aquela camisola horrível de hospital.



Anahí

Bati a porta do quarto e lutei contra as lágrimas que me vieram aos olhos. Dei partida no carro e segui sem rumo ao único lugar pra onde podia ir e conversa com alguém. Pra casa da Maite.
Enquanto dirigia as palavras de Carlos e Marichello se misturavam na minha cabeça. Inútil, má companhia, imprudência. Nem mesmo as palavras de Poncho me defendendo conseguia amenizar o que eu estava sentido.

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