Capítulo 28: Acordo Selado

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- Eu disse que iríamos encontrar! - Phiorella apontou triunfante na direção da cidade lá em baixo, na costa de uma montanha
Seus irmãos cambalearam até ela, esgotados. Fazia um dia inteiro que eles voavam, sem parar, e Lavigne podia sentir a falta de sangue em seu organismo, deixando a fraca, a ponto de sua vista ficar nebulosa, quando ela olha na direção em que Phiorella aponta. Ela está prestes a protestar contra a irmã, alegando ser apenas uma miragem quando sua visão se desembaça e uma cidade lá em baixo, toma forma, semelhante a um vilarejo em meio a um vale. De longe, pode se distinguir a visão de casas, não totalmente pulverizadas, pela guerra, ou assim ela esperava. Havia até um rio se estendendo por alguns quilômetros na encosta, colinas se estendendo até onde a vista alcançava. Parecia um lugar bastante isolado.
- Phiorella, você tinha razão! - Atena busca suporte nos ombros da irmã, engolindo em seco - Esse lugar é perfeito!
- Mas será que já não está ocupado? - Benjamin pergunta com desconfiança
Os irmãos avaliam a cidade lá em baixo outra vez.
- Bem, se essa cidade está ocupada, então ela não me parece muito na ativa - Demetri da de ombros - Vamos arriscar?
Então todos olhos para Lavigne. A jovem está começando a achar que é péssimo ser líder, dar sempre o último veredito. Se eles arriscassem, e tudo acabasse mal seria culpa dela. Mas a culpa devia ser algo a se líder, quando se era uma Lider.
- Sim. Nos vamos - Ela assente, confiante - Kandelyce.
Então a fênix surge majestosamente das costas dos irmãos, a frente da Lider.
- Se o vilarejo for habitado, não é seguro para você, ser vista - Lavigne explica e a fênix compreende, levantando vôo, cada vez mais distante até que não se possa distingui lá.
- Essa fênix é demais - Clarke se da ao trabalho de ressaltar, com as mãos, nos olhos, enquanto elas desaparecem.
- Não vamos adentrar o lugar com armas em punho - Lavigne diz, uma vez com o fôlego recuperado - Mas seria sábio, deixa las em algum lugar de fácil alcance, caso seja necessário. Clarke, deixe o arco abaixado - E ele obedece. Com sua Katana nas costas, e adagas escondidas pelo corpo, tudo o que Lavigne faz é olhar para o por do sol uma ultima vez, e então começar a descer pela encosta agilmente. Seus irmãos a seguem, e a queda é demorada e não tanto cuidadosa. Quando Lavigne cambaleia ao fim da encosta, Clarke está lá para segurar seu braço. Ela sorri pra ele, agradecida.
Mais de perto é possível avaliar melhor a cidade. Algumas casas estão realmente intactas, apenas sujas de fuligem. No vilarejo, elas dão espaço, para uma passagem extensa, no meio das casas. Lavigne guia o grupo, sua mão nas costas, pronta para puxar a Katana. Estão no meio do caminho quando uma voz ordena, as suas costas.
- Parados.
Então tudo explode. Todos se viram imediatamente, com armas empunhadas. Lavigne está com sua Katana, pronta mas em desvantagem, agora no fim do grupo. Ela observa as pessoas na outra ponta. Um homem alto e musculoso, de cabelos negros e barba desgrenhada, esta os encarando. Ao lado dele, estão uma jovem mulher, e um homem mais magro e mais baixo. Nenhum deles parece estar armado.
- Quem são vocês? - Demetri, mais a frente do grupo, pergunta, sua mão sobre a espada, pronta para atacar
- Nos é quem fazemos as perguntas por aqui - O homem alto, no centro, que parece ser o líder, é quem responde, sem expressão.
- Mas nós sabemos quem vocês são - Uma outra voz, cortante e feminina, soa atrás deles. Três dos irmãos permanecem com olhos atentos ao primeiro grupo, enquanto outros, incluindo Lavigne se viram para ver de onde vem a voz.
Uma mulher de cabelos cinzentos prateados, caindo em cachos pelos ombros, e pele palida, caminha na direção deles, confiante, e intimidadora, ainda que não possua nenhuma arma, cercada por outro homem e outra mulher.
- Vocês são os Anjos de Sangue não é? - Pergunta a mulher de cabelo prateado - Não sei ao certo os nomes, mas... Vocês são as criaturas que Iris criou.
- Expliquem agora, quem são vocês e o que querem conosco, ou eu atiro! - Ameaça Clarke, sem desviar os Olhos do homem alto, do outro lado, a flecha pronta para ser disparada. Eles estavam cercados, por pessoas desarmadas. Não podia ser tão difícil.
Lavigne desejou não ter pensado isso, no momento em que a mulher de cabelos prateados como gelo, disse, e parecendo se dirigir a ela:
- Esperamos que nos perdoe por isso, Milady - Então faíscas de gelo explodem de seus dedos. Os de seus companheiros, também explodem mas em chamas, de vários tons, de azul, e vermelho.
Do outro lado, o grupo com o homem alto e musculoso, também se manifesta. Seu dedos explodem em fogo de tons de azul, laranja e mais vermelho.
- Especiais - Atena só tem tempo de constatar, quando eles atacam, e suas armas acabam sendo inúteis. As flechas de Clarke, ricocheteiam, as espadas e lâminas de Phiorella e Demetri, não os alcançam a tempo. Lavigne só pode sentir sua Katana escorregando de sua mão, e em seguida ela mesmo caindo para o chão, enquanto mergulha na escuridão da inconsciência.

Anjos de Sangue: Fim dos DiasWhere stories live. Discover now