Angel: Amor fica quietinho, fica. - sorriu o abraçando e caímos na gargalhada.
Sorri feliz por ver Poncho descontraído e o clima do quarto mais leve. Quando Maite e Derrck chegaram se uniram à brincadeira. Viviane até trouxe algumas cadeiras para todos sentarem, o que foi uma grande surpresa. Eu fiquei sentada na beirada da cama rindo junto com Poncho das piadas que nossos amigos faziam. O tempo passou tão depressa que só nos tocamos que a hora havia chegado quando Viviane entrou no quarto pela terceira vez.
- Esta na hora Poncho! - anunciou séria.
A conversa e os risos cessaram no mesmo instante.
Viviane: Volto em dez minutos com os outros enfermeiros pra buscar vc. - completou e se retirou.
Aos poucos nossos foram se levantando das cadeiras. Todos desejando boa sorte e vindo cumprimentá-lo com palavras reconfortantes ou bobas como Chris que disse que estaria esperando-o para tomarem uma cerveja depois. Em minutos o quarto estava vazio e silencioso de novo. Só havia ficado eu e Poncho lá dentro.
- É... Não sei o que dizer pra você. Nossos amigos já deram o "boa sorte", "vai ficar tudo bem", "nos vemos daqui a pouco"... É uma das primeiras vezes que fico sem ter o que te dizer. - abaixei a cabeça.
Poncho: Any! - me chamou e o olhei. - Só preciso que me diga que acredita que vai dar tudo certo e que não vai ficar lá fora me esperando. - sorriu e devolvi o sorriso.
Ouvi a porta abrir e quando olhei pra trás vi Manuela e Carlos.
Any: Ok! - assenti encarando Poncho. - Vai dar tudo certo meu amor, te espero lá fora. - sussurrei e o beijei.
Poncho sorriu assentindo e me afastei. Sorri ao passar pelos pais de Poncho e sai do quarto indo pra sala de espera onde nossos amigos já estavam.
Bati meu pé impaciente e insistentemente no chão esperando que assim os ponteiros do relógio girassem mais depressa e aquela cirurgia acabasse logo. Era como se alguma coisa estivesse me comprimindo por dentro.
Mai: Any quer se acalmar? - sibilou pondo a mão na minha perna pra que eu parasse de movê-la.
Any: Não consigo! - respondi surpresa por ter conseguido falar baixo e com calma.
Mai: Vai ter que conseguir, ficar agitada, batendo a perna desse jeito não vai apressar o tempo.
Any: Mas ele entrou há um tempão e ninguém vem aqui dizer nada.
Derrick: Any tem 20 minutos que ele entrou. - respondeu tranquilamente.
Suspirei encarando os outros à minha volta. Só eu parecia estar a beira de colapso nervoso e a cara de paisagem que todo mundo fazia já estava me dando raiva.
Any: Quanto tempo ainda temos que esperar?
Manuela: Carlos avisou que a cirurgia seria delicada... Vai levar algumas horas.
Any: Droga! - resmunguei abaixando a cabeça, eu queria estar lá dentro com ele.
Dulce: Any não é melhor ir pra casa?
Angel: Acha Dul, ela derruba a república nervosa desse jeito. - respondeu.
Any: Ela ta certa... Não vou sair daqui. - resmunguei de cabeça baixa encarando o piso branco.
Ouvi passos e ergui a cabeça na mesma hora pensando que fosse Carlos. Levei um susto quando os vi.
Derrick: Kuno? Faz o que aqui?
Celina: Desculpem, eu estava nervosa sem noticias de nada, Kuno me achou e viemos pra cá.
Manuela: São amigos do meu filho também?Kuno: Somos mais conhecidos, eu moro na república em frente à delas. - apontou Angelique, Celina e eu.
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Uma Lição de Amor ✔
FanfictionAnahí e Alfonso, dois pacientes de um mesmo hospital se conhecem de uma forma pouco convencional. Ela dá entrada após uma tentativa de suicídio. Ele com problemas sérios de coração, está em tratamento e aguarda um transplante. Após uma doaçã...
Capítulo 47
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